Artur Luiz Andrade   |   18/08/2009 15:23

Miriam Leitão leva análise otimista para o Conotel 2009

O resultado do PIB no segundo trimestre de 2009, que o governo deve anunciar em setembro, vai ser positivo. O Brasil está bem, foi melhor que muitas economias durante a crise deflagrada a partir do fimd e 2008 e precisa investir mais em infraestrutura, pois o PAC, por sua vez, vai mal.

O resultado do PIB no segundo trimestre de 2009, que o governo deve anunciar em setembro, vai ser positivo. O Brasil está bem, foi melhor que muitas economias durante a crise deflagrada a partir do fimd e 2008 e precisa investir mais em infraestrutura, pois o PAC, por sua vez, vai mal. Essas foram algumas das notícias que a jornalista e apresentadora Miriam Leitão levou ao Conotel 2009, no Rio de Janeiro, em sua palestra com a participação, no painel que se seguiu, de quatro líderes da hotelaria: Álvaro Bezerra de Mello (ABIH), Rafael Guaspari (Fohb), Alexandre Zubaran (Resorts Brasil), as três entidades que formarão uma só, mais forte e unida, e Norton Lenhart, da Federação Nacional de Hotéis.

Segundo a jornalista, um dos motivos que fizeram com que o Brasil não mergulhasse de cabeça na crise foi a falta de uma crise bancária, que pegou em cheio os países desenvolvidos. “Nossos bancos estão bem e isso nos ajudou”. O dever de casa feito em mais de 20 anos de crise também foi fator preponderante para o amadurecimento de nossa economia. “Em Brasília eles acham que foi o cara, mas fomos todos nós, foi o empresariado brasileiro, que foi brilhante nas décadas de 80 e 90, foi a opinião pública fazendo os governos tomarem medidas que até nem queriam...ou seja, todos nós”, argumentou, com aplaudos da plateia.

De acordo com Miriam Leitão, 2009 será um ano de queda nas principais economias do mundo, mas 2010 e 2011 já apontam para crescimento. A crise bancária mundial ainda está longe do fim, pois, segundo ela, ainda há muitos ativos podres O colapso do crédito diminuiu e os governos abriram os cofres (o que pode resultar em inflação daqui a dois anos). “A recessão está instalada, houve pânico no começo, mas não foi como em 1929. Foi, apesar de tudo, um primeiro semestre de boas notícias”.

Miriam ressaltou que os investimentos em infraestrutura não estão acontecendo, que o PAC vai mal e que o governo tira os dados de saneamento do balançco do programa para obter melhores resultados. “Sem infraestrutura adequada o Brasil não vai tirar proveito da Copa”, afirmou.

A jornalista econômica se disse muito satisfeita em ver alguns índices do Brasil, já que cobriu tantas crises e esses índices eram bem piores, criticou o aumento de gastos com pessoal e da carga tributária (36% do PIB), que, segundo ela, não é prioridade do governo Lula, pois seus antecessores fizeram o mesmo, e destacou que este governo foi o que mais aumentou o número de servidores público (que o governo FHC havia reduzido).

“A previsão é de crescimento para 2010”, finalizou a palestrante, não sem antes alertar para a questão da sustentabilidade, hoje uma preocupação e uma demanda que deve ser de todos. Para ela, sustentabilidade no Brasil envolve uma série de ações contra o aquecimento global e a favor da preservação do planeta, mas, no caso do Brasil, também o estímulo à diversidade nas empresas, incluindo uma melhor distribuição das diversas raças e gêneros por cargos e posições importantes nas empresas. “O brasileiro pode até estar acostumado a não ver negros ou mulheres em posições de destaque em um hotel, por exemplo, mas o estrangeiro percebe isso”.

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