Da Redação   |   24/06/2015 10:03

"Trabalho com novos acionistas já começou", diz Pinto

Fernando Pinto diz que até o final do ano tem um plano conjunto com os novos acionistas da Tap, mas que depois disso não há nada confirmado sobre sua permanência na companhia

NOTÍCIA DO PRESSTUR (parceiro da PANROTAS em Portugal)

“Começamos hoje, já temos reuniões marcadas e tudo o mais para que se tenha um programa conjunto” para atingir a meta de resultados deste ano, mas já em consonância com as “novas ideias que vêm por aí”, anunciou o CEO da Tap, Fernando Pinto, no final da cerimônia que assinalou a venda de 61% da companhia ao consórcio Gateway de Humberto Pedrosa e David Neeleman.

Fernando Pinto explicou o que aconteceu ao programa solicitado pelo Governo para a companhia recuperar do prejuízo que teve com a greve promovida pelo SPAC entre os dias 1 e 10 de Maio. “Nós achamos que seria melhor fazer já essa análise em conjunto”, incorporando “as novas estratégias dos novos controladores da empresa”, explicou”.

“E é isso que nós já estamos tratando. Começamos hoje, já temos reuniões marcadas e tudo o mais para que se tenha um programa conjunto”, acrescentou, sublinhando ainda que “no curto prazo temos ações importantes a tomar e que serão tomadas sem dúvida nenhuma, mas todas já com uma visão de uma estratégia adaptada às novas ideias que vêm por aí”.

Fernando Pinto defendeu que a percepção que tem do contato com os trabalhadores da companhia é que “há entusiasmo com a nova era que empresa vai começar”, ainda que sabendo, como também disse, “alguns sindicatos, por princípio, não concordam com a privatização, o que nós respeitamos”.

O executivo avançou nas mesmas declarações que a grande alteração que se produz com a privatização “é o acesso a capital”, que nunca teve nos 15 anos à frente da companhia, bem como “novas ideias” e “sangue novo” que podem propiciar “um futuro melhor para a Tap". “A grande vantagem agora é o acesso ao capital que nos faltou. Nos 15 anos, pelo menos, em que eu estou [na Tap], nós nunca tivemos acesso ao capital da forma como vamos ter agora”, declarou, salientando que ainda assim a companhia conseguiu “crescer e crescer muito”.

A privatização foi descrita assim por Fernando Pinto como “uma excelente oportunidade para ir para a frente novamente” e, segundo declarou, sem perda de tempo.

Quanto à sua posição na empresa, Fernando Pinto repetiu que assume “a passagem de testemunho” e, depois desse processo, dependerá da vontade dos novos controladores da empresa, mas que sempre afirmou que sairá “quando considerar que [a Tap] está no caminho do crescimento”. “Temos um trabalho até ao final do ano para fazer, depois veremos o que vai acontecer”, afirmou.

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