Henrique Santiago   |   26/11/2015 15:54

Iata: Brasil alavanca crescimento de demanda até 2034

A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) atualizou a previsão de crescimento de passageiro. A entidade projeta que o número alcance sete bilhões em 2034 com um aumento médio de 3,8% em demanda.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) atualizou a previsão de crescimento de passageiro no mundo. A entidade projeta que o número alcance sete bilhões em 2034 com um aumento médio de 3,8% em demanda. Isto se traduz em mais do que o dobro dos 3,3 bilhões de viajantes que voaram em 2014 e exatamente 100% mais do que os 3,5 bilhões esperados para este ano.

Se o Brasil, como indicado pelo World Travel & Tourism Council (WTTC), é o principal “culpado” pelo crescimento tímido da América Latina em viagens para 2015, por outro lado, a Iata garante que o País está entre os cinco principais responsáveis pelo número positivo.

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De acordo com a projeção da entidade, os cinco principais mercados em número novos passageiros para o período serão China (758 milhões para um total de 1,196 bilhão), Estados Unidos (523 milhões para 1,156 bilhão), Índia (275 milhões para 378 milhões), Indonésia (132 milhões para 219 milhões) e, finalmente, o Brasil (104 milhões de novos viajantes para um total de 202 milhões).

Enquanto a China espera superar os Estados Unidos em relação em passageiros até 2029, tornando-se, respectivamente, primeiro e segundo lugares em importância, a Índia passará à frente do Reino Unido como terceiro mercado. O Brasil deve superar países como Japão, Espanha e Alemanha e saltará de décimo para sétimo.

SOBE E DESCE
Segundo avaliação da Iata, as nações que compõem o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) passam por divergências em suas respectivas economias. Enquanto os asiáticos crescem anualmente em mais de dois dígitos, com marcas de 12,5% e 16,5%, respectivamente, o Brasil e os russos contrastam este cenário.

A queda do petróleo e outros preços de commodities, avalia a associação, são alguns dos fatores determinantes para esta luta constante de ambos os países. Além disso, sanções econômicas têm afetado os russos. Para a Iata, embora os números do Brasil sejam motivadores, as companhias aéreas pagam as maiores taxas de combustível no mundo.

Uma sugestão que, aliás, é feita constantemente pela Iata, é trazer a política de combustível do País em alinhamento com os padrões globais, fazendo com que com o transporte aéreo deslanche.

Em termos de porcentagem, sete dos dez mercados de crescimento mais rápido estarão na África. Malauí, Ruanda, Serra Leoa, República da África Central, Sérvia, Tanzânia, Uganda, Papua-Nova Guiné, Etiópia e Vietnã irão figurar nesta ordem. Para os próximos 20 anos, a expectativa é que esse aumento seja de 7% a 8% a cada ano.

No que se refere a rotas, os destinos da Ásia, América do Sul e África irão alavancar no cenário mundial em razão do incremento econômico e demográfico. Indonésia, Timor Leste, Hong Kong, Honduras, Emirados Árabes e Etiópia despontam com índices que beiram entre 9.5% e 14%.

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