Roberta Queiroz   |   05/09/2016 21:48

Recessão não afasta Brasil das prioridades da Boeing

A Boeing manteve o Brasil na lista de mercados estratégicos no mapa global da aviação, de acordo com as palavras da empresa no país, Donna Hrinak. A executiva, no entanto, admitiu que a atual recessão econômica e crise política deixa sequelas que comp

A Boeing manteve o Brasil na lista de mercados estratégicos no mapa global da aviação, de acordo com as palavras da presidente da empresa no País, Donna Hrinak. A executiva, no entanto, admitiu que a atual recessão econômica e crise política deixa sequelas que comprometem o potencial como mercado e plataforma para novas tecnologias e formação de profissionais.

Segundo Donna, a instabilidade impede que o Brasil siga o ritmo dos concorrentes, entre eles, o do México. Ações governamentais e privadas fizeram o país da América do Norte crescer mais rápido nos últimos anos e criar, desde 2004, cinco clusters apenas na aviação. “Temos no México uma rede de fornecedores que exportar para a Boeing um total de US$ 1 bilhão por ano”, revelou.

Mesmo assim, a presidente reconheceu que a empresa pode atuar de maneira mais incisiva em solo brasileiro. O fato do Brasil responder por 40% da demanda de aeronaves comerciais da Boeing corrobora para a perspectiva de Donna. Ao que tudo indica, o País deve comprar cerca de três mil aviões nas próximas décadas – o que em números significa US$ 300 bilhões em encomendas.

O Brasil recebeu cerca de US$ 5 milhões de investimentos da Boeing nos últimos dois anos. Donna, inclusive, sinalizou que este número pode ser ampliado em breve, principalmente, no setor comercial. “No ano em que completamos 100 anos, vemos que podemos oferecer aquilo que o Brasil precisa e aspira: ser referência na indústria aeroespacial e em biocombustíveis sustentáveis para aviação.”

CONCORRÊNCIA
A executiva comentou ainda a redução da frota da Gol, composta somente por aviões da fabricante dos Estados Unidos. Donna afirma que esse tipo de movimento, ou seja, de reequilibrar as contas, também afeta concorrentes. Isso porque Latam e Avianca, por exemplo, estão adiando o recebimento de novos aviões da Airbus.


*Fonte: Valor Econômico

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