Felipe Niemeyer   |   18/12/2009 13:57

Maracanã adequa-se a exigências da Fifa para 2014

O estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, passará por ampla reforma para a Copa de 2014, nos próximos dois anos e meio.

O estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, passará por ampla reforma para a Copa de 2014, nos próximos dois anos e meio. As obras serão internas, pois a fachada é tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O projeto básico da reforma do estádio foi apresentado ontem (dia 17) pela secretária de Turismo, Esporte e Lazer, Marcia Lins, e pelo presidente da Empresa de Obras Públicas (Emop), Ícaro Moreno. Com um custo estimado em R$ 500 milhões, o estádio, que já foi o maior do mundo, perderá cinco mil lugares com a reforma, passando de 86.700 lugares para 83.400, mas ganhará em conforto, acessibilidade e visibilidade, adequando-se às exigências do Caderno de Encargos da Fifa.

As obras começam em março, com o estádio ainda aberto para jogos até agosto, apenas com a recomendação para que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), durante o Campeonato Estadual, e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nos jogos nacionais e internacionais, não programem partidas de pequeno porte no período. A partir de setembro, o estádio não receberá mais nenhum tipo de jogo e permanecerá fechado até o término das obras, previstas para 2012, dois anos antes da Copa. Em 2013, o Maracanã passará por um teste: a Copa das Confederações.

“O projeto vai resgatar a leveza do Maracanã, que ganhará uma marquise maior, cobrindo todos os lugares do público, novos camarotes, em menor número, mas bem mais modernos e confortáveis, maior visibilidade na parte inferior das arquibancadas superiores e nas cadeiras da parte inferior, tornando-se quase um espaço contínuo entre elas, terá mais escadas rolantes e novos elevadores, e os vestiários e túneis de acesso ao campo serão mais amplos. Além disso, ganhará uma completa reurbanização no entorno, com uma ligação, via passarela, com a Quinta da Boa Vista”, resumiu a secretária.

O Estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare não serão mais demolidos. Durante a Copa, o primeiro vai abrigar instalações provisórias onde funcionará o Centro de Mídia e serão instalados equipamentos de geração de imagens e som, enquanto o segundo sediará o Centro de Voluntariado. Para atender às exigência da Fifa de criar no mínimo 14 mil vagas de estacionamento, o projeto, que previa a demolição das duas arenas esportivas para a construção dessas vagas e do Museu do Maracanã, aproveitará outros lugares num raio de 1,5 quilômetro em volta do estádio para abrir 16 mil vagas. Serão mil vagas no próprio estádio, para usuários vips, e o restante na Quinta da Boa Vista, Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Colégio Militar e áreas do Exército.

A acessibilidade será garantida com a construção de saídas mais largas nas arquibancadas, quatro novas rampas de acesso e a reutilização das duas rampas monumentais, a do Bellini e da Uerj, atualmente desativadas. “Com isso, atendemos a determinação da Fifa garantindo a evacuação do estádio em oito minutos em caso de emergência”, afirmou Marcia Lins.

No quesito hospitalidade, o presidente da Emop, Ícaro Moreno, disse que a melhoria será voltada tanto para os espectadores quanto para os profissionais envolvidos na disputa. A Tribuna da Imprensa ficará no alto da arquibancada, lado Oeste, com capacidade para três mil lugares, mas o profissional terá acesso à área mista para o encontro com jogadores através de elevadores. Abaixo da Tribuna de Imprensa, ficará a Tribuna de Honra e sob esta serão construídos 88 camarotes de luxo, distribuídos em dois andares, com 50 metros quadrados cada um e capacidade para 30 pessoas, possuindo arquibancada privativa. Os 96 camarotes atuais, no alto das arquibancadas, serão demolidos, melhorando a refrigeração natural do estádio.

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