Diego Verticchio   |   10/11/2015 17:42

Lufthansa recorre à Justiça para encerrar greve

A companhia aérea alemã Lufthansa recorreu hoje (10/11) à Justiça para tentar acabar com a greve de comissários de bordo iniciada sexta-feira (6/11) pelo sindicato UFO e com duração prevista até 13 de novembro

AGÊNCIA BRASIL - A companhia aérea alemã Lufthansa recorreu hoje (10/11) à Justiça para tentar acabar com a greve de comissários de bordo iniciada sexta-feira (6/11) pelo sindicato UFO e com duração prevista até 13 de novembro. Mantida até o fim, essa greve pode ser a mais longa na história da companhia.

"A Lufthansa pediu uma decisão aos tribunais de Darmstadt e de Dusseldorf", informou hoje um porta-voz da companhia aérea.

O sindicato UFO convocou a greve a partir de sexta-feira nos aeroportos de Frankfurt e Dusseldorf, mas houve uma pausa no domingo (8). Ontem (9), no recomeço da greve nesses aeroportos e no de Munique, a companhia teve de cancelar 929 voos, afetando 113 mil passageiros. Hoje, quarto dia da greve, foram cancelados 136 voos.

De acordo com o porta-voz, o sindicato está em divergência com a administração da companhia sobre questões salariais e na proteção contra demissões. O grupo Lufthansa promove uma reestruturação para reduzir custos que permita enfrentar a concorrência de companhias de baixo custo e de outras do Golfo. Os pilotos também estão em conflito com a empresa. Eles já fizeram várias greves desde a primavera de 2014. No início de setembro, na sequência de um recurso da Lufthansa, o tribunal trabalhista do estado de Hesse ordenou o fim de uma greve dos pilotos, a décima quarta em 18 meses.

Em comunicado enviado hoje, a Lufthansa anunciou que decidiu melhorar as condições da negociação do contrato coletivo de trabalho para acabar com a greve dos comissários de bordo. A empresa informou que a administração propôs aos trabalhadores um aumento de 2 mil até 3 mil euros no pagamento único aos 19 mil comissários de bordo. A Lufthansa também se comprometeu a pagar aposentadorias a partir dos 55 anos e não dos 56, conforme tinha proposto anteriormente, e a melhorar em 1,7% os salários dos trabalhadores a partir de 1º de janeiro de 2016. A proposta foi conhecida no fim dessa segunda-feira, mas ainda assim os trabalhadores decidiram manter a paralisação agendada para hoje.

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