Karina Cedeño   |   20/04/2016 12:25

Simon Mayle fala sobre novidades da Travelweek; leia

Ao falar sobre as tendências do mercado de luxo e os momentos de crise no Brasil, o gerente da Travelweek by ILTM, Simon Mayle, revelou ao Jornal PANROTAS quais serão as novidades trazidas pelo evento este ano este ano, adiantando que já faz planos para as próximas edições. Confira.


Da Redação
O gerente da Travelweek by ILTM, Simon Mayle
Ao falar sobre as tendências do mercado de luxo e os momentos de crise no Brasil, o gerente da Travelweek by ILTM, Simon Mayle, revelou ao Jornal PANROTAS quais serão as novidades trazidas pelo evento este ano este ano, adiantando-se nos planos para as próximas edições. Confira:

JORNAL PANROTAS — Como a ILTM, que tem eventos ao redor do mundo e conta com a presença de expositores e compradores brasileiros em alguns deles, vê e é impactada pelo atual momento econômico do Brasil?

SIMON MAYLE — Em tempos de crise, tendemos a ver que o middle market é mais afetado. No topo do mercado, há mais proteção (ou reservas) para os mais abastados. Sobre nossos planos em relação ao mercado brasileiro, eles continuam mais fortes e com mais atenção do que nunca. Nossos pensamentos já estão em planos animadores para o evento de 2017 e os seguintes.

JP — E o que podemos esperar como novidades na Travelweek by ILTM este ano?

MAYLE —Nossa cerimônia de abertura estará focada em apresentar as tendências e comportamentos do mercado de alto padrão na América Latina. Nos três dias de evento, cada participante terá até 65 encontros, sendo 20 mil no total. O networking em eventos noturnos também é importante e por isso criamos uma happy hour nas noites dos dois primeiros dias, quarta e quinta-feira, e todos os participantes são bem-vindos para o network no lounge patrocinado pela Small Luxury Hotels of the World.

JP — Tomando como base as edições da ILTM ao redor do mundo, quais as tendências, os produtos e destinos que se destacarão nos próximos anos nessa indústria?

MAYLE — De acordo com o que deseja o consumidor, acho que personalização, bem-estar e interesses especiais definem as atuais tendências em viagens de luxo. Focando em nichos específicos, as empresas podem criar experiências com alvos certeiros e oferecer um valor maior ao viajante. Enquanto não se trata de algo necessariamente novo, a recente tendência do consumidor em direção às experiências (em detrimento de “coisas”) tem levado muitos fornecedores a diversificar seus produtos com programas excitantes e/ou educativos que podem ser promovidos diretamente a uma parcela da população.

JP — Como os Jogos Olímpicos podem ajudar o Brasil a consolidar seus produtos de luxo?

MAYLE —O Rio de Janeiro é, sem dúvida, um ponto alto e uma cidade obrigatória em qualquer viagem ao Brasil, mas deveríamos considerar a cidade como um portão de entrada para um Brasil belo e diverso, com atrações sofisticadas e bem desenvolvidas, como Inhotim (MG) e Foz do Iguaçu (PR), e fornecer grandes exemplos de como o Brasil opera bem o luxo, enquanto o mundo estará de olhos voltados para cá.

JP — Como as agências de viagens podem competir com a venda direta na internet, mesmo em se tratando da busca de experiências de luxo?

MAYLE —A arma mais poderosa que temos no mercado de luxo é o boca a boca. Os agentes devem continuamente lutar para exceder a expectativa dos clientes, garantindo uma experiência de ponta a ponta que simplesmente não pode ser encontrada on-line. Engajar-se em uma relação forte e contínua com o cliente, não apenas antes, durante ou após a reserva, é uma forma de a comunidade (de agentes e consultores) evoluir com a mudança das necessidades do cliente.

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