Stephen Kannitz dá dicas para os hoteleiros no Conotel
Com uma palestra que tinha como tema a classe média, o consultor Stephen Kannitz usou a última plenária do Conotel, que termina hoje em São Paulo, para, de forma descontraída, dar dicas para os hoteleiros presentes ao evento. A palestra acabou tendo bom público, enchendo o auditório principal do eve
Com uma palestra que tinha como tema a classe média, o consultor Stephen Kannitz (foto) usou a última plenária do Conotel, que termina hoje em São Paulo, para, de forma descontraída, dar dicas para os hoteleiros presentes ao evento. A palestra acabou tendo bom público, enchendo o auditório principal do evento no Transamérica Expo Center.
“Seus funcionários não estão no ramo de hotelaria. Vocês estão. Eles têm de saber que estão no ramo da diversão – os hóspedes querem, antes de tudo, se divertir”, disse, referindo aos empreendimentos de lazer. “Aliás, uma observação que fiz nesses meus anos como consultor é que a maioria das pessoas odeia servir. Por isso, vocês precisam procurar funcionários que gostam de servir, que já tenham sido voluntários. E que sorriam. Se não sorrir, gente, não serve para trabalhar na hotelaria. Também não dá para ensinar ninguém a sorrir”, continuou.
Kannitz ressaltou que ter internet de qualidade, rápida, funcionando sem burocracia – sem `papelzinho com senha na recepção´ – não tem de ser prerrogativa só dos empreendimentos voltados para o mercado corporativo. Segundo ele, os hotéis de lazer, com essa geração que vive conectada, se não tiver qualidade de conexão estão perdidos. “Filhos e pais têm de ter uma boa experiência.”
Segundo ele, classe média é o consumidor que consegue poupar 10% da renda e rico o que consegue economizar 35% da renda. “Depois de alguns anos, quando consegue economizar alguns salários, a nova classe média começa a pensar em viagens e férias”, afirmou. “Também questiono esse conceito de um mês de férias, que deveriam acontecer em vários períodos de uma semana, por exemplo.” E continuou: “as novas gerações vão integrar trabalho e diversão de uma forma muito mais inteligente que nós”, garantiu.
Kannitz disse que vê como uma grande tendência fora do Brasil, mas ainda pouco explorada aqui, a concepção de empreendimentos voltados para nichos ou grupos étnicos, como os hotéis para o mercado LGBT, para a terceira idade ou para japoneses, por exemplo. “Não é que vocês vão excluir público, mas esses segmentos precisam se sentir muito confortáveis no seu hotel. E o empreendimento vira referência”, afirmou.
Ele também questionou a promoção brasileira. “Não são vocês que têm de promover o Brasil, o governo que tem de fazer isso”, afirmou, usando o exemplo da Índia e a campanha Incredible India. “É um horror, nossos filmes só falam de violência, favela, pobreza. A Índia, pelo menos, falou do pobre que deu certo, lembrando o filme “Quem quer ser um milionário?”, de 2008, que tinha o país asiático como pano de fundo.
No final, ele falou do que chamou de “Tese da Dilma”. Segundo o palestrante, com os juros mais baixos, briga comprada pela presidente, o que reduzirá o custo do capital social, pessoas e empresas poderão investir em segmentos com ganhos pequenos. "Hoje fica difícil, já que qualquer projeto com retorno menor que 13%, 14% e até 19% fica inviável. Para que ter o risco, se posso ganhar isso sem esforço?", questionou. “Com a questão resolvida, vamos crescer muito e de forma sustentada. Vocês estão no país certo, no setor certo em um ano histórico. Aproveitem”, concluiu.
“Seus funcionários não estão no ramo de hotelaria. Vocês estão. Eles têm de saber que estão no ramo da diversão – os hóspedes querem, antes de tudo, se divertir”, disse, referindo aos empreendimentos de lazer. “Aliás, uma observação que fiz nesses meus anos como consultor é que a maioria das pessoas odeia servir. Por isso, vocês precisam procurar funcionários que gostam de servir, que já tenham sido voluntários. E que sorriam. Se não sorrir, gente, não serve para trabalhar na hotelaria. Também não dá para ensinar ninguém a sorrir”, continuou.
Kannitz ressaltou que ter internet de qualidade, rápida, funcionando sem burocracia – sem `papelzinho com senha na recepção´ – não tem de ser prerrogativa só dos empreendimentos voltados para o mercado corporativo. Segundo ele, os hotéis de lazer, com essa geração que vive conectada, se não tiver qualidade de conexão estão perdidos. “Filhos e pais têm de ter uma boa experiência.”
Segundo ele, classe média é o consumidor que consegue poupar 10% da renda e rico o que consegue economizar 35% da renda. “Depois de alguns anos, quando consegue economizar alguns salários, a nova classe média começa a pensar em viagens e férias”, afirmou. “Também questiono esse conceito de um mês de férias, que deveriam acontecer em vários períodos de uma semana, por exemplo.” E continuou: “as novas gerações vão integrar trabalho e diversão de uma forma muito mais inteligente que nós”, garantiu.
Kannitz disse que vê como uma grande tendência fora do Brasil, mas ainda pouco explorada aqui, a concepção de empreendimentos voltados para nichos ou grupos étnicos, como os hotéis para o mercado LGBT, para a terceira idade ou para japoneses, por exemplo. “Não é que vocês vão excluir público, mas esses segmentos precisam se sentir muito confortáveis no seu hotel. E o empreendimento vira referência”, afirmou.
Ele também questionou a promoção brasileira. “Não são vocês que têm de promover o Brasil, o governo que tem de fazer isso”, afirmou, usando o exemplo da Índia e a campanha Incredible India. “É um horror, nossos filmes só falam de violência, favela, pobreza. A Índia, pelo menos, falou do pobre que deu certo, lembrando o filme “Quem quer ser um milionário?”, de 2008, que tinha o país asiático como pano de fundo.
No final, ele falou do que chamou de “Tese da Dilma”. Segundo o palestrante, com os juros mais baixos, briga comprada pela presidente, o que reduzirá o custo do capital social, pessoas e empresas poderão investir em segmentos com ganhos pequenos. "Hoje fica difícil, já que qualquer projeto com retorno menor que 13%, 14% e até 19% fica inviável. Para que ter o risco, se posso ganhar isso sem esforço?", questionou. “Com a questão resolvida, vamos crescer muito e de forma sustentada. Vocês estão no país certo, no setor certo em um ano histórico. Aproveitem”, concluiu.