Henrique Santiago   |   14/12/2015 16:51

ESPECIAL MARIANA: cidade tem futuro indefinido

Cidade histórica, construções e peças religiosas seculares e “irmã vizinha” de Ouro Preto. Em seus 319 anos, Mariana viu em sua história a válvula de escape para crescer economicamente.

Cidade histórica, construções e peças religiosas seculares e “irmã vizinha” de Ouro Preto. Em 319 anos, Mariana viu em sua história a válvula de escape para crescer economicamente. Se hoje se discute a escassez da exploração do minério, por outro lado o Turismo é utilizado como resposta para vencer em tempos de crise nacional. Mas a tragédia protagonizada pela Samarco veio para agravar a situação.

Se depender das autoridades do município, o crime ambiental não vai afetar a região. E isto não necessariamente significa algo bom. A secretaria municipal de Cultura, Turismo e Desportos afirma enxergar a magnitude da tragédia, mas alerta apenas para um fato preocupante: a cobertura da mídia, a qual considera errônea ao trazer o centro histórico como cenário do crime ambiental.

O atual secretário, Antonio Vicente de Freitas, preferiu o silêncio a discorrer sobre o futuro do setor da cidade e transferiu a responsabilidade da fala para o seu secretário adjunto, José Luiz Papa.


(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A imagem que tem sido passada de Mariana destrói o interesse de qualquer viajante em querer ir à cidade neste momento delicado. Papa destaca que Bento Rodrigues, o distrito dizimado, está distante cerca de 25 quilômetros do agitado centro histórico.


(Foto: Ibama)

Mesmo com o clima de angústia e tristeza, Bento Rodrigues está fora das prioridades da secretaria de Turismo e Cultura de Mariana. “Aqui raramente existe atividade turística na região”, disse ele.

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