Agora é moda fazer leilão de hotel e restaurante
Foram 27 anos à frente dos fogões do El Buli, tempo suficiente para que Fernan Adriá revolucionasse a história da gastronomia, colocando no mapa dos “gastronautas” e dos “snobs” o seu pequeno restaurante da Costa Brava, fechado no ano passado
Foram 27 anos à frente dos fogões do El Buli, tempo suficiente para que Fernan Adriá revolucionasse a história da gastronomia, colocando no mapa dos “gastronautas” e dos “snobs” o seu pequeno restaurante da Costa Brava, fechado no ano passado. O extinto El Bulli da Catalunha foi o número um mundial durante vários anos.
Nesses anos colecionou uma fabulosa adega e muitos e muitos acessórios. Agora está faturando milhões com a sua fama, nos leilões levados a cabo pela Sothebys, colocando a venda pratos, talheres, copos e lotes de bebidas. O primeiro leilão aconteceu em Hong Kong e foi um grande sucesso. O segundo, na Upper East Side de Nova York, superou, em 85% dos casos, os lances iniciais.
FUNDAÇÃO ADRIÁ
Em Hong Kong, um jantar para quatro pessoas no restaurante Tickets de Barcelona, dirigido pelo irmão do chef, incluindo uma palestra sobre gastronomia realizada por Adriá, chegou a US$ 28.406. Um empresário de Hong Kong nem piscou ao pagar 59 mil dólares por um lote de garrafas. Uma pechincha... De acordo com o chef, o resultado das vendas serão revertidos para a Fundação Adriá, novo projeto em andamento.
Foi em junho de 2011 que o mestre da cozinha inovadora resolveu mudar de rumo, encerrando as atividades do seu restaurante para tentar novas fórmulas em seu laboratório. O objetivo da Fundação Adriá é uma nova revolução das caçarolas: incluindo a criação de uma “Bullipedia”, que pretende ultrapassar o capítulo nitrogênio e pratos, e entrar em cheio em um novo conceito daquilo que deve ser um restaurante.
LANCES
Os leilões foram uma das fórmulas encontradas por Adriá para arrecadar fundos para a nova empresa, com cursos e escolas de negócios. A inauguração da Fundação está prevista para 2014 no verão do hemisfério norte (entre julho e agosto), quando serão expostos 40 mil objetos relacionados com o El Bulli, entre outras atividades: jantares esporádicos, por exemplo, para manter vivo o espírito da marca. Também está programada uma exposição dos desenhos dos novos pratos, em uma galeria do Soho, em Nova York.
A Sothebys já leiloou 8.807 lotes de vinhos, produtos de primeira qualidade da Borgonha, Bordeaux, Alsácia, Jerez e Rioja, Catalunha e Ribeira del Duero, e alguns de edições especiais para El Bully. Nos 624 lotes à venda em Nova York – e também outros vendidos pela internet – estava também a jaqueta usada pelo chef em 2010, que teve lance inicial de US$ 1 mil; 13 lotes de cardápios e cartas de vinhos, oferecidos inicialmente por US$ 250 cada; utensílios de cozinha a US$ 2 mil; conjunto de pratos de cristal por US$ 1 mil, mesmo preço de um jogo de talheres.
Sim, chef. Fechar restaurante também pode ser fonte de lucro.
LEILÃO DA CRISE
Champs Elysées também vai ter leilão, desta vez apenas de vinhos. O presidente francês François Hollande (que é do partido socialista), na procura de medidas que possam conter gastos públicos, e também para tentar recuperar prestígio perante a população irritada com arrochos salariais, fechamento de grandes fábricas e desemprego, vai leiloar na Cidade Luz, nos dias 30 e 31 de maio, cerca de 1,2 mil garrafas da adega presidencial.
Fundada em 1947, remodelada em 1995, ampliada ao longo dos anos, a adega vai disponibilizar vinhos franceses do Loire, vale do rio Ródano, Alsácia. Os experts estão de olho no vinho Petrus de 1990, considerado um dos melhores e também mais caros do mundo, orçado em o equivalente a R$ 5.800 a garrafa. Os menos abonados com certeza ficarão contentes com os modestos vinhos de R$ 40.
E agora quem for convidado para banquetes no Palácio do Eliseu, vai ter que gostar de vinhos tintos simples, que custam apenas 10 euros em qualquer supermercado parisiense, seguindo a nova moda lançada pelo primeiro ministro Jean Marc Ayrault ao oferecer recepção em sua residência.
Nesses anos colecionou uma fabulosa adega e muitos e muitos acessórios. Agora está faturando milhões com a sua fama, nos leilões levados a cabo pela Sothebys, colocando a venda pratos, talheres, copos e lotes de bebidas. O primeiro leilão aconteceu em Hong Kong e foi um grande sucesso. O segundo, na Upper East Side de Nova York, superou, em 85% dos casos, os lances iniciais.
FUNDAÇÃO ADRIÁ
Em Hong Kong, um jantar para quatro pessoas no restaurante Tickets de Barcelona, dirigido pelo irmão do chef, incluindo uma palestra sobre gastronomia realizada por Adriá, chegou a US$ 28.406. Um empresário de Hong Kong nem piscou ao pagar 59 mil dólares por um lote de garrafas. Uma pechincha... De acordo com o chef, o resultado das vendas serão revertidos para a Fundação Adriá, novo projeto em andamento.
Foi em junho de 2011 que o mestre da cozinha inovadora resolveu mudar de rumo, encerrando as atividades do seu restaurante para tentar novas fórmulas em seu laboratório. O objetivo da Fundação Adriá é uma nova revolução das caçarolas: incluindo a criação de uma “Bullipedia”, que pretende ultrapassar o capítulo nitrogênio e pratos, e entrar em cheio em um novo conceito daquilo que deve ser um restaurante.
LANCES
Os leilões foram uma das fórmulas encontradas por Adriá para arrecadar fundos para a nova empresa, com cursos e escolas de negócios. A inauguração da Fundação está prevista para 2014 no verão do hemisfério norte (entre julho e agosto), quando serão expostos 40 mil objetos relacionados com o El Bulli, entre outras atividades: jantares esporádicos, por exemplo, para manter vivo o espírito da marca. Também está programada uma exposição dos desenhos dos novos pratos, em uma galeria do Soho, em Nova York.
A Sothebys já leiloou 8.807 lotes de vinhos, produtos de primeira qualidade da Borgonha, Bordeaux, Alsácia, Jerez e Rioja, Catalunha e Ribeira del Duero, e alguns de edições especiais para El Bully. Nos 624 lotes à venda em Nova York – e também outros vendidos pela internet – estava também a jaqueta usada pelo chef em 2010, que teve lance inicial de US$ 1 mil; 13 lotes de cardápios e cartas de vinhos, oferecidos inicialmente por US$ 250 cada; utensílios de cozinha a US$ 2 mil; conjunto de pratos de cristal por US$ 1 mil, mesmo preço de um jogo de talheres.
Sim, chef. Fechar restaurante também pode ser fonte de lucro.
LEILÃO DA CRISE
Champs Elysées também vai ter leilão, desta vez apenas de vinhos. O presidente francês François Hollande (que é do partido socialista), na procura de medidas que possam conter gastos públicos, e também para tentar recuperar prestígio perante a população irritada com arrochos salariais, fechamento de grandes fábricas e desemprego, vai leiloar na Cidade Luz, nos dias 30 e 31 de maio, cerca de 1,2 mil garrafas da adega presidencial.
Fundada em 1947, remodelada em 1995, ampliada ao longo dos anos, a adega vai disponibilizar vinhos franceses do Loire, vale do rio Ródano, Alsácia. Os experts estão de olho no vinho Petrus de 1990, considerado um dos melhores e também mais caros do mundo, orçado em o equivalente a R$ 5.800 a garrafa. Os menos abonados com certeza ficarão contentes com os modestos vinhos de R$ 40.
E agora quem for convidado para banquetes no Palácio do Eliseu, vai ter que gostar de vinhos tintos simples, que custam apenas 10 euros em qualquer supermercado parisiense, seguindo a nova moda lançada pelo primeiro ministro Jean Marc Ayrault ao oferecer recepção em sua residência.