Aéreas low-cost traçam cenários pós-Brexit; Confira
Avaliações feitas por 4 companhias aéreas de baixo custo da Europa sugerem que a saída da Grã-Bretanha da União Europeia pode não ter efeitos desastrosos
A saída da Grã-Bretanha da União Europeia pode não ter efeitos desastrosos sobre as companhias aéreas de baixo custo da Europa. Ainda que os quatro maiores players deste mercado tenham traçado os piores cenários possíveis com o adeus britânico, a chance de diminuição de rotas disponíveis é pequena.
Mais expostas a possíveis quedas de demanda, em comparação com gigantes como Lufthansa, KLM e British Airways - que têm menos operações somente dentro do continente europeu e que não passam por seus países-sede -, as aéreas de baixo custo têm feito planos contingenciais. A Easyjet, sediada em Londres, por exemplo, espera manter os voos que partem de Paris para cerca de 20 cidades.
Pode ser, porém, que a Easyjet não sofra tanto, já que há pelo menos três motivos para acreditar que o Brexit não influa fortemente sobre as operações das companhias aéreas da Europa. Primeiro, porque historicamente diversos membros não pertencentes ao bloco europeu têm o direito de optar qual dos tantos acordos possíveis com a União Europeia deseja. Aéreas norueguesas, por exemplo, podem voar o quanto quiserem entre Europa e Estados Unidos.
Em segundo lugar, o Reino Unido pode acabar se integrando à Área Comum de Aviação Europeia (do inglês, ECAA) e manter o ecossistema das aéreas de baixo custo do Velho Continente praticamente intacto. Contudo, não há garantias de que o Reino Unido busque a integração ou mesmo seja aceita. Os britânicos teriam que aceitar as políticas de aviação do bloco - questão aparentemente já respondida com o resultado do referendo.
Outra opção está em mudar a forma com que as companhias aéreas operam. De acordo com a Iata, o Reino Unido poderia chegar a um acordo com o bloco no qual suas companhias poderiam ter acesso aos aeroportos do continente - ainda que sem o modelo de mais livre acesso de hoje.
Uma vez que não se sabe como Reino Unido e União Europeia chegarão a um novo acordo, vale conferir como Easyjet, Norwegian, Ryanair e Vueling reagiram ao Brexit:
EASYJET
A maior linha aérea de baixo custo do Reino Unido e a segunda maior da Europa disse que buscará manter as rotas que tem acesso no continente mantendo proximidade com as agências reguladoras de um "mercado de aviação genuinamente liberal". Em outras palavras, a empresa espera não ter que alterar seu modelo vigente. Contudo, seu plano de contingência envolve operar a partir de algum país do bloco. A Easyjet tem certificado de operação para Irlanda, França, Alemanha ou qualquer outro país da União Europeia.
NORWEGIAN
A empresa talvez seja a mais preparada entre as quatro principais das aéreas de baixo custo. Com operações diversificadas e certificação no Reino Unido, na Irlanda e na Noruega, a companhia teria poucos problemas na hora de alocar suas operações.
RYANAIR
A maior empresa europeia do ramo low-cost já anunciou que está saindo do Reino Unido e que dificilmente pousará na Grã-Bretanha a partir de 2017. Por ora, contudo, as operações serão mantidas. A companhia considera a obtenção de certificado de operação para voar para Glasgow (Escócia) e Londres.
VUELING
Apesar de pertencer a o grupo britânico de linhas aéreas IAG, que inclui a British Airways, a Vueling espera manter suas operações atuais. Espanhola, ela tem certificado de operação no país ibérico, que faz parte da União Europeia. No caso da IAG, que ainda tem a espanhola Iberia e a irlandesa Aer Lingus, a saída do Reino Unido da União Europeia não deve impactar seus negócios no longo prazo.
Mais expostas a possíveis quedas de demanda, em comparação com gigantes como Lufthansa, KLM e British Airways - que têm menos operações somente dentro do continente europeu e que não passam por seus países-sede -, as aéreas de baixo custo têm feito planos contingenciais. A Easyjet, sediada em Londres, por exemplo, espera manter os voos que partem de Paris para cerca de 20 cidades.
Pode ser, porém, que a Easyjet não sofra tanto, já que há pelo menos três motivos para acreditar que o Brexit não influa fortemente sobre as operações das companhias aéreas da Europa. Primeiro, porque historicamente diversos membros não pertencentes ao bloco europeu têm o direito de optar qual dos tantos acordos possíveis com a União Europeia deseja. Aéreas norueguesas, por exemplo, podem voar o quanto quiserem entre Europa e Estados Unidos.
Em segundo lugar, o Reino Unido pode acabar se integrando à Área Comum de Aviação Europeia (do inglês, ECAA) e manter o ecossistema das aéreas de baixo custo do Velho Continente praticamente intacto. Contudo, não há garantias de que o Reino Unido busque a integração ou mesmo seja aceita. Os britânicos teriam que aceitar as políticas de aviação do bloco - questão aparentemente já respondida com o resultado do referendo.
Outra opção está em mudar a forma com que as companhias aéreas operam. De acordo com a Iata, o Reino Unido poderia chegar a um acordo com o bloco no qual suas companhias poderiam ter acesso aos aeroportos do continente - ainda que sem o modelo de mais livre acesso de hoje.
Uma vez que não se sabe como Reino Unido e União Europeia chegarão a um novo acordo, vale conferir como Easyjet, Norwegian, Ryanair e Vueling reagiram ao Brexit:
EASYJET
A maior linha aérea de baixo custo do Reino Unido e a segunda maior da Europa disse que buscará manter as rotas que tem acesso no continente mantendo proximidade com as agências reguladoras de um "mercado de aviação genuinamente liberal". Em outras palavras, a empresa espera não ter que alterar seu modelo vigente. Contudo, seu plano de contingência envolve operar a partir de algum país do bloco. A Easyjet tem certificado de operação para Irlanda, França, Alemanha ou qualquer outro país da União Europeia.
NORWEGIAN
A empresa talvez seja a mais preparada entre as quatro principais das aéreas de baixo custo. Com operações diversificadas e certificação no Reino Unido, na Irlanda e na Noruega, a companhia teria poucos problemas na hora de alocar suas operações.
RYANAIR
A maior empresa europeia do ramo low-cost já anunciou que está saindo do Reino Unido e que dificilmente pousará na Grã-Bretanha a partir de 2017. Por ora, contudo, as operações serão mantidas. A companhia considera a obtenção de certificado de operação para voar para Glasgow (Escócia) e Londres.
VUELING
Apesar de pertencer a o grupo britânico de linhas aéreas IAG, que inclui a British Airways, a Vueling espera manter suas operações atuais. Espanhola, ela tem certificado de operação no país ibérico, que faz parte da União Europeia. No caso da IAG, que ainda tem a espanhola Iberia e a irlandesa Aer Lingus, a saída do Reino Unido da União Europeia não deve impactar seus negócios no longo prazo.