Renato Machado   |   25/08/2016 19:15

Colômbia e Farc chegam a acordo de paz definitivo

Mais de 50 anos de sequestros, assassinatos e bombardeios chegaram ao fim. Na noite da última quarta-feira, o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram um acordo de paz definitivo pondo fim ao confronto armado que vitimou m

EPA/Ernesto Mastrascusa
Luciano Marín, representante das Farc, e Humberto de la Calle, ex-vice-presidente da Colômbia, consagram acordo de paz entre as duas partes
Mais de 50 anos de violência, sequestros, assassinatos e bombardeios podem ter chegado ao fim. Na noite da última quarta-feira, o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram um acordo de paz definitivo pondo fim ao confronto armado que vitimou mais de 200 mil pessoas no período. O ato final, a assinatura de um documento registrando a intenção das duas partes, foi realizado em Havana, Cuba, com representantes dos dois lados, além dos países garantidores e acompanhantes.

“Hoje começa o fim do sofrimento na Colômbia; as Farc deixam de existir e se convertem em um movimento político”, celebrou o presidente colombiano Juan Manuel Santos em mensagem após o anúncio do acordo fechado em Cuba. No País caribenho, estiveram presentes o número dois das Farc, Luciano Marín, e o ex-vice-presidente da Colômbia Humberto de la Calle além de representantes de Cuba, Noruega, Chile e Venezuela.

As negociações se iniciaram em novembro de 2012, mediadas pelo governo cubano e norueguês. Neste período sequestros e bombardeios quase colocaram em xeque o acordo, que enfim chegou ao final esperado. Ficou definido que os próximos passos para a consagração do acordo ocorrerão em um plebiscito, em 2 de outubro, e em uma conferência interna da organização guerrilheira.

“As delegações do governo nacional e das Farc anunciam que chegamos a um acordo final, integral e definitivo sobre a totalidade dos pontos da agenda do Acordo Geral para o Fim do Conflito e a Construção de uma Paz Estável e Duradoura na Colômbia”, afirma o primeiro parágrafo do documento.


*Fonte: Agência Brasil

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