Braztoa faz queixa no Cade e Anac contra Azul
A reclamação de alguns operadores de que a empresa aérea Azul, de David Neeleman, estaria oferecendo tarifas exclusivas até 30% mais baixas à sua operadora, Azul Viagens, agora é oficial.
A reclamação de alguns operadores de que a empresa aérea Azul, de David Neeleman, estaria oferecendo tarifas exclusivas até 30% mais baixas à sua operadora, Azul Viagens, agora é oficial. A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), representando mais de 90 associados e 73 operadoras, enviou uma queixa, já acolhida, à Anac e ao Cade, denunciando essa possível prática da companhia aérea.
O Cade e a Anac aceitaram a solicitação de investigação e já notificaram a Azul Linhas Aéreas, que ainda não se pronunciou. A primeira a denunciar o possível favorecimento foi a CVC, em entrevista de Valter Patriani ao Portal PANROTAS. Segundo ele, houve uma reunião pessoal com Neeleman, que teria negado o favorecimento.
A presidente da Braztoa, Magda Nassar, disse ao Portal PANROTAS que outras operadoras procuraram individualmente a diretoria da Azul (de David Neeleman aos escalões inferiores), mas que as respostas eram quase as mesmas. “Todas operadoras têm acesso às tarifas”.
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CVC pede à Azul menos proteção à Azul Viagens
A Braztoa e suas associadas reuniram provas de que os pacotes da Azul Viagens eram até 30% menores que a concorrência (e a diferença era o aéreo, na classe Z) e foram essas provas que convenceram o Cade a interpelar a Azul.
“Ela é uma concessionária do governo, não pode, por lei, fazer essa diferenciação. Nossos associados querem o mesmo direito de vender Azul, a terceira maior empresa do País e que tem uma grande força no interior de São Paulo e em destinos como Bonito e Fernando de Noronha, por exemplo”, explica Magda Nassar.
Ainda segundo a Braztoa, antes de chegar ao Cade e à Anac, a entidade tentou uma reunião com a Azul, e o pedido foi ignorado. Na sequência enviou notificação extrajudicial. Como a empresa aérea não se sensibilizou, a saída recomendada por advogados foi essa solicitação de investigação ao Cade e à Anac.
“Ninguém no mercado tem o mesmo preço. Há empresas com negociações melhores ou piores com fornecedores, mas em nenhum caso há concorrência desleal ou chega a esse nível de diferença tarifária”, continua a presidente da Braztoa, que, ao lado da CEO, Monica Samia, toca o caso, com idas a Brasília para reuniões com o Cade e a Anac.
A Braztoa entende que as empresas aéreas tenham suas operadoras, casos da Lan, Tam, British Airways, Copa Airlines, entre outras, mas pede uma isonomia de condições para que todos possam vender os produtos de uma concessionária pública, que não pode, segundo a Braztoa, colocar barreiras de venda a um grupo, privilegiando uma subsidiária sua.
Magda Nassar reitera que a intenção da Braztoa é vender Azul, no nacional e no internacional. Inclusive alguns operadores já estudam formas de vender Orlando com a Azul, depois do cancelamento do voo de Guarulhos, que estava previsto para o final do ano. E a entidade teme também que a prática se estenda à Tap ou outra empresa que a Azul ou David Neeleman venham a comprar.
“Esperamos uma solução amigável, afinal a cadeia produtiva do turismo tem uma força de vendas que tem de servir para todas as classes e momentos”, finalizou Magda Nassar.
Procurada pela reportagem, a Azul Linhas Aéreas informou, via assessoria de imprensa, que "não comenta ações sub judice".
O Cade e a Anac aceitaram a solicitação de investigação e já notificaram a Azul Linhas Aéreas, que ainda não se pronunciou. A primeira a denunciar o possível favorecimento foi a CVC, em entrevista de Valter Patriani ao Portal PANROTAS. Segundo ele, houve uma reunião pessoal com Neeleman, que teria negado o favorecimento.
A presidente da Braztoa, Magda Nassar, disse ao Portal PANROTAS que outras operadoras procuraram individualmente a diretoria da Azul (de David Neeleman aos escalões inferiores), mas que as respostas eram quase as mesmas. “Todas operadoras têm acesso às tarifas”.
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A Braztoa e suas associadas reuniram provas de que os pacotes da Azul Viagens eram até 30% menores que a concorrência (e a diferença era o aéreo, na classe Z) e foram essas provas que convenceram o Cade a interpelar a Azul.
“Ela é uma concessionária do governo, não pode, por lei, fazer essa diferenciação. Nossos associados querem o mesmo direito de vender Azul, a terceira maior empresa do País e que tem uma grande força no interior de São Paulo e em destinos como Bonito e Fernando de Noronha, por exemplo”, explica Magda Nassar.
Ainda segundo a Braztoa, antes de chegar ao Cade e à Anac, a entidade tentou uma reunião com a Azul, e o pedido foi ignorado. Na sequência enviou notificação extrajudicial. Como a empresa aérea não se sensibilizou, a saída recomendada por advogados foi essa solicitação de investigação ao Cade e à Anac.
“Ninguém no mercado tem o mesmo preço. Há empresas com negociações melhores ou piores com fornecedores, mas em nenhum caso há concorrência desleal ou chega a esse nível de diferença tarifária”, continua a presidente da Braztoa, que, ao lado da CEO, Monica Samia, toca o caso, com idas a Brasília para reuniões com o Cade e a Anac.
A Braztoa entende que as empresas aéreas tenham suas operadoras, casos da Lan, Tam, British Airways, Copa Airlines, entre outras, mas pede uma isonomia de condições para que todos possam vender os produtos de uma concessionária pública, que não pode, segundo a Braztoa, colocar barreiras de venda a um grupo, privilegiando uma subsidiária sua.
Magda Nassar reitera que a intenção da Braztoa é vender Azul, no nacional e no internacional. Inclusive alguns operadores já estudam formas de vender Orlando com a Azul, depois do cancelamento do voo de Guarulhos, que estava previsto para o final do ano. E a entidade teme também que a prática se estenda à Tap ou outra empresa que a Azul ou David Neeleman venham a comprar.
“Esperamos uma solução amigável, afinal a cadeia produtiva do turismo tem uma força de vendas que tem de servir para todas as classes e momentos”, finalizou Magda Nassar.
Procurada pela reportagem, a Azul Linhas Aéreas informou, via assessoria de imprensa, que "não comenta ações sub judice".