Fernanda Cordeiro   |   25/08/2016 09:32

Crise faz exportação de aeronaves usadas crescer

A média era de 10 a 12 aeronaves importadas por ano, em 2014 esse número caiu para nove e em 2015 para oito. Do total do ano passado, seis dessas vendas foram exportação, ou seja, brasileiros vendendo suas aeronaves em outros países. Em 2016, o mercado continua se

Divulgação Uirapuru
Nos últimos 12 meses, o mercado de compra e venda de aeronaves usadas no Brasil viu a demanda de exportação crescer muito mais do que a importação. Especialistas dizem que a crise econômica a valorização do dólar frente ao real estimulou muitos brasileiros a buscar compradores no mercado internacional.

A média era de dez a 12 aeronaves importadas ou exportadas por ano, em 2014 esse número caiu para nove e em 2015 para oito. Do total do ano passado, seis dessas vendas foram exportação, ou seja, brasileiros vendendo seus jatos em outros países. Neste ano, o mercado continua seguindo essa tendência. Até o momento já houve três exportações e nenhuma importação.

Outro fator que ajudou no crescimento do setor foi o fato de que com a crise econômica, muitas companhias aéreas enxugaram a malha, diminuindo a oferta de voos.

O especialista em aviação, Cassio Polli, comenta sobre a importância da aviação executiva para o mercado corporativo. “A aeronave executiva é uma importante ferramenta de negócios, permitindo chegar onde a aviação comercial não chega porque não tem voos diretos ou exige conexões complexas e extremamente demoradas.”

Atualmente, a frota de aeronaves da chamada aviação geral (a qual contempla todas as aeronaves não usadas pelas companhias aéreas comerciais) soma pouco mais de 15 mil unidades e é a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da frota americana. São jatos, helicópteros, turboélices de uso privado, pertencentes a pessoas físicas, empresas ou táxi aéreo.

Polli afirma que com a perspectiva positiva da economia para o segundo semestre, quem vendeu suas aeronaves deve recomprá-las. “Aqueles que venderam suas aeronaves aproveitando a oportunidade do câmbio ou mesmo em razão da crise, devem recomprar em breve. Estamos com perspectivas otimistas para o segundo semestre, apostando que a retomada da economia reative o mercado como um todo e também a aviação executiva."

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