Henrique Santiago   |   16/11/2016 14:29

Brasil perde liderança em viagens na América Latina; veja

Segundo estudo lançado pela Phocuswright em parceria com a Mapie na Phocuswright Conference, que vai dos dias 14 a 17 deste mês, o México, anteriormente na segunda colocação, ultrapassou o País e lidera com uma representatividade de US$ 23,8 bilhões n


Em tempos difíceis, o Brasil perdeu a posição de maior mercado da América Latina na setor de viagens. Segundo estudo lançado pela Phocuswright em parceria com a Mapie na Phocuswright Conference, que ocorre entre os dias 14 a 17 deste mês, o México, anteriormente na segunda colocação, ultrapassou o País e lidera com uma representatividade de US$ 23,8 bilhões no segmento, contra US$ 18,5 bilhões brasileiros.

Os dois países acumulam mais de 70% do total de vendas de viagens on-line na região. Segundo projeções, o Brasil irá perder mais market share enquanto busca a recuperação e o México, por outro lado, irá crescer mais até 2020.

Ao se referir ao Brasil, as consultoras se debruçaram e aprofundaram no declínio da economia brasileira. Os tão falados escândalos na Petrobras, o impeachment de Dilma Rousseff e o zika vírus são três dos principais fatores que relacionam a queda na importância do País no mercado de viagens on-line.

Em números, houve decréscimo de 6% na receita de reservas, chegando aos citados US$ 18,5 bilhões em 2015. Em dólares americanos, representa uma baixa de 34%. É esperado que o mercado brasileiro como um todo cresça 3% anualmente a partir de 2017, enquanto o on-line deve subir 13% ao ano com base na moeda estadunidense.

Ávidos pela internet, os brasileiros compraram um total de 31% de suas viagens pela internet, igualando o Chile, que tem a mesma porcentagem. A penetração on-line irá aumentar em uma margem de quatro anos e chegará a quase 50% em 2020, estima o estudo.

HOTELARIA, AÉREO E MAIS
Com a alta demanda de hotéis para a Copa do Mundo e, posteriormente, a Olimpíada, a hotelaria nacional, outra área abordada na pesquisam faturou US$ 6,6 bilhões no ano passado. Até 2020, a Phocuswright e a Mapie projetam US$ 7,2 bilhões em reservas para esse segmento do mercado. Os Jogos Olímpicos trouxeram melhor perspectiva, mas o cenário político e econômico contrabalanceia as intenções.

O corte de frequências e voos domésticos e internacionais, bem como as dificuldades de gestão, tem sido o pesadelo das companhias aéreas brasileiras. O estudo aponta que as low costs despontam nessa disputa, com destaque para o desempenho da Azul, embora não tenha apresentado números específicos.

Ao todo, as transportadoras arrecadaram US$ 7,5 bilhões em reservas em 2015, abaixo dos US$ 11,2 bilhões registrados em 2014. Projeta-se um crescimento de 109% em passageiros até o ano de 2020.

Tal como o aéreo, o mercado de locação de carros é dominado por poucas empresas. A fatia on-line tem crescido com as OTAs e os metabuscadores, como Rentcars e Kayak. Este setor é altamente buscado off-line, em razão de aluguéis corporativos. Em quatro anos, a penetração da internet deve alcançar 31% do esperado US$ 1,3 bilhão em reservas.

A fusão de grandes empresas se tornou realidade no País. Como exemplo, tem-se a recente aquisição da Rextur Advance e da Submarino Viagens por parte da CVC e a união de Flytour e Gapnet. O panorama para as operadoras em 2020 aponta uma leve recuperação, alcançado US$ 3,6 bilhões, enquanto no último ano totalizaram US$ 3,3 bilhões.

Com incertezas e desafios, a indústria de viagens do Brasil só deve se recuperar completamente em 2023.










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