Maria Izabel Reigada   |   03/06/2014 12:25

Iata reduz projeção de lucro para aéreas neste ano

Os gastos globais na indústria da aviação devem alcançar US$ 746 bilhões neste ano, ou 1% do PIB mundial, com o número de passageiros transportados em aeronaves chegando a 3,3 bilhões.

Os gastos globais na indústria da aviação devem alcançar US$ 746 bilhões neste ano, ou 1% do PIB mundial, com o número de passageiros transportados em aeronaves chegando a 3,3 bilhões. Os dados fazem parte do estudo Performance Econômica do Setor Aéreo, apresentado ontem pela Iata, durante a 70ª Reunião Geral da associação de empresas aéreas, em Doha. O estudo mostra ainda projeção de que as tarifas aéreas caiam 3,5% em termos reais neste ano. “A aviação é catalisadora do crescimento econômico. A receita das companhias aéreas representa 1% do PIB mundial e a indústria transportará em segurança 3,3 bilhões de pessoas e US$ 6,8 trilhões em cargas neste ano”, diz o CEO da Iata, Tony Tyler.

O estudo mostra que a aviação responde por 58 milhões de empregos e passa por forte momento de renovação de frotas, com 1,4 mil aeronaves a serem adquiridas neste ano, com valor de US$ 150 bilhões. Os investimentos ocorrem, segundo a Iata, apesar das altas taxas cobrados do setor, que neste ano chegarão a US$ 121 bilhões, de acordo com o estudo (em 2013 foram de US$ 113 bilhões), e da baixa rentabilidade. Apesar disso, os investidores podem esperar retorno maior neste ano, com a Iata projetando 5,4% e retorno do capital investido (ROIC), contra os 4,4% em 2013 e 3,7% em 2012.

“As companhias aéreas continuam castigadas por altas taxas e baixa rentabilidade. Com margem bruta de apenas 2,4%, as aéreas vão reter apenas US$ 5,42 por passageiro transportado”, diz Tyler. “Há um equívoco entre a contribuição da indústria para a economia e o retorno que ela oferece para aqueles que investem seu capital para financiar a aviação”, completa. O lucro projetado para este ano pela Iata é de US$ 18 bilhões, uma em relação à projeção anterior, de US$ 18,7 bilhões. Entre as razões para a redução estão o deterioração do ambiente econômico, por conta de questões geopolíticas envolvendo importantes mercados, como a China, além dos custos com combustível, que, embora estáveis, segundo a Iata, nunca estiveram tão altos.

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