Cresce interesse de turistas pelo carnaval de São Paulo
Ao mesmo tempo em que há uma debandada de moradores que aproveitam a folga prolongada para viajar rumo ao litoral, interior e outros estados, há um movimento crescente de visitantes no sentido oposto
AGÊNCIA BRASIL
A cidade de São Paulo está deixando de ser exclusivamente um lugar de onde as pessoas fogem no carnaval e começa a atrair turistas interessados na programação local para o feriado. Ao mesmo tempo em que há uma debandada de moradores que aproveitam a folga prolongada para viajar rumo ao litoral, interior e outros estados, há um movimento crescente de visitantes no sentido oposto.
Os destinos de carnaval mais procurados no país continuam sendo Rio de Janeiro, Recife e Salvador, mas uma pesquisa do Observatório de Turismo e Eventos da São Paulo Turismo (SPTuris) mostra que, em 2015, o número de turistas nacionais que vieram à capital paulista para assistir aos desfiles das escolas de samba aumentou 22% em relação a 2014.
A cada dia de apresentação, o Sambódromo do Anhembi recebe 30 mil pessoas, plateia com crescente número de estrangeiros. Em 2015, a vinda de turistas de outros países para o carnaval paulistano cresceu 73%, incluindo principalmente ingleses, colombianos, japoneses e norte-americanos, segundo o mesmo levantamento.
BLOCOS DE RUA
Além da festa no Sambódromo, que cresce a cada ano, o carnaval de rua de São Paulo vem ganhando força e cada vez mais adeptos, segundo a SPTuris. Até o último dia 14, a Secretaria Municipal de Cultura recebeu propostas de apresentação de 384 blocos de rua, 40% a mais que no ano passado.
Desde 2013, a prefeitura vem regulamentando esse tipo de festa e ampliou os espaços de diversão com montagem de palcos e atrações artísticas para todas as regiões da cidade. A gestão municipal também garante o bloqueios de ruas e banheiros químicos.
Além de democratizar a folia, apoiar blocos por toda a cidade é uma estratégia para descentralizar a festa na rua, tradicionalmente concentrada na Vila Madalena, na zona oeste. A presença de foliões nesse bairro, famoso pelo perfil boêmio e bares descolados, acabou incomodando os moradores.
Apesar do crescimento do turismo nessa época, o presidente do Conselho Regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Joaquim Saraiva de Almeida, diz que o movimento de visitantes em São Paulo ainda é muito inexpressivo. Ele lembra que, com a cidade mais vazia, muitos estabelecimentos fecham durante o carnaval e quem vem de fora se concentra em lojas e restaurantes de shoppings centers.
“O nosso forte ainda é o turismo de negócios”, avalia Almeida. Segundo o executivo da Abrasel, os atrativos que São Paulo oferece, como a variedade gastronômica (cerca de 50 mil bares e restaurantes), fazem mais sucesso em outros períodos do ano e não no carnaval.
A SPTuris tem investido em divulgação para mostrar a cidade também como destino de lazer e entretenimento, onde os turistas podem aproveitar a vida cultural, visitar museus, teatros, parques, a gastronomia e conhecer a vida noturna.
CARNAVAL FORA DE SÃO PAULO
No sentido contrário, pela estimativa do presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens de São Paulo (ABAV-SP), Marcos Balsamão, as vendas de pacotes de viagens no estado de São Paulo deve crescer 5% este ano, mesmo percentual do ano passado.
Segundo Balsamão, entre os paulistas que vão viajar, prevalece o interesse por destinos como Rio de Janeiro, Salvador e Recife, mas tem também há grande procura pelas praias de Florianópolis, do litoral de São Paulo e mesmo cidades pacatas do interior paulista e do Sul de Minas Gerais, preferidas entre os buscam descanso em vez de folia.
“Esse é um feriado emblemático [por ser mais longo] e as famílias brasileiras já incorporaram as viagens em seu orçamento. Independentemente do desaquecimento da economia, elas estão viajando, mesmo que a procura esteja mais concentrada nos roteiros domésticos por causa da valorização do dólar”, explicou. De acordo com a Abav, 70% dos pacotes fechados são de viagens dentro do próprio país, e 30% para o exterior.
A cidade de São Paulo está deixando de ser exclusivamente um lugar de onde as pessoas fogem no carnaval e começa a atrair turistas interessados na programação local para o feriado. Ao mesmo tempo em que há uma debandada de moradores que aproveitam a folga prolongada para viajar rumo ao litoral, interior e outros estados, há um movimento crescente de visitantes no sentido oposto.
Os destinos de carnaval mais procurados no país continuam sendo Rio de Janeiro, Recife e Salvador, mas uma pesquisa do Observatório de Turismo e Eventos da São Paulo Turismo (SPTuris) mostra que, em 2015, o número de turistas nacionais que vieram à capital paulista para assistir aos desfiles das escolas de samba aumentou 22% em relação a 2014.
A cada dia de apresentação, o Sambódromo do Anhembi recebe 30 mil pessoas, plateia com crescente número de estrangeiros. Em 2015, a vinda de turistas de outros países para o carnaval paulistano cresceu 73%, incluindo principalmente ingleses, colombianos, japoneses e norte-americanos, segundo o mesmo levantamento.
BLOCOS DE RUA
Além da festa no Sambódromo, que cresce a cada ano, o carnaval de rua de São Paulo vem ganhando força e cada vez mais adeptos, segundo a SPTuris. Até o último dia 14, a Secretaria Municipal de Cultura recebeu propostas de apresentação de 384 blocos de rua, 40% a mais que no ano passado.
Desde 2013, a prefeitura vem regulamentando esse tipo de festa e ampliou os espaços de diversão com montagem de palcos e atrações artísticas para todas as regiões da cidade. A gestão municipal também garante o bloqueios de ruas e banheiros químicos.
Além de democratizar a folia, apoiar blocos por toda a cidade é uma estratégia para descentralizar a festa na rua, tradicionalmente concentrada na Vila Madalena, na zona oeste. A presença de foliões nesse bairro, famoso pelo perfil boêmio e bares descolados, acabou incomodando os moradores.
Apesar do crescimento do turismo nessa época, o presidente do Conselho Regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Joaquim Saraiva de Almeida, diz que o movimento de visitantes em São Paulo ainda é muito inexpressivo. Ele lembra que, com a cidade mais vazia, muitos estabelecimentos fecham durante o carnaval e quem vem de fora se concentra em lojas e restaurantes de shoppings centers.
“O nosso forte ainda é o turismo de negócios”, avalia Almeida. Segundo o executivo da Abrasel, os atrativos que São Paulo oferece, como a variedade gastronômica (cerca de 50 mil bares e restaurantes), fazem mais sucesso em outros períodos do ano e não no carnaval.
A SPTuris tem investido em divulgação para mostrar a cidade também como destino de lazer e entretenimento, onde os turistas podem aproveitar a vida cultural, visitar museus, teatros, parques, a gastronomia e conhecer a vida noturna.
CARNAVAL FORA DE SÃO PAULO
No sentido contrário, pela estimativa do presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens de São Paulo (ABAV-SP), Marcos Balsamão, as vendas de pacotes de viagens no estado de São Paulo deve crescer 5% este ano, mesmo percentual do ano passado.
Segundo Balsamão, entre os paulistas que vão viajar, prevalece o interesse por destinos como Rio de Janeiro, Salvador e Recife, mas tem também há grande procura pelas praias de Florianópolis, do litoral de São Paulo e mesmo cidades pacatas do interior paulista e do Sul de Minas Gerais, preferidas entre os buscam descanso em vez de folia.
“Esse é um feriado emblemático [por ser mais longo] e as famílias brasileiras já incorporaram as viagens em seu orçamento. Independentemente do desaquecimento da economia, elas estão viajando, mesmo que a procura esteja mais concentrada nos roteiros domésticos por causa da valorização do dólar”, explicou. De acordo com a Abav, 70% dos pacotes fechados são de viagens dentro do próprio país, e 30% para o exterior.