Analistas: vitória de Trump atrapalharia economia brasileira
Uma eventual vitória do candidato republicano Donald Trump na eleição presidencial norte-americana traria uma série de consequências negativas para a economia brasileira. A avaliação pessimista foi divulgada hoje pela agência de notícias
Em breve será conhecido o próximo presidente dos Estados Unidos. E uma eventual vitória do candidato republicano Donald Trump no pleito de hoje traria uma série de consequências negativas para a economia brasileira. A avaliação pessimista foi divulgada pela agência de notícias Reuters com base em opiniões de especialistas no mercado financeiro. Segundo os entrevistados, a vitória traria prejuízos para o comércio exterior e redução do crescimento econômico.
"Já a partir de 2017 o crescimento brasileiro seria abalado porque o Brasil seria atingindo por vários canais. Além do menor crescimento dos Estados Unidos, a China deve desacelerar e a confiança seria abalada", afirmou a economista e sócia da consultoria Tendências, Alessandra Ribeiro.
Segundo a reportagem, com Trump na presidência os EUA devem crescer menos no ano que vem, puxando para baixo o mundo e dificultando a recuperação esperada para a economia brasileira e, consequentemente, gerando menos receitas. Em 2017, os analistas esperam leve avanço para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, de 1,2%, segundo o relatório semanal do Banco Central, que ouve uma centena de economistas. Para 2016, espera-se retração de 3,31%.
Outro efeito seria o comércio mundial. Trump já deixou claro que poderia tornar a economia norte-americana mais fechada, criando mal-estar ao afirmar que quer expulsar imigrantes ilegais do pais, notadamente latinos. "A eleição do Trump teria um impacto sobre o comércio mundial como um todo. A cotação das commodities deve cair e o Brasil teria mais dificuldade para exportar manufaturados", afirmou o presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro. Do total exportado pela economia brasileira para os Estados Unidos, 65% são de produtos manufaturados, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Os norte-americanos são o segundo maior importador do Brasil, somente atrás da China. De janeiro a outubro deste ano, o Brasil exportou US$ 18,8 bilhões, ou 12,3% do total, para os EUA. No fim de outubro, o economista-chefe do banco Itaú, Mario Mesquita, classificou eventual vitória de Trump como "complicada" para a economia mundial. A maior preocupação está justamente no risco de o republicano optar por fechar a economia norte-americana, o que dificultaria a recuperação do já combalido comércio internacional.
"Os poderes do presidente dos Estados Unidos são muito assimétricos. Para abrir a economia, ele precisa do apoio do Congresso, mas, para fechar, ele pode decidir de forma autocrática", disse Mesquita.
"Já a partir de 2017 o crescimento brasileiro seria abalado porque o Brasil seria atingindo por vários canais. Além do menor crescimento dos Estados Unidos, a China deve desacelerar e a confiança seria abalada", afirmou a economista e sócia da consultoria Tendências, Alessandra Ribeiro.
Segundo a reportagem, com Trump na presidência os EUA devem crescer menos no ano que vem, puxando para baixo o mundo e dificultando a recuperação esperada para a economia brasileira e, consequentemente, gerando menos receitas. Em 2017, os analistas esperam leve avanço para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, de 1,2%, segundo o relatório semanal do Banco Central, que ouve uma centena de economistas. Para 2016, espera-se retração de 3,31%.
Outro efeito seria o comércio mundial. Trump já deixou claro que poderia tornar a economia norte-americana mais fechada, criando mal-estar ao afirmar que quer expulsar imigrantes ilegais do pais, notadamente latinos. "A eleição do Trump teria um impacto sobre o comércio mundial como um todo. A cotação das commodities deve cair e o Brasil teria mais dificuldade para exportar manufaturados", afirmou o presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro. Do total exportado pela economia brasileira para os Estados Unidos, 65% são de produtos manufaturados, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Os norte-americanos são o segundo maior importador do Brasil, somente atrás da China. De janeiro a outubro deste ano, o Brasil exportou US$ 18,8 bilhões, ou 12,3% do total, para os EUA. No fim de outubro, o economista-chefe do banco Itaú, Mario Mesquita, classificou eventual vitória de Trump como "complicada" para a economia mundial. A maior preocupação está justamente no risco de o republicano optar por fechar a economia norte-americana, o que dificultaria a recuperação do já combalido comércio internacional.
"Os poderes do presidente dos Estados Unidos são muito assimétricos. Para abrir a economia, ele precisa do apoio do Congresso, mas, para fechar, ele pode decidir de forma autocrática", disse Mesquita.
*Fonte: Reuters