Marina Marcondes   |   21/11/2017 16:32

Embratur: Brasil está pronto para receber investimentos

No último dia de missão na Europa, o presidente e representantes da Embratur apresentam o turismo brasileiro e destacam a importância de parcerias para o desenvolvimento do setor. O presidente da Embratur afirmou a mais de 200 empresários no evento anual da Câmara d

Embratur
 Presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, e o presidente da Atout France, Christian Mantei.
Presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, e o presidente da Atout France, Christian Mantei.
"O Brasil está maduro para receber não só turistas de todo o mundo, mas também investidores interessados no setor", foi esse o recado passado pelo presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinicius Lummertz, a mais de 200 empresários que participaram do grande evento anual da Câmara de Comércio Brasil-França, na semana passada, em Paris.

No último dia de missão na Europa, o presidente e representantes da Embratur apresentam o Turismo brasileiro e destacam a importância de parcerias para o desenvolvimento do setor.

Ele destacou que as macro reformas levadas adiante pelo atual governo, bem como as reformas específicas que vão beneficiar o setor turístico, certamente vão levar a uma melhoria no ambiente de negócios. Lummertz se referia à aprovação iminente, pelo Congresso, dos projetos que propões renovação da Lei Geral do Turismo, o que eleva o limite de participação de estrangeiros no capital das empresas aéreas (atualmente existe uma limitação a 20%, mas pode ser elevado a100%) e a transformação da Embratur em serviço social autônomo, com muito mais flexibilidade e agilidade para atuar.

"Estamos entrando numa nova fase. A perspectiva de estabilidade dá mais segurança para investimentos. Os números já mostram que existe maior conectividade, temos mais hotéis, aeroportos, mostramos capacidade para organizar grandes eventos, o número de voos para o Brasil voltou a crescer, vamos ter voos realmente low cost a partir de maio para o Brasil, como a Air-France e a KLM anunciaram aqui. Enfim, estamos prontos para receber turistas e investidores em Turismo", resumiu Lummertz.

O embaixador do Brasil na França, Paulo Campos, também falou diretamente sobre essa retomada da economia do Brasil. "O PIB voltou a crescer, a inflação está controlada, os juros caindo, consumo interno aumentando. Ou seja, um ambiente mais propício a negócios do que o que se apresentava há pouco tempo", comentou o embaixador.

Outras personalidades brasileiras no evento foram o secretário de Turismo do Ceará, Arialvo Pinho, por conta da recente adição de Fortaleza como destino dos novos voos da Air France/KLM, e o presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe.

Atout France
Na manhã do último dia da missão à Europa, o presidente da Embratur conheceu detalhes da atuação do escritório de promoção turística da França, o Atout France. Assim como o Visit Britain, que faz a promoção do Reino Unido, o modelo do Atout France, é diferente do da Embratur. Enquanto a promoção no Brasil é feita por uma autarquia vinculada ao Ministério do Turismo, tendo como única fonte de recursos o orçamento da União, nos dois países a promoção é feita por uma agência controlada pelo governo, mas com representantes da iniciativa privada e aporte de recursos de fontes públicas e privadas.

"Todos os países que estão firmes na luta por novos turistas têm modelos mais evoluídos. Só com uma agência como esta se consegue enfrentar a concorrência", enfatizou Lummertz, adiantando ainda que está bastante otimista quanto à aprovação pela Câmara, ainda este ano, do projeto que prevê a transformação da Embratur m agência.

A França é o país que mais atrai turistas no mundo. Em 2016, foram 83 milhões de visitantes internacionais e a meta é chegar a 100 milhões em 2020. A agência trabalha com uma estrutura enxuta de 360 funcionários, mas tem 33 escritórios espalhados pelo mundo. O país recebe, em média, 600 mil turistas brasileiros por ano, mas segundo o presidente da agência, Christian Mantei, quer chegar a um milhão em dois anos. Já Vinicius Lummertz acredita que com os voos low cost o Brasil receberá, num curto prazo, bem mais que os quase 264 mil franceses que visitam o País.

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