Esferatur projeta R$ 2 bi em vendas este ano; entenda
A Esferatur Consolidação, que o presidente Beto Santos pretende transformar em Esfera Consolidação até o final do ano, tem previsão de fechar 2017 com vendas de R$ 2 bilhões. O primeiro trimestre do ano fechou com crescimento de 96% no internacional
A Esferatur Consolidação, que o presidente Beto Santos pretende transformar em Esfera Consolidação até o final do ano, tem previsão de fechar 2017 com vendas de R$ 2 bilhões. O primeiro trimestre do ano fechou com crescimento de 96% no internacional e 22% no nacional. “Claro que o primeiro trimestre de 2016 foi atípico, com vendas comprometidas devido ao imposto pretendido pelo governo e pelo ápice da crise, mas estamos crescendo acima do mercado, que teve incremento de 60% no internacional nos três primeiros meses de 2017”, explicou Beto Santos, que também tem duas outras novidades: a nova sede da consolidadora, na capital paulista, e a promessa de que estará mais em São Paulo a partir de agora (até um apartamento próprio ele já está providenciando e vai se dividir entre Blumenau, onde está seu primeiro neto, e Miami).
A nova sede da Esferatur em São Paulo ocupa o espaço que já foi da Flytour (na rua da Consolação, 222, piso Intermediário - Edifício Zarvos) e onde Carlos Vazquez, vice-presidente da empresa já trabalhou. Mas o local está completamente diferente, com novas entradas, nova divisão e muito espaço para crescer. Ainda faltam ser inaugurados uma sala de reuniões e um auditório para treinamentos dos agentes de viagens. As obras já começaram. Por enquanto, a Orinter, operadora que tem a Esferatur como sócia de 51% (além da Mixtour, Beto Santos, Ana Maria Berto e Roberto Sanches), fica no endereço do outro lado da rua da Consolação, onde tem um escritório relativamente novo. Os telefones da Esfera em São Paulo continuam os mesmos.
Nesta segunda-feira, todos os sócios e gerentes das 15 bases da Esfera estiveram na nova sede, para uma reunião e para conhecer o escritório. Beto Santos falou com exclusividade ao Portal PANROTAS sobre o que vem por aí e o porquê de não ter aceito uma proposta de venda para seu maior concorrente.
PORTAL PANROTAS — No final do ano, no almoço da Esferatur com fornecedores, você disse que só tem de prestar contas a parceiros, clientes e colaboradores, e não a um fundo de investimentos. Isso continua? E por que a Esferatur não aceitou a proposta de compra feita por um concorrente?
BETO SANTOS — Vender para quê? Amamos o que fazemos e estamos vivendo uma fase de ouro. Nossos filhos trabalham na empresa. Meus dois filhos, Marco e Luis Gustavo, cuidam do comercial e do financeiro; o filho do Carlinhos, o Rodrigo, cuida de TI... Só venderíamos para garantir o futuro deles e dos netos, mas repito: amamos o que fazemos, e já faço isso há 42 anos, e estamos em uma ótima fase.
PP — Como explicar essas vendas tão altas em um país ainda em crise?
SANTOS — Primeiro, porque não nos desesperamos no momento de crise. Começamos debaixo e sabemos trabalhar sob pressão. E pressão no nosso meio é todo dia. E quando as vendas retornam não nos acomodamos. Estamos sempre melhorando processos, ouvindo nossos clientes e investindo nos nossos colaboradores. Durante a crise fechamos apenas duas bases, no Norte do Paraná, mas mantivemos os profissionais-chave.
PP — Como foi essa experiência de transferir o atendimento do Norte do Paraná para Curitiba?
SANTOS — Está sendo como prevíamos. As perdas iniciais ou estão sendo revertidas ou diluídas. O objetivo é melhorar a relação com as agências de viagens e elas estão percebendo isso.
PP — O internacional continua sendo o carro-chefe da Esfera?
SANTOS — Sim, 78% de nossas vendas são internacionais. O que significa que temos muito a crescer no nacional e nossos gerentes saíram da reunião de hoje em São Paulo com essa meta.
PP — E a Esfera vai investir em variedade de produtos como outras consolidadoras estão fazendo?
SANTOS — Sim, mas de uma forma diferente. Todos os produtos que não são aéreo virão via Orinter. A Ana Maria fez um trabalho excepcional no relançamento da operadora e agora já vamos começar um piloto para venda de carro nacional e internacional. O passo seguinte é o hotel. Tudo via Orinter, mas integrado com a conta dos agentes na Esfera. Vale destacar que a Orinter cresceu 100% em reais e 151% em dólares no primeiro trimestre do ano. Estamos muito felizes.
PP — O que significa a mudança de sede em São Paulo?
SANTOS — Aprendi que a sede é nosso cartão de visitas e temos isso em Blumenau e Campinas. São Paulo já estava pequeno para colaboradores e para receber bem clientes e fornecedores.
PP — Quais os desafios para este ano?
SANTOS — A política do Brasil é o grande desafio. Espero que o Temer consiga terminar seu mandato e fazer as reformas necessárias. Para, em 2019, começar um novo mandato, com novo presidente, de forma transparente.
PP — Alguma previsão de novas bases este ano?
SANTOS — Não. Temos 15 bases e 410 colaboradores e uma sinergia muito boa entre os sócios, que trazem sua expertise regional. Nossas experiências em Recife, que já é a maior consolidadora do Nordeste, e Curitiba, onde crescemos 40% este ano, são provas de que a estrutura está indo bem. São Paulo também cresceu, graças a nossa postura e à vinda do Juca Lins. Agora vamos lutar pela regulamentação da atividade da consolidação. O governo precisa nos ver como consolidadores e não agentes de viagens. Também não alimentaremos as sub-consolidadoras que compram de outras consolidadoras para revender às agências. Temos responsabilidade com o mercado. Com certeza ganhamos menos, mas pagamos todos os impostos e somos transparentes com nossos clientes agentes de viagens.
Confira abaixo fotos dos gerentes, diretores e sócios da Esferatur e do novo escritório na capital paulista.