Da Redação   |   24/08/2015 10:45

Cai projeção de inflação feita por instituições financeiras

Após a estabilidade da semana passada, a projeção de instituições financeiras para a inflação, neste ano, caiu. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 9,32% para 9,29%.

DA AGÊNCIA BRASIL

Após a estabilidade da semana passada, a projeção de instituições financeiras para a inflação, neste ano, caiu. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 9,32% para 9,29%. A estabilidade e a queda vieram depois de 17 semanas seguidas de aumento na projeção do IPCA. A estimativa consta do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC) com base em pesquisa a instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.

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Para 2016, a projeção de inflação é menor do que a deste ano, mas subiu pela terceira semana seguida, ao passar de 5,44% para 5,50%. A meta de inflação é 4,5%, com limite superior de 6,5%. Essa meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional, formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do BC. Cabe ao BC manter a inflação dentro da meta estipulada. Quando isso não ocorre, a entidade tem de enviar carta ao Ministério da Fazenda, explicando o que levou o índice a extrapolar a meta.

Na tentativa de trazer a inflação para o centro da meta, o BC elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes seguidas. A entidade prevê que a inflação vai convergir para a meta em 2016 e indicou que não deve elevar mais a Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro. Segundo o BC, os efeitos de elevação da Selic levam tempo para aparecer.

Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015 e ser reduzida em 2016. A projeção mediana, que desconsidera os extremos da estimativa, para o fim de 2016 passou de 11,88% para 12% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle da inflação.

DEMAIS PROJEÇÕES
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 7,67% para 7,69%, este ano. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa permanece em 7,74%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), este ano, também não foi alterada (9,23%).

Na sexta piora seguida, a estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) – soma dos bens e serviços produzidos no país – passou de 2,01% para 2,06%, este ano. Há quatro semanas, a estimativa estava em 1,76%. Para 2016, a expectativa de retração passou de 0,15% para 0,24%, no terceiro ajuste seguido.

Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve apresentar retração de 5,20% este ano, contra 5% previstos na semana passada. Em 2016, a expectativa é de recuperação do setor, com crescimento de 1%, a mesma estimativa anterior.

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