Gabriel Guirão   |   23/12/2009 09:31

Presidente da Webjet analisa mercado e revela planos

O presidente Webjet Linhas Aéreas, Wagner Ferreria, enviou um artigo ao Portal PANROTAS ressaltando as ações da companhia aérea durante este ano, além do potencial aéreo que o Brasil tem para crescer. Leia abaixo o texto do executivo.

O presidente da Webjet Linhas Aéreas (foto), Wagner Ferreria, enviou um artigo ao Portal PANROTAS ressaltando as ações da companhia aérea durante este ano, além do potencial aéreo que o Brasil tem para crescer. Leia abaixo o texto do executivo.

“Novos rumos, novos horizontes
Por Wagner Ferreira

Estatísticas oficiais mostram que a demanda por viagens aéreas é cada vez maior no Brasil. Com o crescimento do fluxo de viajantes, por conta da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, o setor reconhece esse momento como único e muito especial para incrementar o tráfego no céu brasileiro.

À frente da Webjet Linhas Aéreas, trabalho exaustivamente para que a empresa acompanhe o desenvolvimento do mercado brasileiro, inclusive promovendo novas políticas e modelos de gestão que ajudem a criar demanda e mais voos. Recentemente, lançamos um programa de parcelamento pioneiro, com condições inovadoras para a aquisição de passagens aéreas, com foco nas classes C e D. Também instalamos, com sucesso, nosso primeiro quiosque em um local voltado para essas classes até então “excluídas” do transporte aéreo – a feira de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Outras novidades surgirão, podem apostar!

A aviação comercial brasileira vem enfrentando intensas transformações nas últimas décadas. Das empresas aéreas estatais e tarifas controladas pelo governo vistas no passado até a liberação tarifária e o aumento da competitividade, com a chegada de companhias de baixo custo, muita coisa mudou no País, berço da aviação mundial.

Não há dúvida que há espaço para outras mudanças. Experiências no exterior apontam novos caminhos a serem explorados e a Webjet quer ser uma das primeiras a desbravá-los inteiramente.

Em um mercado onde os passageiros têm o preço como primeiro fator de escolha de um voo, tornando o bilhete praticamente uma commoditie, existem bons exemplos ao redor do mundo, como Easyjet, Ryanair e Southwest, entre outros, que ilustram que ainda há muito a fazer no Brasil. Sustentadas por cinco pilares – segurança, preço competitivo, regularidade, pontualidade e bom atendimento – essas empresas aplicam na prática o que o manual das chamadas low cost/low fare manda fazer. Não à toa, são líderes em suas regiões.

Nesse Brasil de dimensões continentais, onde o setor emprega milhares de profissionais e movimenta milhões em recursos e investimentos, a aviação comercial possui um papel estratégico. A partir da democratização do mercado, que ganhou um novo leque de consumidores e viu surgir novas empresas, o segmento pode, enfim, pavimentar um crescimento sustentável e, de carona, promover a integração, o turismo e girar ainda mais economia.

Uma rápida olhada no movimento de passageiros transportados em nosso país nos últimos anos nos mostra que o desenvolvimento ganhou corpo a partir desta década. Entre 2000 e 2008, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil, o total de pessoas embarcadas no mercado doméstico pulou de 28,995 milhões para 50,140 milhões, alta de 72,93% no período. O aproveitamento médio das empresas aéreas também acompanhou este movimento, passando de 49,3% em 2000 para 65,9% no ano passado.

À primeira vista, a combinação entre o aumento na oferta de assentos e a queda nas tarifas domésticas, associado ao crescimento da renda das famílias brasileiras, pode ser considerada como o principal vetor desse desenvolvimento. Mas, na verdade, as inovações em gestão são os verdadeiros responsáveis por estes avanços. Ao focarem as atenções nos custos, em detrimento das receitas, as companhias puderam, enfim, aumentar suas já reduzidas margens e crescer. Sem esta mudança de paradigma, a transformação jamais teria acontecido. Mais ainda, quem não tomou tal medida ficou pelo caminho – exemplos não faltam no setor.

Hoje, cerca de 70% dos custos das empresas aéreas são, basicamente, arrendamento de aeronaves, combustível, mão de obra e impostos. Suscetíveis às nuances do preço do barril do petróleo nos mercados internacionais e refém dos altos custos tributários brasileiros, resta às companhias aéreas uma restrita margem para garantir o lucro.

Especialistas em aviação estimam que nas principais empresas aéreas mundiais há uma relação de 100 a 120 funcionários para cada avião em operação. No Brasil, garantem, essa margem está em quase 150 para um. O maior desafio do setor atualmente é buscar eficácia, sem, é claro, abrir mão dos cinco pilares citados acima.

Frota padronizada, o que ajuda na redução de custos com manutenção, e terceirização de alguns departamentos, como catering e central de reservas, entre outras ações, são algumas das ferramentas que ajudam as empresas a otimizar os gastos. Assim, é possível alocar mais recursos em outras áreas, como treinamento, tecnologia e marketing, além de viabilizar promoções tarifárias que são determinantes para as decisões dos consumidores.

Disposta a ampliar sua participação no mercado doméstico, a Webjet está promovendo uma série de mudanças internas. Com a chegada de novos aviões, ampliamos nossa frota para 20 aeronaves – todas Boeing 737-300 – e refoçamos a malha aérea já existente, oferecendo, a partir deste mês, melhores opções de horários aos clientes. Em paralelo, continuaremos investindo fortemente na capacitação dos colaboradores para sempre garantir um bom atendimento. Todo este trabalho será complementado por uma oferta de tarifas condizente com as demandas dos consumidores, que estão em busca de qualidade e bons preços.

A Webjet está atenta a esse momento propício para o crescimento. E não vamos medir esforços para incluir mais brasileiros no mercado aéreo.”

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