Renato Machado   |   30/11/2016 11:49

Chapecoense: tripulante conta como sobreviveu à queda

Um dia após o acidente aéreo que vitimou a delegação da Chapecoense, jornalistas e membros da tripulação, em viagem para a disputa da primeira partida da final da Copa Sul-americana, que seria disputada nesta quarta-feira em Medellín, Colômbia,

Reprodução/Facebook
Com técnicas de segurança, o comissário Erwin Tumiri sobreviveu ao acidente
Com técnicas de segurança, o comissário Erwin Tumiri sobreviveu ao acidente
Um dia após o acidente aéreo que vitimou a delegação da Chapecoense, jornalistas e membros da tripulação, em viagem para a disputa da primeira partida da final da Copa Sul-americana, que seria disputada nesta quarta-feira em Medellín, Colômbia, detalhes sobre o ocorrido começam a ser revelados.

Em entrevista à rádio colombiana Caracol, o comissário Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes da tragédia, revelou um dos motivos para que ele tenha saído da aeronave vivo. “Sobrevivi porque segui os protocolos de segurança”, afirmou durante a transferência para o hospital em que agora permanece em observação.

Colocando em prática seu conhecimento, o boliviano natural de Cochabamba, utilizou de uma posição de impacto para se proteger. “Diante da situação, muitos se levantaram de seus assentos e começaram a gritar. Coloquei as maletas entre minhas pernas para formar a posição fetal recomendada em acidentes”, contou.

COMBUSTÍVEL
Um jornalista também da rádio Caracol levou em seu programa o relato de um dos pilotos que sobrevoava a região de Antioquia no momento da colisão. Acompanhando pelo rádio, o piloto teria presenciado a troca de mensagens entre Miguel Quiroga, condutor da aeronave da Lamia, e a torre de controle.

Com uma fila de aeronaves em aproximação do aeroporto de Medellín, a prioridade de pouso foi dada a um avião da Viva Colômbia, que relatara um problema de vazamento de combustível. Sem relatar emergência alguma, Quiroga perguntou à torre de controle se demoraria muito para que a aterrissagem fosse autorizada.

Passadas duas voltas em espera, o Avro Regional Jet 85 da Lamia começou a baixar altitude, passando a uma altura de nove mil pés em uma região onde o mínimo estipulado é de dez mil pés. O piloto então declarou problemas de combustível e, na sequência, relatou a pane elétrica total. Sem dados em seu painel, o piloto pediu ajuda aos controladores para encontrar a pista.

Segundo o jornalista da rádio Caracol, “o voo da chapecoense nunca declarou emergência. Quando o fez, já era muito tarde."

Atualização (05/12 às 14h35): A informação de que Erwin Tumiri teria realizado um procedimento para impacto antes do acidente foi desmentida pelo próprio técnico de tripulação em entrevista à imprensa brasileira no último domingo. Maiores detalhes estão no link.


*Fonte: Rádio Caracol

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