Cruzeiros perdem passageiros e empregos no Brasil
Em palestra realizada na Vila do Sabre da Feira da Abav, em São Paulo, o presidente da Clia Abremar, Marco Ferraz, divulgou o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos dos Cruzeiros Marítimos no Brasil, realizado pela Fundação Getulio Vargas
Em palestra realizada na Vila do Sabre da Feira da Abav, em São Paulo, o presidente da Clia Abremar, Marco Ferraz, divulgou o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos dos Cruzeiros Marítimos no Brasil, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Ferraz destacou a importância do segmento para o desenvolvimento turístico das cidades.
"Oitenta e dois por cento dos turistas de navios são repeaters. Ou seja, retornam àquela cidade em algum momento. Por isso, dizemos que o navio é uma vitrine para os municípios, e muitos cruzeiristas vão procurar o agente de viagens, novamente, para conhecer melhor aquele destino pelo qual passou oito ou dez horas em uma escala", disse.
Confira abaixo alguns destaques do estudo:
A movimentação econômica total do setor no Brasil (impactos diretos e indiretos das armadoras e dos cruzeiristas e tripulantes) foi de R$ 2,142 bilhões durante a temporada 2014/2015.
Desse total, R$ 1,133 bilhão são despesas das armadoras com taxas portuárias e impostos, combustíveis, compra de suprimentos (alimentos e bebidas, água e lixo), comissionamento de agências de viagens e operadoras de turismo, salários pagos, gastos com marketing, excursões e despesas de escritório.
O restante – R$ 1,009 bilhão – se refere aos gastos totais que os 549 mil cruzeiristas e os 2.481 tripulantes movimentaram durante a temporada. O maior volume de gastos se divide entre alimentos e bebidas, comércio varejista (suvenires e presentes em geral), transporte e passeios turísticos, e hospedagem pré ou pós cruzeiro.
O setor de cruzeiros marítimos gerou, na temporada 2014/2015, 32.722 postos de trabalho na economia brasileira, o que representou um resultado 10% inferior ao apurado em 2013/2014, sendo 2.481 tripulantes dos navios (-4,2%) e 30.241 empregos gerados, de forma direta e indireta (-10,4%), motivados pelos gastos dos turistas nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas, além dos gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor. Esse número representa 3,67% do total de empregos gerados, mundialmente, pela indústria de cruzeiros marítimos. Em 2015, o setor empregou 891mil pessoas e pagou US$ 38 bilhões em salários no mundo todo.
A previsão é de que a temporada 2015/2016 de cruzeiros marítimos no Brasil gere 9.306 vagas no total, ou 2.326 oportunidades para brasileiros em navios.
Dos mais de 549 mil hóspedes que embarcaram em viagens de navio na última temporada pelo País, que teve início em novembro de 2014 e término em maio deste ano, 86,7% mostraram intenção em realizar nova viagem nessa modalidade turística. Desses 86,7%, 28,6% escolheriam a costa brasileira como destino de sua próxima viagem; 35,8% optariam por destinos internacionais; e 22,3% afirmaram que elegeriam ambos: destinos nacionais e/ou fora do Brasil.
O número de 549 mil cruzeiristas significa uma diminuição de 7,78% sobre o total da temporada anterior (2013/2014), que registrou 596 mil hóspedes transportados
A pesquisa ainda mostra que 63,8% dos turistas estavam em sua primeira viagem de navio, 93,8% desceram nas cidades-escala e 82,8% pretendem retornar ao destino, numa próxima viagem, para conhecê-lo melhor.
De acordo com o levantamento, a temporada 2014/2015 de cruzeiros marítimos no país transportou 549.619 turistas, sendo 80.223 (15%) estrangeiros). O gasto médio com a compra da viagem de cruzeiro foi de R$ 1,64 mil por passageiro; e o tempo médio das viagens foi de seis dias.
Segundo a pesquisa, o comissionamento pago em 2014/2015 para operadoras e agências de viagens foi de R$ 89,9 milhões – uma variação positiva de 0,3% sobre a temporada 2013/2014, quando R$ 89,6 milhões foram pagos.
PRÓXIMA TEMPORADA
A temporada de cruzeiros marítimos 2015/2016 começará em novembro e contará com dez navios no litoral do País até maio do ano que vem. A expectativa da Clia Abremar Brasil é de que 597.011 cruzeiristas aproveitem 211 roteiros de viagens.
O número de navios é o mesmo da temporada anterior. A contagem do número de hóspedes sofreu alterações na sua metodologia e, por isso, não é possível comparar as temporadas. Até o ano passado, a contagem de leitos era feita considerando a capacidade total dos navios e as viagens de travessia atlântica. Nesse ano, optou-se por considerar os leitos em capacidade dupla e desconsiderar as travessias, seguindo o padrão de cálculo do mercado. Se fosse mantido o mesmo modelo de levantamento dos anos anteriores, a redução seria de 6,79% na oferta de leitos.
“O setor ainda enfrenta queda e o tema principal do trabalho feito pela Clia Abremar é o ganho de competitividade para que o Brasil atraia os armadores”, afirma Marco Ferraz. Na próxima temporada, serão estes os navios na costa do País: Costa Fascinosa, Costa Pacifica; MSC Armonia, MSC Lirica, MSC Magnifica, MSC Poesia, MSC Splendida; Pullmantur Empress, Pullmantur Sovereign; Rhapsody of the Seas (Royal Caribbean).
"Oitenta e dois por cento dos turistas de navios são repeaters. Ou seja, retornam àquela cidade em algum momento. Por isso, dizemos que o navio é uma vitrine para os municípios, e muitos cruzeiristas vão procurar o agente de viagens, novamente, para conhecer melhor aquele destino pelo qual passou oito ou dez horas em uma escala", disse.
Confira abaixo alguns destaques do estudo:
A movimentação econômica total do setor no Brasil (impactos diretos e indiretos das armadoras e dos cruzeiristas e tripulantes) foi de R$ 2,142 bilhões durante a temporada 2014/2015.
Desse total, R$ 1,133 bilhão são despesas das armadoras com taxas portuárias e impostos, combustíveis, compra de suprimentos (alimentos e bebidas, água e lixo), comissionamento de agências de viagens e operadoras de turismo, salários pagos, gastos com marketing, excursões e despesas de escritório.
O restante – R$ 1,009 bilhão – se refere aos gastos totais que os 549 mil cruzeiristas e os 2.481 tripulantes movimentaram durante a temporada. O maior volume de gastos se divide entre alimentos e bebidas, comércio varejista (suvenires e presentes em geral), transporte e passeios turísticos, e hospedagem pré ou pós cruzeiro.
O setor de cruzeiros marítimos gerou, na temporada 2014/2015, 32.722 postos de trabalho na economia brasileira, o que representou um resultado 10% inferior ao apurado em 2013/2014, sendo 2.481 tripulantes dos navios (-4,2%) e 30.241 empregos gerados, de forma direta e indireta (-10,4%), motivados pelos gastos dos turistas nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas, além dos gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor. Esse número representa 3,67% do total de empregos gerados, mundialmente, pela indústria de cruzeiros marítimos. Em 2015, o setor empregou 891mil pessoas e pagou US$ 38 bilhões em salários no mundo todo.
A previsão é de que a temporada 2015/2016 de cruzeiros marítimos no Brasil gere 9.306 vagas no total, ou 2.326 oportunidades para brasileiros em navios.
Dos mais de 549 mil hóspedes que embarcaram em viagens de navio na última temporada pelo País, que teve início em novembro de 2014 e término em maio deste ano, 86,7% mostraram intenção em realizar nova viagem nessa modalidade turística. Desses 86,7%, 28,6% escolheriam a costa brasileira como destino de sua próxima viagem; 35,8% optariam por destinos internacionais; e 22,3% afirmaram que elegeriam ambos: destinos nacionais e/ou fora do Brasil.
O número de 549 mil cruzeiristas significa uma diminuição de 7,78% sobre o total da temporada anterior (2013/2014), que registrou 596 mil hóspedes transportados
A pesquisa ainda mostra que 63,8% dos turistas estavam em sua primeira viagem de navio, 93,8% desceram nas cidades-escala e 82,8% pretendem retornar ao destino, numa próxima viagem, para conhecê-lo melhor.
De acordo com o levantamento, a temporada 2014/2015 de cruzeiros marítimos no país transportou 549.619 turistas, sendo 80.223 (15%) estrangeiros). O gasto médio com a compra da viagem de cruzeiro foi de R$ 1,64 mil por passageiro; e o tempo médio das viagens foi de seis dias.
Segundo a pesquisa, o comissionamento pago em 2014/2015 para operadoras e agências de viagens foi de R$ 89,9 milhões – uma variação positiva de 0,3% sobre a temporada 2013/2014, quando R$ 89,6 milhões foram pagos.
PRÓXIMA TEMPORADA
A temporada de cruzeiros marítimos 2015/2016 começará em novembro e contará com dez navios no litoral do País até maio do ano que vem. A expectativa da Clia Abremar Brasil é de que 597.011 cruzeiristas aproveitem 211 roteiros de viagens.
O número de navios é o mesmo da temporada anterior. A contagem do número de hóspedes sofreu alterações na sua metodologia e, por isso, não é possível comparar as temporadas. Até o ano passado, a contagem de leitos era feita considerando a capacidade total dos navios e as viagens de travessia atlântica. Nesse ano, optou-se por considerar os leitos em capacidade dupla e desconsiderar as travessias, seguindo o padrão de cálculo do mercado. Se fosse mantido o mesmo modelo de levantamento dos anos anteriores, a redução seria de 6,79% na oferta de leitos.
“O setor ainda enfrenta queda e o tema principal do trabalho feito pela Clia Abremar é o ganho de competitividade para que o Brasil atraia os armadores”, afirma Marco Ferraz. Na próxima temporada, serão estes os navios na costa do País: Costa Fascinosa, Costa Pacifica; MSC Armonia, MSC Lirica, MSC Magnifica, MSC Poesia, MSC Splendida; Pullmantur Empress, Pullmantur Sovereign; Rhapsody of the Seas (Royal Caribbean).