Maria Izabel Reigada   |   20/02/2014 13:05

Iata pede apoio e compreensão com aéreas na Copa

Padrões e regulamentações globais. O presidente da Iata, Tony Tyler, esteve ontem em Brasília, reunido com autoridades de aviação, para pedir que o Brasil siga as determinações da Convenção de Montreal, da qual é signatário. A maior preocupação do presidente da Iata

Padrões e regulamentações globais. O CEO da Iata, Tony Tyler, esteve ontem em Brasília, reunido com autoridades de aviação, para pedir que o Brasil siga as determinações da Convenção de Montreal, da qual é signatário. A maior preocupação do presidente da Iata diz respeito à regulamentação dos direitos dos passageiros. “As companhias aéreas não sabem quais são as regras a seguir. Há mais de 50 legislações diferentes em relação a direitos do passageiros. Uma bagunça”, disse, exemplificando o caso de um bilhete aéreo da American Airlines comprado no Brasil para um voo que teria como destino final a Ásia. “No Brasil, ele tem uma série de direitos que é diferente da realidade dos Estados Unidos, onde o passageiro faz sua conexão, e diferente também da prática realizada no destino final.”

Tyler disse que solicitou ao governo brasileiro apoio às companhias aéreas, especialmente durante a Copa do Mundo de Futebol. “É preciso entender que as empresas aéreas estão fazendo um grande esforço, que deve ser reconhecido”, disse. “Serão dois mil voos extras no período, com aeroportos recebendo volumes de recordes de passageiros em uma infraestrutura que não é a adequada”, acrescentou. “Atrasos e cancelamentos de voos são prejuízos para qualquer companhia aérea. É preciso entender que na maioria das vezes eles não são provocados pela empresa, mas por condições climáticas e de infraestrutura.” Tyler disse que espera compreensão, por parte dos passageiros, e apoio das autoridades públicas.

O presidente da Iata destacou que em nenhuma outra Copa do Mundo a aviação teve papel tão fundamental como terá na copa brasileira. “Por causa das distâncias, da quantidade de cidades-sede e da falta de outras opções para o transporte, a aviação será de extrema importância”, enfatizou. “As autoridades precisam reconhecer o esforço que o setor está fazendo em tão curto espaço de tempo.” Em relação aos aeroportos que podem ter problemas durante o campeonato, Tyler menciona o Galeão, no Rio, Brasília e Guarulhos – que ele visita nesta tarde. “Acho que esses aeroportos terão maior fluxo de passageiros e é natural que encontremos mais reclamações neles”, alertou.

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