Nuzman e Cabral denunciados por corrupção na Rio 2016
Os desdobramentos da Operação Unfair Play, deflagrada em 5 de outubro e que investiga a compra de votos para que o Rio de Janeiro fosse escolhido sede das Olimpíadas de 2016, continuam. Nesta quarta-feira, o Ministério Público Federal no Rio (MPF/RJ) apresentou de
Os desdobramentos da Operação Unfair Play, deflagrada em 5 de outubro e que investiga a compra de votos para que o Rio de Janeiro fosse escolhido sede da Olimpíada de 2016, continuam. Nesta quarta-feira, o Ministério Público Federal no Rio (MPF/RJ) apresentou denúncia contra o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, o ex-governador Sérgio Cabral, entre outros.
Tanto Nuzman quanto Cabral, além do ex-diretor de Operações e Marketing do COB, Leonardo Gryner, o empresário Arthur Soares e os senegaleses Papa Massata Diack e Lamine Diack foram denunciados por corrupção. Nuzman e Gryner também responderão por organização criminosa e há também denúncias de lavagem de dinheiro e evasão de divisas contra Nuzman.
Segundo o MPF, Cabral, Nuzman e Gryner solicitaram repasses de recursos diretamente com Arthur Soares, prometendo posteriormente vantagens indevidas a Lamine Diack e seu filho, Papa Massata. O objetivo final, de acordo com a denúncia, era garantir os votos necessários para que o Rio fosse a sede escolhida. No texto, o órgão afirma que essa conduta configura corrupção passiva.
Na denúncia, Nuzman e Gryner foram equiparados a funcionários públicos, “uma vez que tanto o COB quanto o Comitê Organizador dos Jogos receberam e eram gestores de verbas públicas e exerciam, por delegação, uma atividade típica de Estado: o desporto”, segundo o MPF. “Onde existe verba pública, existe dever de probidade e existe a responsabilidade daqueles que a gerem, podendo, portanto, ser responsabilizados quando atuarem em contrariedade ao que determina a lei”, reforça.
A investigação identificou depósitos de empresas de Soares e empresas de Papa Massata Diack, em montante que chega à casa dos US$ 2 milhões. À época, o pai de Papa, Lamine Diack, atuava como presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e era membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Há na denúncia do MPF-RJ citações à Lei Pelé (Lei 9.615/98), que determina a competência do COB para representar o País em grandes eventos esportivos. ““A despeito de tratar-se de uma 'pessoa jurídica de direito privado', o Comitê Olímpico Brasileiro, por meio de seus dirigentes, representa a República Federativa do Brasil em eventos esportivos internacionais, recebe verba pública (que representa a maior parte de seu orçamento) e, ainda, exerce uma atividade típica da Administração Pública Federal ao fomentar e organizar as atividades desportivas olímpicas no Brasil.”
Carlos Arthur Nuzman também é acusado de dissimular a propriedade e a origem de 16 quilos de ouro (avaliados em R$ 1,5 milhão) mantidos em um cofre na Suíça. Além da condenação dos envolvidos, os procuradores pediram a reparação por danos materiais no valor de R$ 6,34 milhões e de danos morais no valor de R$ 1 bilhão.
Tanto Nuzman quanto Cabral, além do ex-diretor de Operações e Marketing do COB, Leonardo Gryner, o empresário Arthur Soares e os senegaleses Papa Massata Diack e Lamine Diack foram denunciados por corrupção. Nuzman e Gryner também responderão por organização criminosa e há também denúncias de lavagem de dinheiro e evasão de divisas contra Nuzman.
Segundo o MPF, Cabral, Nuzman e Gryner solicitaram repasses de recursos diretamente com Arthur Soares, prometendo posteriormente vantagens indevidas a Lamine Diack e seu filho, Papa Massata. O objetivo final, de acordo com a denúncia, era garantir os votos necessários para que o Rio fosse a sede escolhida. No texto, o órgão afirma que essa conduta configura corrupção passiva.
Na denúncia, Nuzman e Gryner foram equiparados a funcionários públicos, “uma vez que tanto o COB quanto o Comitê Organizador dos Jogos receberam e eram gestores de verbas públicas e exerciam, por delegação, uma atividade típica de Estado: o desporto”, segundo o MPF. “Onde existe verba pública, existe dever de probidade e existe a responsabilidade daqueles que a gerem, podendo, portanto, ser responsabilizados quando atuarem em contrariedade ao que determina a lei”, reforça.
A investigação identificou depósitos de empresas de Soares e empresas de Papa Massata Diack, em montante que chega à casa dos US$ 2 milhões. À época, o pai de Papa, Lamine Diack, atuava como presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e era membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Há na denúncia do MPF-RJ citações à Lei Pelé (Lei 9.615/98), que determina a competência do COB para representar o País em grandes eventos esportivos. ““A despeito de tratar-se de uma 'pessoa jurídica de direito privado', o Comitê Olímpico Brasileiro, por meio de seus dirigentes, representa a República Federativa do Brasil em eventos esportivos internacionais, recebe verba pública (que representa a maior parte de seu orçamento) e, ainda, exerce uma atividade típica da Administração Pública Federal ao fomentar e organizar as atividades desportivas olímpicas no Brasil.”
Carlos Arthur Nuzman também é acusado de dissimular a propriedade e a origem de 16 quilos de ouro (avaliados em R$ 1,5 milhão) mantidos em um cofre na Suíça. Além da condenação dos envolvidos, os procuradores pediram a reparação por danos materiais no valor de R$ 6,34 milhões e de danos morais no valor de R$ 1 bilhão.
*Fonte: Agência Brasil