Queremos deixá-los boquiabertos
Vale lembrar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), com todos os esforços, conseguiu autorizar apenas oito contratos concessivos de créditos para empresários do nosso setor, apesar da necessidade da malha nacional, então estimada em mais de 200 novos empreendimentos
Por Paulo Brazil
Estamos na contagem regressiva. A Copa do Mundo de 2014 está cada vez mais próxima. Diante dos eventos esportivos aguardados para o nosso País nos próximos anos, a Fazenda Pública, independentemente de ser na esfera da União, Estados ou Municípios, moveu quantias gigantescas em licitações para a construção de suntuosos estádios.
Não é preciso entender de futebol para imaginar que um país pretendente a organizar uma Copa do Mundo precisa apresentar um conjunto decente de gramados, vestiários e arquibancadas em tempo hábil. Para atender tamanha demanda, o governo vem se mobilizando para dar conta dos projetos de extrema necessidade nacional.
O Brasil, cujo status muitos insistem em definir como emergente, obviamente apresenta deficiências básicas nos campos da saúde, educação e segurança. No entanto, como esta discussão é extremamente ampla, opto por me ater aos hotéis, que já deveriam estar em número suficiente e estruturados para suprir a demanda. Por isso, a rede hoteleira, outro fator cuja estrutura tem suma importância em um evento de tamanho porte, trata de garantir o crescimento em conjunto com os demais setores do país.
E é para este fim que os empresários trabalham arduamente com o poder público para a prosperidade da área. Os obstáculos são significativos: a dificuldade de financiamento urgente, a superoferta de leitos pós-Copa e a capacitação da mão de obra. Vale lembrar que desde agosto de 2011, a menos de três anos do torneio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com todos os esforços, conseguiu autorizar apenas oito contratos concessivos de créditos para empresários do nosso setor, apesar da necessidade da malha nacional, então estimada em mais de 200 novos empreendimentos.
Este é apenas um exemplo de como os empreendedores da rede hoteleira esbarram em problemas significativos. A mão de obra é outro ponto crucial. Quando o assunto é hotel, profissionais como camareiras, mensageiros, recepcionistas, garçons, taxistas, agentes de viagens, técnicos de turismo, pessoas ligadas à área de gastronomia, entre outros, são requeridos. E há um alto grau de investimento para estas pessoas se adequarem ao setor. Certamente, os empresários do segmento hoteleiro poderiam contar com o apoio dos governantes por meio de programas de educação profissionalizante mais específicos para este fim.
Em tempo: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os leitos das 12 cidades-sedes, atualmente, são suficientes para atender pouco mais de 410 mil turistas, número tido como inferior à expectativa de pessoas que participarão dos eventos esportivos.
Claro que o setor de hotelaria tem trabalhado para suprir esta demanda, mas o boom do desenvolvimento para a Copa do Mundo acaba por frear investidores mais cautelosos, que têm o medo do negócio não prosperar no chamado período `pós-Copa´.
Não obstante, tanto o governo quanto a malha hoteleira desdobram-se com o objetivo de evitar que o Brasil viva um verdadeiro caos hoteleiro nos próximos anos. Estamos cientes dos desafios futuros e, na medida do possível, estamos nos preparando para que tenhamos a melhor Copa do Mundo dos últimos anos.
Queremos, sem dúvida, que aqueles que insistem em dizer que não sabem como será o Brasil durante os eventos esportivos fiquem, simplesmente, boquiabertos.
* Paulo Brazil é diretor de Marketing e Vendas da Rede Slaviero de Hotéis
Estamos na contagem regressiva. A Copa do Mundo de 2014 está cada vez mais próxima. Diante dos eventos esportivos aguardados para o nosso País nos próximos anos, a Fazenda Pública, independentemente de ser na esfera da União, Estados ou Municípios, moveu quantias gigantescas em licitações para a construção de suntuosos estádios.
Não é preciso entender de futebol para imaginar que um país pretendente a organizar uma Copa do Mundo precisa apresentar um conjunto decente de gramados, vestiários e arquibancadas em tempo hábil. Para atender tamanha demanda, o governo vem se mobilizando para dar conta dos projetos de extrema necessidade nacional.
O Brasil, cujo status muitos insistem em definir como emergente, obviamente apresenta deficiências básicas nos campos da saúde, educação e segurança. No entanto, como esta discussão é extremamente ampla, opto por me ater aos hotéis, que já deveriam estar em número suficiente e estruturados para suprir a demanda. Por isso, a rede hoteleira, outro fator cuja estrutura tem suma importância em um evento de tamanho porte, trata de garantir o crescimento em conjunto com os demais setores do país.
E é para este fim que os empresários trabalham arduamente com o poder público para a prosperidade da área. Os obstáculos são significativos: a dificuldade de financiamento urgente, a superoferta de leitos pós-Copa e a capacitação da mão de obra. Vale lembrar que desde agosto de 2011, a menos de três anos do torneio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com todos os esforços, conseguiu autorizar apenas oito contratos concessivos de créditos para empresários do nosso setor, apesar da necessidade da malha nacional, então estimada em mais de 200 novos empreendimentos.
Este é apenas um exemplo de como os empreendedores da rede hoteleira esbarram em problemas significativos. A mão de obra é outro ponto crucial. Quando o assunto é hotel, profissionais como camareiras, mensageiros, recepcionistas, garçons, taxistas, agentes de viagens, técnicos de turismo, pessoas ligadas à área de gastronomia, entre outros, são requeridos. E há um alto grau de investimento para estas pessoas se adequarem ao setor. Certamente, os empresários do segmento hoteleiro poderiam contar com o apoio dos governantes por meio de programas de educação profissionalizante mais específicos para este fim.
Em tempo: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os leitos das 12 cidades-sedes, atualmente, são suficientes para atender pouco mais de 410 mil turistas, número tido como inferior à expectativa de pessoas que participarão dos eventos esportivos.
Claro que o setor de hotelaria tem trabalhado para suprir esta demanda, mas o boom do desenvolvimento para a Copa do Mundo acaba por frear investidores mais cautelosos, que têm o medo do negócio não prosperar no chamado período `pós-Copa´.
Não obstante, tanto o governo quanto a malha hoteleira desdobram-se com o objetivo de evitar que o Brasil viva um verdadeiro caos hoteleiro nos próximos anos. Estamos cientes dos desafios futuros e, na medida do possível, estamos nos preparando para que tenhamos a melhor Copa do Mundo dos últimos anos.
Queremos, sem dúvida, que aqueles que insistem em dizer que não sabem como será o Brasil durante os eventos esportivos fiquem, simplesmente, boquiabertos.
* Paulo Brazil é diretor de Marketing e Vendas da Rede Slaviero de Hotéis