Aéreas dizem que tabelar preços não traz benefícios
A Abear defende a liberdade tarifária, que, segundo ela, foi um dos motivos para que, na última década, o número de passageiros aéreos aumentasse, chegando ao recorde de 100 milhões.
Em resposta à proposta de tabelamento de preços das passagens aéreas durante a Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil, sugerido pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa a Avianca, Azul, Gol e Tam, divulgou comunicado contestando a ideia e dizendo que o tabelamento não trará benefícios ao consumidor. A entidade defende a liberdade tarifária, que, segundo ela, foi um dos motivos para que, na última década, o número de passageiros aéreos aumentasse, chegando ao recorde de 100 milhões.
Veja outros pontos defendidos pelas aéreas, via Abear:
"1) A experiência de décadas passadas mostrou ao país que o tabelamento de preços não trouxe benefícios para os consumidores;
2)A Abear tem a convicção de que a política econômica hoje vigente não contempla qualquer retorno a práticas de controle de preços;
3) No ano de 2002 passou a vigorar no Brasil o regime de liberdade tarifária e, a partir desse momento, com o aumento da renda da população, o número de passageiros transportados triplicou, saltando de pouco mais de 30 milhões de pessoas para mais de 100 milhões em 2012, enquanto o preço médio dos bilhetes caiu 43%;
4) Desde então, tarifas para destinos muito concorridos, viagens em períodos de alta temporada, em dias de muita procura (como uma sexta-feira), em horários de muito movimento (começo da manhã e final da tarde) e para permanências muito curtas no destino (comportamento típico do viajante de negócios) tendem a ter preços mais elevados se comparados a períodos de baixa temporada, dias de menor procura (meio de semana, por exemplo) e horários de menor movimento (meio da manhã e da tarde);
5) Para o período da Copa do Mundo, o que se tem é uma demanda atípica, muito concentrada em dias e horários específicos;
6) A malha aérea para os deslocamentos durante o Mundial ainda está em discussão entre Secretaria de Aviação Civil, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e companhias aéreas, entre outros, para atender a esse quadro;
7) Sabidamente, ao mesmo tempo em que aumentará a procura para os destinos envolvidos com a disputa, outros terão uma queda significativa na demanda em comparação ao restante do ano. Especialmente a partir do sorteio dos grupos para a competição será possível avançar na flexibilização da malha para atender aos torcedores;
8) Medidas que impactariam os preços das passagens seriam a redução dos custos do setor, cujas maiores pressões vêm da fórmula de precificação do combustível de aviação e dos impostos sobre ele. A absoluta maioria do combustível consumido pelas empresas brasileiras, que responde por mais de 40% dos custos de operação, é produzida no País e vendida como se fosse importada e por um preço 20% acima da média mundial. Além disso, há um desequilíbrio nos preços do combustível para os voos internacionais e domésticos. Enquanto o primeiro é isento de impostos, o segundo é tributado em cada estado brasileiro em alíquotas que chegam a 25%. Isso torna os voos dentro do Brasil mais caros que aqueles com destino no Exterior e consiste em um efetivo desestímulo para a aviação brasileira e para o turismo nacional. Essa estrutura gera exportação de turistas, empregos e divisas;
9) A aviação brasileira pretende chegar a 200 milhões de passageiros em 2020, assim como dobrar sua frota e aumentar expressivamente o número de cidades atendidas. Para tanto, vem debatendo com o Governo Federal medidas que contribuam para atingir estas metas."
"Com 2,7 mil voos diários, quatro companhias aéreas disputando o mercado e transportando sete milhões de passageiros mensalmente, reafirmamos que, no que depender da aviação, o sucesso e a normalidade das operações durante a Copa do Mundo estão garantidos", finaliza a entidade, presidida por Eduardo Sanovicz.
Veja outros pontos defendidos pelas aéreas, via Abear:
"1) A experiência de décadas passadas mostrou ao país que o tabelamento de preços não trouxe benefícios para os consumidores;
2)A Abear tem a convicção de que a política econômica hoje vigente não contempla qualquer retorno a práticas de controle de preços;
3) No ano de 2002 passou a vigorar no Brasil o regime de liberdade tarifária e, a partir desse momento, com o aumento da renda da população, o número de passageiros transportados triplicou, saltando de pouco mais de 30 milhões de pessoas para mais de 100 milhões em 2012, enquanto o preço médio dos bilhetes caiu 43%;
4) Desde então, tarifas para destinos muito concorridos, viagens em períodos de alta temporada, em dias de muita procura (como uma sexta-feira), em horários de muito movimento (começo da manhã e final da tarde) e para permanências muito curtas no destino (comportamento típico do viajante de negócios) tendem a ter preços mais elevados se comparados a períodos de baixa temporada, dias de menor procura (meio de semana, por exemplo) e horários de menor movimento (meio da manhã e da tarde);
5) Para o período da Copa do Mundo, o que se tem é uma demanda atípica, muito concentrada em dias e horários específicos;
6) A malha aérea para os deslocamentos durante o Mundial ainda está em discussão entre Secretaria de Aviação Civil, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e companhias aéreas, entre outros, para atender a esse quadro;
7) Sabidamente, ao mesmo tempo em que aumentará a procura para os destinos envolvidos com a disputa, outros terão uma queda significativa na demanda em comparação ao restante do ano. Especialmente a partir do sorteio dos grupos para a competição será possível avançar na flexibilização da malha para atender aos torcedores;
8) Medidas que impactariam os preços das passagens seriam a redução dos custos do setor, cujas maiores pressões vêm da fórmula de precificação do combustível de aviação e dos impostos sobre ele. A absoluta maioria do combustível consumido pelas empresas brasileiras, que responde por mais de 40% dos custos de operação, é produzida no País e vendida como se fosse importada e por um preço 20% acima da média mundial. Além disso, há um desequilíbrio nos preços do combustível para os voos internacionais e domésticos. Enquanto o primeiro é isento de impostos, o segundo é tributado em cada estado brasileiro em alíquotas que chegam a 25%. Isso torna os voos dentro do Brasil mais caros que aqueles com destino no Exterior e consiste em um efetivo desestímulo para a aviação brasileira e para o turismo nacional. Essa estrutura gera exportação de turistas, empregos e divisas;
9) A aviação brasileira pretende chegar a 200 milhões de passageiros em 2020, assim como dobrar sua frota e aumentar expressivamente o número de cidades atendidas. Para tanto, vem debatendo com o Governo Federal medidas que contribuam para atingir estas metas."
"Com 2,7 mil voos diários, quatro companhias aéreas disputando o mercado e transportando sete milhões de passageiros mensalmente, reafirmamos que, no que depender da aviação, o sucesso e a normalidade das operações durante a Copa do Mundo estão garantidos", finaliza a entidade, presidida por Eduardo Sanovicz.