Leonardo Ramos   |   03/02/2017 15:23

UA, Delta e AA criticam subsídios a aéreas árabes

As três maiores companhias aéreas dos Estados Unidos solicitam reunião com a administração do governo Trump para tratar dos subsídios entregues às aéreas do Golfo Pérsico, que tornaria o mercado aéreo "injusto"; segundo

Wikicommons/Solitude
As três maiores companhias aéreas norte-americanas United Airlines, Delta Air Lines e American Airlines, se uniram em uma carta ao novo secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, pedindo uma reunião para discutir os subsídios que as companhias do Golfo Pérsico têm recebido de seus governos. Segundo carta, que reuniu os interesses das três empresas estadunidenses, as aéreas Emirates, Qatar Airways e Etihad Airways vem recebendo bilhões de dólares em subsídios dos governos de seus respectivos países, impedindo uma competição “justa” no mercado aéreo, principalmente nas regiões do Oriente Médio e Índia.

Ainda segundo a carta, que foi assinada pelos três CEOs Doug Parker (American Airlines), Ed Bastian (Delta) e Oscar Munoz (United Continental Holdings Inc), o auxílio dado, que segundo eles gira os US$ 50 bilhões, fere os princípios de competição justa e aberta no mercado, base dos tratados regulatórios do espaço aéreo entre os países e continentes.

“Os subsídios permitem que as companhias do Golfo operem sem se preocupar com o lucro, ao contrário das companhias norte-americanas, e assim podem focar completamente em dominar o mercado e expulsar a competição” afirmam as três companhias na carta, completando que isso praticamente “eliminou o serviço das companhias dos EUA nos mercados do Oriente Médio e Índia”.

Essa, porém, não é a primeira vez que as companhias pedem uma atitude do governo na questão: as aéreas norte-americanas pressionam há anos o governo federal do país para abrir um canal de negociação com os governos do Qatar e dos Estados Árabes Unidos, para tratar dos subsídios. A administração Obama chegou a afirmar que iria iniciar discussões técnicas informais
Valentin Chesneau/Flickr
com as duas nações no ano passado a respeito do caso, mas nenhuma medida formal chegou a ser tomada. A esperança das companhias é que durante a gestão de Trump, alguma atitude seja tomada.

Em resposta, as companhias do Golfo Pérsico alegam que as aéreas estadunidenses também receberam assistência do próprio governo, através do perdão de dívidas. Já as companhias menores dos EUA e transportadoras de carga, como a Fedex, se opuseram a qualquer mudança no acordo de espaço aéreo livre entre o país e as nações de EAU e Qatar.


*Fonte: Skift

conteúdo original: http://bit.ly/2kAOEVb

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