Diego Verticchio   |   20/05/2015 17:51

Trade do Rio: "violência volta a fazer parte da cidade"

"Lamentavelmente, a violência voltou a fazer parte da nossa rotina. Voltamos à fase de alertas aos visitantes e episódios envolvendo os consulados tendo a falta de segurança como foco"

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ) e do Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB), Alfredo Lopes, manifestou-se hoje, através de comunicado, sobre a onda de violência que a cidade do Rio vem passando. Ele alertou para o impacto negativo da violência para o turismo e chamou atenção para a necessidade de ajustes na legislação.

Há cerca de um mês o filho de Christophe Didier, da Etihad, foi esfaqueado em um assalto na Lagoa Rodrigo de Freitas. Ontem, um médico foi novamente esfaqueado e veio a falecer no mesmo dia. Em menos de um mês foram mais de quatro casos similares na Lagoa Rodrigo de Freitas ou Aterro do Flamengo.

Confira o comunicado na íntegra:

“Lamentavelmente, a violência voltou a fazer parte da nossa rotina. Voltamos à fase de alertas aos visitantes e episódios envolvendo os consulados tendo a falta de segurança como foco. Somente no último mês, a mídia destacou três trabalhadores cariocas esfaqueados em tentativas de assaltos no Centro, em Laranjeiras e na Lagoa. Este último, na noite de ontem, fez uma vítima fatal. Também este ano, tivemos no centro da cidade assaltos envolvendo a morte de um turista alemão e o esfaqueamento de uma turista vietnamita.

Nenhuma atividade econômica sofre mais com a criminalidade, com a violência nas ruas e a percepção de insegurança do que o turismo. Obviamente esperamos pulso firme das autoridades de segurança, mas o que vemos é um trabalho de “enxugar gelo” na detenção de delinquentes que precisam ser liberados porque a polícia não tem respaldo jurídico para mantê-los detidos.

É uma covardia continuarmos cobrando da polícia, estrutura do Poder Executivo, uma reação que não conta com o devido apoio dos Poderes Legislativo e Judiciário. É urgente a atualização de uma legislação que não faz mais do que promover a certeza da impunidade. O que mais precisa acontecer? Até quando continuaremos reféns?”.

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