Da Redação   |   22/11/2016 14:49

Gastos de brasileiros no Exterior crescem mais uma vez

Os gastos de brasileiros no exterior continuaram a crescer em outubro, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (22), em Brasília.

Arquivo/Agência Brasil

Os gastos de brasileiros no Exterior continuaram a crescer em outubro, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje, em Brasília.

Em outubro, as despesas chegaram a US$ 1,421 bilhão, com crescimento de 41,82% em relação a igual mês de 2015 (US$ 1,002 bilhão). Esse foi o terceiro mês seguido de crescimento.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que taxa de câmbio e a melhora nos indicadores de confiança dos consumidores levaram ao aumento dos gastos em viagens internacionais. “A reação da confiança desde junho é significativa. Essa melhora da confiança também influencia nas decisões de viajar para o exterior”, disse Maciel.

No acumulado do ano até outubro, os gastos neste ano são menores do que em 2015. De janeiro a outubro, os gastos dos brasileiros somaram US$ 11,901 bilhões, contra US$ 15,141 bilhões em igual período do ano passado.

As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 434 milhões, no mês passado, contra US$ 435 milhões registrados em outubro de 2015. Nos dez meses do ano, as receitas ficaram em US$ 5,1 bilhões ante US$ 4,786 bilhões em igual período de 2015.

Com esses resultados das despesas de brasileiros no exterior e as receitas de estrangeiros no Brasil, a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$ 988 milhões em outubro, e em US$ 6.801 bilhões nos dez meses deste ano.

CONTAS EXTERNAS
A conta de viagens internacionais faz parte o item “serviços” das transações correntes - que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo.

No mês passado, as transações correntes apresentaram resultado negativo de US$ 3,339 bilhões, o menor resultado para o mês desde 2009 (US$ 3,022 bilhões). Em outubro de 2015, o resultado negativo ficou em US$ 4,277 bilhões.
De janeiro a outubro deste ano, o déficit ficou em US$ 16,957 bilhões contra US$ 53,491 bilhões no mesmo período de 2015.
A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo com US$ 2,782 bilhões, no mês passado.
A conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou saldo negativo de US$ 2,996 bilhões.
A conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) acusou resultado positivo de US$ 330 milhões.
A balança comercial contribuiu para reduzir o déficit das transações correntes ao apresentar superávit de US$ 36,313 bilhões.

INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS
Quando o país tem déficit nas contas externas, é preciso financiar esse resultado negativo com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.

No mês passado, o IDP chegou a US$ 8,4 bilhões e foi mais do que suficiente para cobrir todo o déficit em transações correntes. Nos dez meses do ano, esses investimentos somaram US$ 54,905 bilhões.
Em outubro, o país também acusou entrada de investimento em ações negociadas em bolsas de valores no Brasil e no exterior e em fundos de investimento, no total de US$ 1,603 milhão.
Nos dez meses do ano, houve entrada de US$ 9,138 bilhões. Houve saída líquida de investimento em títulos negociados no país de US$ 2,620 bilhões no mês passado, e de US$ 21,540 bilhões de janeiro a outubro deste ano.


*Fonte: Agência Brasil

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