Fabíola Bemfeito   |   04/03/2011 08:02

US Travel pede a Obama fim de visto a brasileiros

Depois de preparar um documento mostrando a importância da ação para a economia norte-americana, a US Travel Association segue em seu lobby para tentar incluir o Brasil no Programa Visa Waiver.

Depois de preparar um documento mostrando a importância da ação para a economia norte-americana, a US Travel Association segue em seu lobby para tentar incluir o Brasil no Programa Visa Waiver. Para tal, o presidente da entidade, Roger Dow, enviou ontem correspondência ao presidente Barack Obama (foto) onde fala, especificamente, da importância da entrada do País no programa de isenção de vistos norte-americanos.

Para o brasileiro Luiz de Moura Jr., vice-presidente da entidade, que já havia adiantado a intenção da US Travel Association, “nada mais oportuno e apropriado do que neste momento em que o presidente Barak Obama vem ao Brasil para tratar de acordos bilaterais”. O Consulado dos Estados Unidos em São Paulo, no entanto, esclareceu, por meio de sua assessoria de imprensa, que “neste momento não há informação alguma sobre a possibilidade de o presidente Obama fazer anúncio de que o Brasil entrará no programa durante sua visita ao País este mês”.

Mas Moura informa que a entidade segue solicitando ao presidente que inicie diálogos com este propósito em sua viagem ao Brasil e Chile. Na correspondência em que se dirige diretamente à Obama, Dow diz: “em nome da indústria de viagens e turismo dos Estados Unidos, é com satisfação que transmitimos nosso entusiasmo sobre sua visita à América do Sul. (…) Nós solicitamos que V. Exa. abrace uma oportunidade única de discutir com Brasil e Chile suas perspectivas para inclusão em nosso Programa Visa Waiver (WVP).”

Fato é que a indústria de viagens brasileira deveria se articular e aproveitar para fazer lobby semelhante junto à presidente Dilma Rousseff para que houvesse empenho de ambos os lados para tratar do tema, uma vez que, sem reciprocidade, não será possível resolver a questão que tanto interessa também ao turismo brasileiro. Seja do ponto de vista emissivo como também do receptivo, uma vez que se argumenta a perda de receita em função dos muitos turistas norte-americanos - e eventos - que deixam de vir ou acontecer no Brasil pela dificuldade na obtenção de vistos.

Segundo informou Roger Dow na carta ao presidente Obama, a entrada do Brasil e do Chile no VWP fortaleceria a economia norte-americana permitindo aos Estados Unidos receber, rapidamente, o dobro de visitantes originários desses países, gerando US% 10,3 bilhões em receitas de exportação e dando suporte a 95,1 mil empregos.

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