Claudio Schapochnik   |   27/06/2013 15:24

Tecnologia diminui tempo de construção de hotel da Accor

O avanço da tecnologia na construção civil contribuiu para a redução do tempo para se erguer um hotel. Na Accor, maior operadora hoteleira do País e uma das maiores do mundo, essa economia de tempo chega em média a um terço

O avanço da tecnologia na construção civil contribuiu para a redução do tempo para se erguer um hotel. Na Accor, maior operadora hoteleira do País e uma das maiores do mundo, essa economia de tempo chega em média a um terço. É o que assegura o diretor técnico de Implantação e Patrimônio da rede na América Latina, Paulo Mancio (foto), em um encontro com a imprensa hoje na sede da companhia em São Paulo.

“O Ibis Piracicaba, no interior paulista, levou apenas nove meses para ficar pronto, uma economia que varia de três a quatro meses em comparação a um projeto semelhante, que leva em média 13 meses, 14 meses”, afirma Mancio, que assumiu o cargo há dois meses e também é engenheiro civil e professor.

“O que tem ocorrido é a transformação da construção civil em linha de montagem, e a hotelaria tem se beneficiado bastante dessa mudança no processo”, destaca Mancio. Ele disse que, por exemplo para um hotel Ibis, já há alguns anos, os banheiros e a fachada são pré-fabricados a estrutura é de aço. “Mais recentemente, incorporamos produtos e equipamentos que colaboraram e muito para a economia de energia e água, como utilização de energia solar e lâmpadas led.”

Segundo o diretor técnico, a Accor elege cinco itens para uma boa estada dos clientes em todos os hotéis de todas as bandeiras da rede no mundo: cama, ar condicionado, chuveiro (águas quente e fria), televisor e internet. “E a nossa área procura, estuda, testa e homologa fornecedores em vários países para termos acesso a esses produtos”, explica ele. “Temos uma rede credenciada de especificações técnicas, e a indicamos aos invetidores e construtores parceiros.”

Esses fornecedores, enfatizou Mancio, são praticamente brasileiros. “Cem por cento dos hotéis da Accor aqui no Brasil são produzidos no País. Evitamos importar produtos ou equipamentos por causa da burocracia nos portos e para evitar problemas na hora da manutenção”, diz o diretor técnico. “Minha prioridade é trabalhar com o Brasil.”

Tudo que não é construção – como móveis, talheres, louças, copos, utensílios, equipamentos para cozinha etc – também é de responsabilidade da Diretoria Técnico de Implantação e Patrimônio. “Esses itens são conhecidos mundialmente pela sigla em inglês FF&E.”

Mancio destacou ainda que a segurança continua sendo o item número um em um hotel. “Aqui no Brasil não há uma norma padrão. As especificidades podem variar de município para município, de Estado para Estado. Então, além de seguir essas, também aplicamos os nossos standards, que são um mix de regras da Europa e dos Estados Unidos.”

“Duas rotas de fuga por anda e a presença de detetores de fumaça e sprinklers, por exemplo, são fundamentais em qualquer projeto.”

As normas seguidas voltadas à sustentabilidade são “da casa”, ou seja, foram desenvolvidas pela Accor. “Estão sistematizadas no programa mundial Planet 21, que também são aplicadas nas obras e na manutenção dos hotéis”, diz ele.

MONITORAMENTO
O diretor técnico da Accor destacou ainda o avanço tecnológico no monitoramento do uso de energia e água, por exemplo, nos hotéis da rede no Brasil.

“Aqui no Brasil os 179 hotéis em operação são monitorados, de forma on-line, sobre o consumo desses dois itens”, diz Mancio. “A questão chave em um hotel é a manutenção preventiva e ajudamos nossos parceiros com algumas ferramentas, algumas on-line. Temos o Plano de Manutenção Preventiva; o SADP, de gestão eletrônica de Projetos; e o Mach, implantado há um ano e meio, que gerencia o patrimônio”, exemplifica.

De acordo com o diretor técnico, há 183 hotéis atualmente sendo tratados pela sua equipe no Brasil e na América Latina: 35 renovações, 74 em construção e 37 em projetos.

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