Zika ou euro: o que influencia o português sobre Brasil?
LISBOA – Começou hoje (2) e segue até o próximo domingo a edição 2016 da BTL, a principal feira de turismo de Portugal.
LISBOA – Começou hoje (2) e segue até o próximo domingo a edição 2016 da BTL, a principal feira de turismo de Portugal. O evento ocupa três pavilhões da Fil e tem o Brasil como país convidado – o que significa, na prática, a Embratur ter um dos maiores estandes do evento, em localização privilegiada, composto por representantes de destinos e empresas recebendo parceiros e clientes em mesas individuais.
Em conversa com os participantes brasileiros sobre a relevância do mercado português, o Portal PANROTAS percebe a existência de uma espécie de “cabo de guerra”, que de um lado tem a preocupação do zika vírus por parte dos portugueses, inibindo as vendas de alguns players, e, de outro, a força do euro frente ao real, proporcionando maior poder de compra ao turista de Portugal e, consequentemente, favorecendo as viagens ao Brasil.
ZIKA
O problema do zika vírus atinge sobretudo os hoteleiros nordestinos, que têm de explicar ao mercado e aos viajantes finais o que os empreendimentos vêm fazendo para se prevenir contra o aedes aegypti. Uma fonte contou à reportagem que parte dos viajantes portugueses está sensível às reportagens negativas veiculadas na imprensa lusa - como consequência, os cancelamentos estariam ocorrendo em escala preocupante. Há quem reclame da suposta inexistência de um posicionamento oficial do governo brasileiro, via Ministério do Turismo ou Embratur, que não teriam promovido nenhuma ação, distribuído nenhum comunicado ou algo do tipo, encorajando os turistas a manterem as viagens ao Brasil.
“O mercado daqui já recebeu comunicados da Colômbia, de Galápagos, da Costa Rica. E do Brasil, nada, sendo que nós estamos no olho do furacão”, afirmou um participante.
Na contramão desta reclamação, o diretor de Marketing e Vendas do Pratagy Beach, Sérgio Paraíso, que vem percorrendo quatro cidades portuguesas para reuniões com 80 agências e operadoras, garante que parte do trade de Portugal recebeu um comunicado da Embratur, no qual o instituto reconhece o problema do zika “mas revela os fatos”. “O que faltou foi a Embratur falar com o público final, fazer uma ação nos jornais. O comunicado para as operadoras não chega ao cliente final”, ponderou Paraíso.
FORÇA DO EURO
O diretor do Pratagy Beach afirma que o empreendimento chegou a registrar cancelamentos sob a justificativa do receio do zika, mas “nada significativo”. De acordo com ele, o resort alagoano vem sendo bastante beneficiado pela força do euro em relação ao real desvalorizado. “Em 2015 tivemos 21% de ocupação de estrangeiros, da qual 30% de portugueses.”
Paraíso revelou que, entre 19 e 26 de março, depois entre 26 de março e 3 abril, Páscoa em Portugal, dois voos charteres com as operadoras Exótico Viagens e Solférias levarão 350 passageiros ao Pratagy Beach.
Em conversa com os participantes brasileiros sobre a relevância do mercado português, o Portal PANROTAS percebe a existência de uma espécie de “cabo de guerra”, que de um lado tem a preocupação do zika vírus por parte dos portugueses, inibindo as vendas de alguns players, e, de outro, a força do euro frente ao real, proporcionando maior poder de compra ao turista de Portugal e, consequentemente, favorecendo as viagens ao Brasil.
ZIKA
O problema do zika vírus atinge sobretudo os hoteleiros nordestinos, que têm de explicar ao mercado e aos viajantes finais o que os empreendimentos vêm fazendo para se prevenir contra o aedes aegypti. Uma fonte contou à reportagem que parte dos viajantes portugueses está sensível às reportagens negativas veiculadas na imprensa lusa - como consequência, os cancelamentos estariam ocorrendo em escala preocupante. Há quem reclame da suposta inexistência de um posicionamento oficial do governo brasileiro, via Ministério do Turismo ou Embratur, que não teriam promovido nenhuma ação, distribuído nenhum comunicado ou algo do tipo, encorajando os turistas a manterem as viagens ao Brasil.
“O mercado daqui já recebeu comunicados da Colômbia, de Galápagos, da Costa Rica. E do Brasil, nada, sendo que nós estamos no olho do furacão”, afirmou um participante.
Na contramão desta reclamação, o diretor de Marketing e Vendas do Pratagy Beach, Sérgio Paraíso, que vem percorrendo quatro cidades portuguesas para reuniões com 80 agências e operadoras, garante que parte do trade de Portugal recebeu um comunicado da Embratur, no qual o instituto reconhece o problema do zika “mas revela os fatos”. “O que faltou foi a Embratur falar com o público final, fazer uma ação nos jornais. O comunicado para as operadoras não chega ao cliente final”, ponderou Paraíso.
FORÇA DO EURO
O diretor do Pratagy Beach afirma que o empreendimento chegou a registrar cancelamentos sob a justificativa do receio do zika, mas “nada significativo”. De acordo com ele, o resort alagoano vem sendo bastante beneficiado pela força do euro em relação ao real desvalorizado. “Em 2015 tivemos 21% de ocupação de estrangeiros, da qual 30% de portugueses.”
Paraíso revelou que, entre 19 e 26 de março, depois entre 26 de março e 3 abril, Páscoa em Portugal, dois voos charteres com as operadoras Exótico Viagens e Solférias levarão 350 passageiros ao Pratagy Beach.