Victor Fernandes   |   24/01/2018 09:25

Veja história do bebê que nasceu na 1ª classe da Air France

Relaxando em um avião da Air France, o Dr. Hamal não esperava que uma passageira entraria em trabalho de parto e ele precisasse entrar em ação.

Divulgação Cleveland Clinic
A pediatra Susan Shepherd, o urologista Sij Hemal, a banqueira Toyin Ogundipe e o pequeno Jake após parto bem sucedido
A pediatra Susan Shepherd, o urologista Sij Hemal, a banqueira Toyin Ogundipe e o pequeno Jake após parto bem sucedido
No dia 17 de dezembro de 2017, o Dr. Sij Hemal estava voltando de Nova Déli para Cleveland, onde realiza o segundo ano de residência na Cleveland Clinic’s Glickman Urological and Kidney Institute. Um dos trechos da longa viagem foi Paris-Nova York, trecho que realizou à bordo de um avião da Air France ao lado de uma pediatra.

Assistindo a um filme e esperando por uma taça de champanhe, Hemal pensou que apenas tomaria um drinque e dormiria. "Ainda bem que acabei não bebendo". Isso porque Toyin Ogundipe, banqueira de 41 anos que divide seu lar entre o Reino Unido e a Nigéria, começou a entrar em trabalho de parto enquanto a aeronave contornava a Groenlândia, ainda a quatro horas de JFK.

Como um pouso de emergência demoraria cerca de duas horas até uma base militar dos Estados Unidos na Ilha de Açores, o médico se voluntariou a fazer o parto e contou com o auxílio da pediatra Susan Shepherd. O primeiro passo dos três foi irem para a primeira classe do avião, na qual teriam mais espaço e atrapalhariam menos passageiros, já que lá havia cabines vazias.

Enquanto as comissárias de bordo davam atenção à filha de quatro anos de Toyin, também presente no voo, os médicos usaram instrumentos do escasso kit médico do avião para checar os sinais vitais, pressão arterial, taxa de oxigênio e pulso da paciente. Ao longo de uma hora, as contrações aumentaram até que o Dr. Hemal soube que o parto seria ali mesmo.

Após 30 minutos de tentativas, a banqueira deu à luz um menino, Jake. O urologista removeu a placenta com segurança usando uma braçadeira cirúrgica e usou um cadarço de tênis para amarrar o cordão umbilical, e então cortá-lo. Enquanto isso, a pediatra conferia a saúde do recém-nascido, que apesar de prematuro (sete meses), nasceu saudável, e então cuidou da mãe.

Apesar de urologista, Hemal já havia realizado sete partos durante a faculdade de medicina. "Somos treinados para permanecer calmos e pensar claramente em situações de emergência", afirmou. Toyin disse que esteve calma durante todo o processo graças ao dois profissionais, que nas palavras dela "realizaram um trabalho tão bom ou ainda melhor" do que ela receberia em um hospital.

Após pousar em Nova York, a paciente e seus filhos foram levados a um centro médico, do qual foi liberada ainda naquele dia, e o Dr. Hemal ainda tinha um voo pela frente para seu destino final, Cleveland. O urologista foi agradecido pela Air France com um voucher para viajar pela aérea e uma garrafa de champanhe.

"Muita coisa poderia ter dado errado, mas não deu. Estar naquele em voo com a pediatra ao meu lado... parecia destino", relatou Hemal.


*Fonte: Cleveland Clinic

conteúdo original: http://cle.clinic/2BngrgA

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