Raphael Silva   |   18/09/2017 13:39

Ipea aponta para recuperação do mercado de trabalho

Taxa de desemprego começa a cair, enquanto a de ocupação sobe: "O mercado formal está demitindo menos, mas ainda não contrata"

Depois de queda por dois anos consecutivos, taxa de ocupação teve primeira alta
Depois de queda por dois anos consecutivos, taxa de ocupação teve primeira alta
Após dois anos de complicações para a economia, o Brasil começa a dar os primeiros passos rumo à recuperação. A expectativa já é de crescimento do PIB para 2017 e normalização em 2018/19, e agora o mercado de trabalho também demonstra otimismo. Segundo a Carta de Conjuntura, divulgada nesta quinta-feira (14), pelo Ipea, já há uma reversão do cenário negativo no setor.

Segundo a economista do Instituto, Maria Andréia Parente, a taxa de desemprego está caindo e a de ocupação subindo. No último trimestre móvel, entre maio e julho, a ocupação subiu 0,2%, a primeira alta nos últimos dois anos.

“O mercado formal já está demitindo menos, mas ainda não contrata no agregado. A população ocupada dele ainda está caindo, mas ele está reduzindo o ritmo de demissão”, analisou Maria. A taxa de desemprego registrada no trimestre encerrado em julho teve queda de 12,8%.

Outro sinal positivo do mercado formal é mostrado pelo rendimento, uma vez que a análise por vínculo de ocupação aponta que está nesse mercado a maior alta de rendimentos (3,6%).

Os setores industrial, comercial e de serviços, por sua vez, desempenham uma melhora significativa na recuperação econômica, principalmente em relação à geração de empregos. Os três setores geraram, respectivamente, 12,3 mil, 10,2 mil e 7,7 mil novos postos com carteira assinada neste período.

DESÂNIMO PARA OS JOVENS PROFISSIONAIS
De modo geral, a Carta de Conjuntura analisa que o desemprego recuou no País em termos de regiões, de gênero, de escolaridade. Entre os mais jovens, a taxa de desocupação também recuou, mas, mesmo assim, ainda é a mais alta de todos os grupos, segundo Maria. Os mais jovens formam a população que tem mais dificuldade de sair do desemprego e de conseguir uma nova colocação.

A remuneração dos profissionais é outro ponto estudado pelo Ipea, mas que também ainda é desanimador para os jovens. Apenas essa classe não teve melhora nos valores. Pelo contrário, teve baixa de 0,5% no salário. A média geral no último trimestre foi remuneração de R$ 4.889.


*Fonte: Agência Brasil

conteúdo original: http://bit.ly/2x4liTb

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