Artur Luiz Andrade   |   17/07/2012 12:12

Mais profissional, Águia continua querendo comprar

Com cerca de 40% de seus negócios ainda ligados a negócios com o futebol (especialmente em época pré-Copa, em que pegou diversos serviços para o evento), o Grupo Águia quer se profissionalizar e diversificar seu portfólio

Com cerca de 40% de seus negócios ainda ligados a negócios com o futebol (especialmente em época pré-Copa, em que pegou diversos serviços para o evento), o Grupo Águia quer se profissionalizar e diversificar seu portfólio. Para isso, uma das medidas foi a contratação de Paulo Cezar Castello Branco, ex-vice-presidente comercial e de Planejamento da Tam e ex-presidente da Brasil Travel. Catello Branco assume dia 6 de agosto como presidente executivo das 14 empresas do grupo.

"Vou trazer métodos e processos para que o Águia tenha grande renome onde atue, aumente sua rentabilidade e esteja pronto para crescer frente às oportunidades. No patamar em que o grupo se encontra, a profissionalização é necessária e farei isso com a ajuda dos diretores que já estão aqui e conhecem e se empenham há vários anos, como os três filhos do Wagner, o Thiago, a Agatha e o Jonathas, que conhecem o grupo a fundo", explicou Castello Branco.

"Eu não conseguia mais atender às necessidades da rotina do grupo e ainda fazer a articulação política e comercial. Chamei o Paulo, de quem sou amigo há 20 anos e ele aceitou o desafio", disse Abrahão. "E eu adoro esse tipo de desafio, com muitas oportunidades. Não é uma missão difícil", emendou Castello Branco. A negociação durou 40 dias, mas não foi difícil, segundo ambos. Castello Branco vinha de uma experiência com a Brasil Travel, que tentou juntar empresas de turismo e abrir capital na bolsa, sem sucesso.

"Vejo semelhanças entre o Grupo Águia e o projeto da Brasil Travel, que era sim bem interessante, mas que, por inúmeros fatores, não aconteceu como esperávamos. Mas o Wagner vislumbrou lá atrás que a atuação no turismo não precisa ser apenas em um segmento. Por isso ele se tornou sócio ou abriu tantas empresas em segmentos diferentes", elabora Paulo Castello Branco.

Isso quer dizer que ele vai preparar o Grupo Águia para abrir capital? "Não. Venho com um projeto de trazer métodos e processos, de aumentar a rentabilidade... Não está nos planos abrir capital ou buscar um grande investidor. O grupo é bem capitalizado", finaliza. "Continuamos querendo comprar, especialmente nas áreas de receptivo e incentivos", completa Wagner Abrahão.

O diretor financeiro do grupo, Thiago Abrahão, confirma que os investimentos são feitos com recursos próprios. O que não quer dizer que o grupo esteja fechado a outras possibilidades. Para a aquisição do Phenom 300 para a Lynx, por exemplo, o grupo estuda usar financiamento do BNDES. "Mas como é difícil", diz Wagner Abrahão.

Algumas empresas do grupo são a Top Service e a GI, que lideram o setor de viagens de incentivos no País, Havas Creative Tours (recpetivo), Stella Barros, Consolida, 4BTS, Match Connections (transportadora oficial da Match para os eventos da Fifa no Brasil), Gray Line e Lynx (empresa aérea executiva).

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