A IMPREVISÍVEL NOVA DÉCADA. FELIZ 2010
Como serão os próximos dez anos? Imprevisíveis, com certeza.
Como serão os próximos dez anos? Imprevisíveis, com certeza. Especialmente para nós, que começamos a década que termina hoje felizes com nossa coleção de CDs, gravando nossos arquivos em disquetes, chegando em casa e correndo para a secretária eletrônica, exibindo orgulhosos nossos telefones celulares, que serviam para fazer ligações fora de casa apenas (e emergenciais), sonhando com um ministério para o Turismo, ainda vivendo em um mundo sem o terrorismo tão próximo de nós e de nossa indústria, sendo governados por FHC e Bill Clinton...aliviados que o mundo não acabou no ano 2000.
Dez anos depois, quase tudo pode ser feito e armazenado em nossos celulares. E se você não sabe mexer direito no seu, basta perguntar pro seu sobrinho, neto... eles já nascem sabendo. Se hoje o celular já é uma necessidade e todos terem o celular de todos já não é mais invasão de privacidade, nos próximos anos, dizem os especialistas, seu poder será ainda maior. Cuide bem do seu e invista nos melhores modelos. Ah, claro, e tenha seus produtos disponíveis para o formato mobile. Ou você passará a década como alguns passaram a passada: achando que a internet era uma onda passageira.
Respire internet. É estranho fazer parte de comunidades virtuais? Ter mais amigos on-line que off-line? É o mundo globalmente conectado e isso é fantástico. Continue jantando de vez em quando com seus amigos do peito, mas a internet também aproxima, a tecnologia também faz com que você acompanhe de perto alguém que você sequer conheceria. E cujo conhecimento, trocado pelo seu, somente te enriquece. Crie seu avatar. E seja quem você quiser.
Dez anos depois, Lula e Obama substituíram FHC e Clinton. Quem diria que os americanos, chocados com as peripécias sexuais de Clinton com uma estagiária gordinha, estariam aptos a eleger um presidente negro? Também, depois de Bush... não estava tão difícil. E os brasileiros, que finalmente deram uma chance a Lula? E seu governo foi exatamente igual ao anterior: o país cresceu, virou a bola da vez, nosso presidente é “o cara”, Lula nos deu o Ministério do Turismo (falta dar mais dinheiro à pasta), mas por outro lado a corrupção se alastrou, o aparelhamento do governo idem, as relações internacionais tornaram-se no mínimo esdrúxulas. Ou seja, nada de novo no front.
Mas conquistamos a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Quem irá esquecer o nome da Cidade Maravilhosa naquele envelope com as marcas olímpicas? O Rio de Janeiro merece e se os governos estaduais e municipais continuarem com esse ânimo e essa vontade política em relação ao turismo, os próximos dez anos serão de ouro.
Em pleno fim de década, quando queremos esquecer o terror do ano de 2001, eis que as medidas de segurança serão mais rígidas ainda, pois os terroristas se superam e fazem do ato de explodir um avião uma arte do mal, um desafio à criatividade negativa e destruidora, Paz? Imprevisível e, infelizmente, improvável.
Mas pode ser que destruamos o planeta antes (também improvável, pois a onda verde já não é uma onda e sim parte da política dos países e de nosso dia a dia), ou que o mundo acabe em 2012. Pode ser que nossos avatares vivam uma vida melhor por todos nós, pode ser que a realidade virtual nos substitua. Esperamos que não. E que, mais que pensar daqui a dez anos, pensemos no amanhã, no agora, no hoje. Para que daqui a dez anos nos lembremos com satisfação que fizemos nossa parte (o que inclui cobrar, votar, participar, criticar, elogiar, ajudar, doar, plantar, colher...).
2010, ano de eleições no Brasil, Copa na África do Sul, início de uma nova década. Continuação da que passou. Let’s keep walking. Sabendo que há muitos jogando contra, mas muitos mais (mesmo que virtualmente) jogando no mesmo time, do nosso lado para o que der e vier.
Feliz nova década. Feliz hoje, amanhã e depois.
Artur Luiz Andrade
Editor-chefe
Dez anos depois, quase tudo pode ser feito e armazenado em nossos celulares. E se você não sabe mexer direito no seu, basta perguntar pro seu sobrinho, neto... eles já nascem sabendo. Se hoje o celular já é uma necessidade e todos terem o celular de todos já não é mais invasão de privacidade, nos próximos anos, dizem os especialistas, seu poder será ainda maior. Cuide bem do seu e invista nos melhores modelos. Ah, claro, e tenha seus produtos disponíveis para o formato mobile. Ou você passará a década como alguns passaram a passada: achando que a internet era uma onda passageira.
Respire internet. É estranho fazer parte de comunidades virtuais? Ter mais amigos on-line que off-line? É o mundo globalmente conectado e isso é fantástico. Continue jantando de vez em quando com seus amigos do peito, mas a internet também aproxima, a tecnologia também faz com que você acompanhe de perto alguém que você sequer conheceria. E cujo conhecimento, trocado pelo seu, somente te enriquece. Crie seu avatar. E seja quem você quiser.
Dez anos depois, Lula e Obama substituíram FHC e Clinton. Quem diria que os americanos, chocados com as peripécias sexuais de Clinton com uma estagiária gordinha, estariam aptos a eleger um presidente negro? Também, depois de Bush... não estava tão difícil. E os brasileiros, que finalmente deram uma chance a Lula? E seu governo foi exatamente igual ao anterior: o país cresceu, virou a bola da vez, nosso presidente é “o cara”, Lula nos deu o Ministério do Turismo (falta dar mais dinheiro à pasta), mas por outro lado a corrupção se alastrou, o aparelhamento do governo idem, as relações internacionais tornaram-se no mínimo esdrúxulas. Ou seja, nada de novo no front.
Mas conquistamos a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Quem irá esquecer o nome da Cidade Maravilhosa naquele envelope com as marcas olímpicas? O Rio de Janeiro merece e se os governos estaduais e municipais continuarem com esse ânimo e essa vontade política em relação ao turismo, os próximos dez anos serão de ouro.
Em pleno fim de década, quando queremos esquecer o terror do ano de 2001, eis que as medidas de segurança serão mais rígidas ainda, pois os terroristas se superam e fazem do ato de explodir um avião uma arte do mal, um desafio à criatividade negativa e destruidora, Paz? Imprevisível e, infelizmente, improvável.
Mas pode ser que destruamos o planeta antes (também improvável, pois a onda verde já não é uma onda e sim parte da política dos países e de nosso dia a dia), ou que o mundo acabe em 2012. Pode ser que nossos avatares vivam uma vida melhor por todos nós, pode ser que a realidade virtual nos substitua. Esperamos que não. E que, mais que pensar daqui a dez anos, pensemos no amanhã, no agora, no hoje. Para que daqui a dez anos nos lembremos com satisfação que fizemos nossa parte (o que inclui cobrar, votar, participar, criticar, elogiar, ajudar, doar, plantar, colher...).
2010, ano de eleições no Brasil, Copa na África do Sul, início de uma nova década. Continuação da que passou. Let’s keep walking. Sabendo que há muitos jogando contra, mas muitos mais (mesmo que virtualmente) jogando no mesmo time, do nosso lado para o que der e vier.
Feliz nova década. Feliz hoje, amanhã e depois.
Artur Luiz Andrade
Editor-chefe