Tasso Gadzanis comemora hoje 60 anos de Brasil
Em 19 de outubro de 1949, com 11 anos, chegava ao Brasil o grego, nascido no Egito, Anastase Pandelis Gadzanis, mais conhecido hoje como Tasso Gadzanis. Em seis décadas, completadas exatamente hoje, Gadzanis passou por empresas e cargos políticos importantes no turismo brasileiro
Em 19 de outubro de 1949, com 11 anos, chegava ao Brasil o grego, nascido no Egito, Anastase Pandelis Gadzanis, mais conhecido hoje como Tasso Gadzanis. Em seis décadas, completadas exatamente hoje, Gadzanis passou por empresas e cargos políticos importantes no turismo brasileiro e é uma figura, que além de fazer parte de nossa história, bastante querida e respeitada. Quem nos ajuda a contar um pouco de sua trajetória é o amigo de longa data (foi seu assessor na Abav Nacional e hoje trabalha com ele na São Paulo Turismo), o jornalista Luiz Sales, que também nos enviou as fotos que estão no álbum anexo a esta notícia.
Quando relembra a data 60 anos depois, uma de suas passagens preferidas é a reação de seu pai ao ver, no porto, charretes apinhadas de bananas. “De repente, meu pai sumiu e uns minutos depois voltou com cachos de bananas comprados ali mesmo”, diverte-se Tasso Gadzanis. Nada mais tropical, nada mais brasileiro. “No Egito, bananas eram muito caras”.
Criança, morou na Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo, e começou a amizade com Michel Tuma Ness, com quem frequentava o clube do Corinthians, onde nadava — no rio Tietê !! — e chegou a ser um dos lideres da equipe de vôlei. “Abandonei o clube no dia em que pedi para comprarem bolas novas e a diretoria disse que não tinha dinheiro”, recorda.
Tasso é figura mais que conhecida no turismo, principalmente quando o tema tratado é a Abav. Presidente nacional e paulista da entidade em mais de uma oportunidade, o empresário começou a carreira em meados dos anos 50, com passagens pela Air France e pela Varig. Teve empresas, foi sócio de Eduardo Nascimento, de Ilya Hirsch, de Carlos Alberto Carvalho e até de sua filha, Cristina Gadzanis, com quem manteve a Adax, sua última agência. Sua presença empresarial mais marcante, contudo, é vinculada à Oremar, cujo sócio majoritário era o empresário espanhol de Diego Soares Marruecos.
Na vida associativa, pelas mãos de Marruecos, ingressou na Abav, no começo dos anos 1980. Não suportava essa política, a ponto de ter criticado, anos antes, Eduardo Nascimento, que àquela época já militava na Federação do Comércio. Picado pela mosca da vida associativa, assumiu a presidência da Abav São Paulo e, alguns anos depois, estava sucedendo a Modesto Mastrorosa na Nacional, em 1989.
Considerando que há 20 anos não existia, por exemplo, a internet comercial, é fácil compreender que os dilemas dos agentes de viagens eram bem diferentes. Discutiam, à época, se os pagamentos dos relatórios Copet seriam quinzenais ou se o Banco do Brasil iria ou não fechar a BBTur. O BSP e o Código de Defesa do Consumidor ainda não eram lá muito compreendidos e a comunicação mais eficiente entre as empresas era pelo Ramal Abav — sistema privado de telefonia criado anos antes, já que os custos das linhas telefônicas serem proibitivos, além de um processo de instalação ser demorado.
Em 1993, volta a se dedicar à atividade empresarial, na Oremar, onde cinco anos depois sofre o pior revés de sua carreira: a operação da Copa do Mundo de Futebol da França. Quando retornou à presidência da Abav Nacional —2001 a 2005 — o mundo era muito diferente e os desafios, até mesmo desconhecidos — como em parte até hoje.
Em 2005, atendendo a convite de Caio Luiz de Carvalho, Tasso Gadzanis assumiu a vice-presidência da São Paulo Turismo, empresa responsável pelos eventos da capital paulista, a administração do Parque Anhembi e a política pública do turismo. Recentemente, quando recebeu o título de cidadão paulistano, declarou: "aos 70 anos, pela primeira vez me sinto completo".
Nossa homenagem aos 60 anos de vida brasileira de Tasso Gadzanis.
Quando relembra a data 60 anos depois, uma de suas passagens preferidas é a reação de seu pai ao ver, no porto, charretes apinhadas de bananas. “De repente, meu pai sumiu e uns minutos depois voltou com cachos de bananas comprados ali mesmo”, diverte-se Tasso Gadzanis. Nada mais tropical, nada mais brasileiro. “No Egito, bananas eram muito caras”.
Criança, morou na Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo, e começou a amizade com Michel Tuma Ness, com quem frequentava o clube do Corinthians, onde nadava — no rio Tietê !! — e chegou a ser um dos lideres da equipe de vôlei. “Abandonei o clube no dia em que pedi para comprarem bolas novas e a diretoria disse que não tinha dinheiro”, recorda.
Tasso é figura mais que conhecida no turismo, principalmente quando o tema tratado é a Abav. Presidente nacional e paulista da entidade em mais de uma oportunidade, o empresário começou a carreira em meados dos anos 50, com passagens pela Air France e pela Varig. Teve empresas, foi sócio de Eduardo Nascimento, de Ilya Hirsch, de Carlos Alberto Carvalho e até de sua filha, Cristina Gadzanis, com quem manteve a Adax, sua última agência. Sua presença empresarial mais marcante, contudo, é vinculada à Oremar, cujo sócio majoritário era o empresário espanhol de Diego Soares Marruecos.
Na vida associativa, pelas mãos de Marruecos, ingressou na Abav, no começo dos anos 1980. Não suportava essa política, a ponto de ter criticado, anos antes, Eduardo Nascimento, que àquela época já militava na Federação do Comércio. Picado pela mosca da vida associativa, assumiu a presidência da Abav São Paulo e, alguns anos depois, estava sucedendo a Modesto Mastrorosa na Nacional, em 1989.
Considerando que há 20 anos não existia, por exemplo, a internet comercial, é fácil compreender que os dilemas dos agentes de viagens eram bem diferentes. Discutiam, à época, se os pagamentos dos relatórios Copet seriam quinzenais ou se o Banco do Brasil iria ou não fechar a BBTur. O BSP e o Código de Defesa do Consumidor ainda não eram lá muito compreendidos e a comunicação mais eficiente entre as empresas era pelo Ramal Abav — sistema privado de telefonia criado anos antes, já que os custos das linhas telefônicas serem proibitivos, além de um processo de instalação ser demorado.
Em 1993, volta a se dedicar à atividade empresarial, na Oremar, onde cinco anos depois sofre o pior revés de sua carreira: a operação da Copa do Mundo de Futebol da França. Quando retornou à presidência da Abav Nacional —2001 a 2005 — o mundo era muito diferente e os desafios, até mesmo desconhecidos — como em parte até hoje.
Em 2005, atendendo a convite de Caio Luiz de Carvalho, Tasso Gadzanis assumiu a vice-presidência da São Paulo Turismo, empresa responsável pelos eventos da capital paulista, a administração do Parque Anhembi e a política pública do turismo. Recentemente, quando recebeu o título de cidadão paulistano, declarou: "aos 70 anos, pela primeira vez me sinto completo".
Nossa homenagem aos 60 anos de vida brasileira de Tasso Gadzanis.