Rodrigo Vieira   |   19/09/2016 21:25

IPW prevê dobro de buyers do Brasil em D.C.; saiba como

De 38 para 60. O evento mais importante do Turismo dos Estados Unidos, IPW, pretende quase dobrar o número de buyers brasileiros na edição de 2017, na comparação com a desse ano. Vários motivos contribuem para que essa expectativa dos organizadores se concr


Rodrigo Vieira
Malcolm Smith, do IPW, Dani Roman, da Interamerican, Cathy Keefe, do IPW, e José Guilherme Alcorta, da PANROTAS

De 38 para 60. O evento mais importante do Turismo dos Estados Unidos, IPW, pretende quase dobrar o número de buyers brasileiros na edição de 2017, em comparação com a desse ano. Vários motivos contribuem para que essa expectativa dos organizadores se concretize. Entre eles, o esperado reaquecimento econômico do Brasil, a nova representação no País, conduzida pela Interamerican Network, e, claro, um anfitrião inédito na história de quase 50 anos do mega evento.

“Realizar um IPW em Washington D.C. é mais do que histórico, é um anseio que a U.S. Travel Association tem como estratégico faz anos”, explica o general manager do antigo Pow Wow, agora IPW, Malcolm Smith, ainda acrescentando a importância do evento para o crescimento do destino anfitrião. “Todo IPW acontece em um destino com um propósito. Isto é, só vamos a cidades onde há algo a mostrar ao mundo. Em 2016 exibimos uma Nova Orleans totalmente recuperada do furacão Katrina (2007), com sua hotelaria de primeira categoria e atrativos que surpreenderam os visitantes internacionais”, completa Smith.

O resultado veio então nos reviews pós-evento. Cerca de 65% dos operadores presentes apontaram que incluiriam Nova Orleans de maneira prioritária em suas prateleiras. “Além disso, 70% dos respondentes indicaram o conhecimento de novos destinos norte-americanos durante a feira. Isso acontece porque muitos expositores locais sem poder financeiro para ir a eventos em outros continentes, expõem no IPW e surpreendem os buyers.”

Ter missão cumprida após o evento de 2017 seria, então, desmistificar a imagem de que Washington D.C. é um destino para dois ou três dias, apenas complementar a outras cidades como Nova York, além de mostrar que há muito a se fazer pelas redondezas. “A região da capital, que inclui Maryland e Virginia, tem muito a mostrar. Revitalizada, a hotelaria desses destinos vai muito além do perfil corporativo. Temos hotéis butique e renomados no lazer, além de restaurantes tão bem conceituados que fizeram Washington D.C. ser a quarta cidade norte-americana a ganhar um Guia Michelin", ressalta o executivo, ainda acrescentando o turismo de aventura e os museus da região como atrativos.

É esperado um recorde de mais de seis mil delegações no IPW em Washington D.C., para que superem o número de 105 mil encontros pré-agendados registrados na edição de Nova Orleans. Desde 2013, quando realizado em Las Vegas, o IPW passou a ter expectativa de levar 8,8 milhões de turistas internacionais aos Estados Unidos, US$ 28 bilhões em gastos totais e US$ 4,7 bilhões em agendamentos diretos para destinos norte-americanos. Tudo isso pensando nos três anos seguintes. Talvez em 2017, com período renovado, novas metas despontem.

INTERAMERICAN
O Brasil é o principal mercado emissivo e protagonista em delegações no IPW quando o assunto é América Latina. A parceria com a Interamerican, segundo Smith, é essencial para a estratégia do Turismo dos Estados Unidos em também atrair países como Argentina, Chile, Colômbia e Peru. A meta é receber 5,1 milhões de visitantes desses cinco mercados até 2020, o que seria um crescimento de 16% em comparação com os 4,4 milhões de hoje.

“A abrangência da Interamerican na América do Sul vai de acordo com nossas estratégias. Esperamos aumentar a influência do IPW no Brasil e em seus vizinhos”, estipula Malcolm Smith. “Também fortaleceremos o trabalho com as companhias aéreas para conseguir melhores taxas para participantes, e intensificaremos muito nossas relações com o mercado local.”

As estimativas da U.S. Travel Association é que 2018 represente a retomada da economia brasileira, com início de crescimento em 2017. “Os operadores brasileiros não se arrependerão se comparecerem na edição de Washington D.C., pois já podem prospectar os negócios pensando no ano da retomada.”

O Turismo dos Estados Unidos espera fechar 2016 com 2,2 milhões de visitantes brasileiros, uma queda de 9% para o ano passado. Resultados mais robustos devem acontecer em longo prazo. "Até 2020 chegaremos a 2,4 milhões, crescimento de aproximadamente 9%."

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