Gabriel Guirão   |   25/08/2010 14:52

Ministério da Saúde defende visto para turismo médico

Durante a abertura do Medical Travel Meeting Brazil, evento de Turismo Médico idealizado por Mariana Palha, o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Curi, disse que o medicina no Brasil é de altíssima qualidade.

Durante a abertura do Medical Travel Meeting Brazil, evento de turismo médico idealizado por Mariana Palha, o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Curi, disse que o medicina no Brasil é de altíssima qualidade. “Não somos o futuro. Somos o presente, mas temos que nos organizar para oferecer um atendimento de qualidade para os turistas que vem para nossas cidades em busca de tratamentos”, analisou.

Na sequência, o presidente da Associação Médica Brasileira, José Luiz Gomes do Amaral, acrescentou que o País precisa romper fronteiras para chegar a excelência no turismo médico. “Este evento vai ajudar muito nas negociações para ações integradas. É nosso dever, como médicos, contribuir para que cada cidadão tenha assistência médica”, disse.

Os executivos presentes comentaram que, há cerca de dez anos, era difícil uma PPP (Parceria Pública Privada) entre hospitais e governantes, mas hoje a realidade é outra tendo em vista o potencial do turismo médico. A prática de viajar para outro país ou Estado para receber tratamentos médicos já movimenta US$ 60 bilhões no mundo todo, e há a estimativa de fechar o ano com a movimentação de US$ 100 bilhões.

O secretário de Relações Internacionais de São Paulo, Alfredo Cotait, utilizou de base o projeto São Paulo Cidade Global, que teve início em 2006, na capital paulista, para enfatizar que o turismo médico de São Paulo já está sendo trabalhado. “Países como Índia, Tailândia e Indonésia estão na nossa frente porque souberam preparar uma melhor mão de obra. Desde taxistas até os médicos falam mais de uma língua o que facilita o deslocamento. Estamos trabalhando para atingir este nível”, comentou.

A doutora Nise Yamaguchi representou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na ocasião, salientou que o Brasil precisaria de um visto específico para esta qualidade de turista. “Sabemos que este tipo de ação pode ajudar na divulgação da Marca Brasil e trazer cada vez mais turistas para cá”, pontuou. “Já presenciei casos, em Nova York, de mau atendimento e médicos dizendo na cara do paciente que ele só teria seis meses de vida. Temos que nos preparar muito bem para não sofrer com estes deslizes”, finalizou.

O que ficou claro, nos discursos, é que está faltando integração do poder privado e público para atrair turistas de outras partes do mundo. Porém, falta disposição do mercado brasileiro para investir em infraestrutura, apesar de o Brasil ser referência em alguns tratamentos e cirurgias, se tratando de unidades privadas.

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