Setor de Serviços de SP elimina 124,5 mil empregos; saiba

O setor de serviços no Estado de São Paulo contabilizou em janeiro o quinto saldo mensal negativo de empregos. Só em janeiro deste ano foram eliminados 1,5 mil postos de trabalho, resultado de 176,1 mil admissões e 177,6 mil desligamentos. Na comparação com o mesmo período de 2016, houve uma melhora dos números. Em janeiro de 2016, 7,4 mil empregos foram perdidos, maior saldo de vagas perdidas para o mês de janeiro desde o início da pesquisa, em 2008.

No total, de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017, cerca de 124,5 mil postos de trabalho no setor de serviços paulistas foram extintos, sendo a segunda vez seguida que o setor registrou saldo negativo. Só entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2016 foram menos 111,7 mil postos de trabalho com carteira assinada. Sendo assim, em dois anos, foram perdidos 236,3 mil empregos no segmento de serviços no Estado.

Os dados são parte da Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (Pesp Serviços) feita todo mês pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio SP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

ALTA DE EMPREGOS
Entre as doze atividades pesquisadas, apenas os serviços médicos, odontológicos, e serviços sociais (1,6%) tiveram alta no saldo de empregos entre janeiro e o mesmo mês de 2016. Os negativos foram as atividades de transporte e armazenagem (-4,7%), profissionais científica e técnica (-3,5%) e artes, cultura e esportes (-3,4%).
A queda da atividade econômica, com base no enfraquecimento de consumo das famílias e redução das receitas empresariais, impactam diretamente nos transportes de mercadorias e viagens, segundo o órgão.

CAPITAL PAULISTA
Diferentemente do âmbito estadual, o setor de serviços da cidade de São Paulo iniciou o ano com a criação de 1,9 postos de trabalho em janeiro. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, o saldo ainda é negativo em 51 mil empregos, o que representa uma redução de 1,4% do estoque total de trabalhadores.

Quatro das doze atividades analisadas registraram perda de vagas no mês. Os maiores saldos negativos foram observados nos serviços de transporte e armazenagem (-2 mil vagas), e de alojamento e alimentação (-526 vagas). Já os destaques positivos foram os serviços de educação (2,1 mil vagas), médicos, odontológicos e serviços sociais (997) e profissionais, cientificas e técnicas (938 vagas).