Líderes pedem que Turismo se junte contra fraudes
Fraudes em pagamentos resultam em rombos cada vez mais profundos nas finanças de empresas do Turismo. A Abav Braztoa Expo promoveu uma mesa de discussão em sua Ilha do Saber para tratar do tema. Moderado pelo presidente da Abav, Edmar Bull, estiveram presentes o presidente da Abear, E
Fraudes em pagamentos resultam em rombos cada vez mais profundos nas finanças de empresas do Turismo. A Abav Braztoa Expo promoveu uma mesa de discussão em sua Ilha do Saber para tratar do tema. Moderado pelo presidente da Abav, Edmar Bull, o encontro contou com a presença do presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, o presidente da Decolar.com, André Alves, e o vice-presidente da Maringá Turismo, Alexandre de Castro.
Hackers e consumidores mal-intencionados estão vencendo a batalha contra agências de viagens, operadoras, companhias aéreas e demais atores do Turismo. De acordo com Sanovicz, as companhias aéreas brasileiras perdem cerca R$ 300 milhões por ano em fraudes. Dado apresentado por Alexandre de Castro fala em uma fraude a cada 15 segundos.
“Vocês não imaginam o grau de criatividade desses fraudadores”, afirmou Eduardo Sanovicz. “Dormiu quatro dias e eles já passaram na frente, não pode nunca sossegar. Não há solução total e definitiva.” Opinião compartilhada com Castro, que disse que “na hora que o token estiver no corporativo, a gente já vai estar pensando no próximo passo, porque eles [hackers] não param”.
“Isso não vai acabar nunca, a questão é como minimizar os pontos mais críticos”, indicou André Alves. Para tal, o presidente da Decolar.com cobrou uma maior união entre as vítimas dessas fraudes, do fornecedor ao cliente final. “Começou com uma pressão muito grande do varejo e clientes, ‘de quem é a responsabilidade?’”
“Essas instituições começaram a abrir espaços para a gente sentar e discutir, levar nosso problema e resolver como a gente vai trabalhar”, continuou. Esse ponto da discussão ganhou novo rumo com a fala de Edmar Bull, que pediu: “a gente tem que juntar e conversar com as bandeiras de cartão para rever essa questão das fraudes”. Para o dirigente é injusto “o prejuízo ser 95% do agente e apenas 5% dos cartões”.
“O prejuízo é significativo, não tem ninguém aqui com margem suficiente para que isso seja relevado”, reclamou Alves. “Hoje a gente assume esse pepino, isso é crítico.” Alexandre de Castro concluiu, afirmando que “o custo não pode ser só dividido entre a gente. Tem que envolver cartões e também o setor público.”