NE e SE concentram 70% dos empregos em turismo
Presidente do Ipea apresenta estudo em que aponta que 70% do emprego gerado pelo turismo está concentrado nas regiões nordeste e sudeste do Brasil.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou ontem dados referentes à empregabilidade do turismo em 2008. Os números integram o estudo A crise mundial e seus reflexos sobre a crise no Brasil, apresentado pelo presidente do instituto, Marcio Pochmann, durante seminário que reuniu cerca de 50 diretores, gerentes e assessores da Embratur em Sobradinho (DF). De acordo com a pesquisa, 70% dos empregos estão concentrados entre o Sudeste (44,9%) e o Nordeste brasileiros (26,4%).
Ainda segundo o documento, ambas as regiões, no entanto, apresentaram ligeira queda de participação nessa indústria em relação a 2002, quando tinham 46,6% e 27%, respectivamente. Mas se comparados apenas os índices de emprego informal, o Nordeste aproxima-se do Sudeste, com 32,3% do total, contra 39,% da região mais populosa do País.
Em sua apresentação, Pochmann ressaltou a importância da indústria do turismo no Brasil, hoje responsável por 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). “Isso representa 70% do que hoje é a indústria automotiva no País, que corresponde a pouco mais de 4% do PIB”, lembrou o presidente do Ipea. Mas ressaltou, como dado preocupante, o aumento das despesas em ritmo maior que o crescimento da receita, diante da crise internacional, que de acordo com o dirigente, quando convertida em dólares, a receita da indústria do turismo em 2008 no Brasil atingiu US$ 5,78 bilhões. As despesas, por sua vez, passaram de US$ 8,21 bilhões em 2007 para US$ 10,96 bilhões em 2008. “É um quadro péssimo para a balança do nosso turismo, sinal claro de perda de competitividade. Isso tem a ver com fatores como taxa de câmbio, um dos canais de transmissão da crise, mas só o cambio não explica isso”, disse Pochmann.
Pochmann também destacou a estimativa da indústria mundial do turismo, que vinha crescendo cerca de 6% ao ano, mas registrou queda de 2% no segundo semestre de 2008. A previsão da Organização Mundial do Turismo, com base nos dados de janeiro e fevereiro deste ano, é de uma contração de até 8% em 2009. O crescimento de apenas 1,8% nas viagens internacionais entre 2007 e 2008 – em comparação com os 6,7% entre 2006 e 2007, segundo o dirigente –, reflete a situação de crise.
Ainda segundo o documento, ambas as regiões, no entanto, apresentaram ligeira queda de participação nessa indústria em relação a 2002, quando tinham 46,6% e 27%, respectivamente. Mas se comparados apenas os índices de emprego informal, o Nordeste aproxima-se do Sudeste, com 32,3% do total, contra 39,% da região mais populosa do País.
Em sua apresentação, Pochmann ressaltou a importância da indústria do turismo no Brasil, hoje responsável por 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). “Isso representa 70% do que hoje é a indústria automotiva no País, que corresponde a pouco mais de 4% do PIB”, lembrou o presidente do Ipea. Mas ressaltou, como dado preocupante, o aumento das despesas em ritmo maior que o crescimento da receita, diante da crise internacional, que de acordo com o dirigente, quando convertida em dólares, a receita da indústria do turismo em 2008 no Brasil atingiu US$ 5,78 bilhões. As despesas, por sua vez, passaram de US$ 8,21 bilhões em 2007 para US$ 10,96 bilhões em 2008. “É um quadro péssimo para a balança do nosso turismo, sinal claro de perda de competitividade. Isso tem a ver com fatores como taxa de câmbio, um dos canais de transmissão da crise, mas só o cambio não explica isso”, disse Pochmann.
Pochmann também destacou a estimativa da indústria mundial do turismo, que vinha crescendo cerca de 6% ao ano, mas registrou queda de 2% no segundo semestre de 2008. A previsão da Organização Mundial do Turismo, com base nos dados de janeiro e fevereiro deste ano, é de uma contração de até 8% em 2009. O crescimento de apenas 1,8% nas viagens internacionais entre 2007 e 2008 – em comparação com os 6,7% entre 2006 e 2007, segundo o dirigente –, reflete a situação de crise.