Artur Luiz Andrade   |   24/10/2011 17:29

Grupo Águia reestrutura sua área de esportes

Com a aproximação da Copa do Mundo de Futebol de 2014, aqui no Brasil, o Grupo Águia reestrutura sua área esportiva, para atender a alguns serviços que conquistou para o grande evento mundial.

Com a aproximação da Copa do Mundo de Futebol de 2014, aqui no Brasil, o Grupo Águia reestrutura sua área esportiva, para atender a alguns serviços que conquistou para o grande evento mundial.

O presidente do grupo, Wagner Abrahão, recebeu o PANROTAS em seu estande na Abav e explicou as mudanças, que incluem a compra de empresas, reorganização de atendimento de alguns contratos e até a criação de novas marcas para atender a Fifa. O Grupo Águia tem debaixo de seu guarda-chuva a empresa que atenderá o Comitê Organizador da Copa no Brasil e a que venderá todos os hospitality centers em todos os estádios dos jogos, e ainda as hospitalities do Brasil para as Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar.

Confira a seguir as novidades na área esportiva do Grupo Águia.

PORTAL PANROTAS — Como o Grupo Águia conseguiu a conta do Comitê Organizador Local da Copa de 2014 (COL)?
WAGNER ABRAHÃO — A conta foi ganha pela 4BTS, do Bruno Castro, que conheço desde pequeno, e por meio de um acordo compramos parte dessa empresa. Em troca, a 4BTS passa a atender contas que eram da Pallas, como a CBF e a Seleção Brasileira e o COL, com todos os eventos Fifa até depois da Copa de 2014. Já a Pallas fica com a parte política da CBF, sua diretoria. E a Sobratur, outra empresa do grupo, fará uma experiência e atenderá o Campeonato Brasileiro até o final do ano. É possível que a Sobratur e a 4BTS virem uma empresa só, mas ainda estamos vendo o formato.

PP — Além de atender a Fifa em seus eventos, que outras participações o Grupo Águia terá na Copa?
ABRAHÃO — Vamos fazer a produção e a venda de todos os camarotes vips (chamados de hospitality centers) em todos os estádios das 12 cidades-sede do Brasil. Não iremos mexer com ingressos ou hospedagem, mas o pacote dos camarotes devem incluir ingressos. Tivemos de fazer um depósito de US$ 40 milhões, por meio de um consórcio entre o Águia e a Traffic, e nomeamos a Traffic, a Top Service e a GI, essas duas últimas parte do Grupo Águia, como vendedoras oficiais de hospitality.

PP — Os hospitality se destinam apenas aos patrocinadores do evento?
ABRAHÃO — Não. Os patrocinadores têm uma cota, e sempre querem mais lugares. E outras empresas também podem comprar. Há venda em todos os países com seleções na Copa, mas claro que a maior fatia é do Brasil, por ser o anfitrião. A estimativa da Fifa é de uma venda de US$ 240 milhões. Se atingirmos essa meta eles nos devolvem os US$ 40 milhões. Mas pela procura que já existe, acho que chegaremos em US$ 320 milhões. Posso te adiantar em primeira mão também que o Grupo Águia será o distribuidor de hospitality centers no Brasil também para as Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar.

PP — Então essa nova divisão terá vida longa...
ABRAHÃO — Não só essa divisão, como outra empresa que criamos, a Match Connections, e outros negócios que surgirão para o Brasil como um todo. Por isso fico irritado quando parte da imprensa critica os investimentos do governo em infraestrutura. Isso ficará para o País e o Brasil poderá dar um salto nesse segmento de grandes eventos. O Rio de Janeiro hoje já é carente de hotéis. Qualquer evento, como Rock in Rio ou UFC, lota a cidade. Precisamos de mais hotéis e não de navios aqui durante a Copa. Por isso admiro o Guilherme Paulus, que está investindo em um hotel no Galeão. É por isso que ele chegou onde chegou, pois tem disposição de criar e investir.

PP — O que é a Match Connections?
ABRAHÃO — Uma empresa do Grupo Águia, que prestará serviços (menos acomodação) oficialmente para todos os passageiros Fifa: turistas, árbitros, delegações, imprensa... Vamos fornecer aéreo, transporte, jantares, shows... Para isso montamos uma estrutura também visando ao longo prazo. Temos seis diretores: Alexandre Zimer, ex-Vale, como diretor geral, Vânia Rebechi, diretora de RH, Gilson Novo, diretor de Relações Institucionais, Ricardo Xavier, diretor de Engenharia de Processos, para termos um histórico de todos os processsos de preparação da Copa, Respício do Espírito Santo, diretor de Transporte, pensando em logística e estratégia, e Douglas Presto, diretor de Operações e Comercial. Já temos 16 executivos de contas e já conquistamos um outro evento, a Jornada Mundial da Juventude Católica, em 2013, no Rio.

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