Savia Reis   |   24/10/2013 11:20

Abear: “não estamos pedindo apoio ou subsídio”

“Não estamos pedindo apoio, nem subsidio, nem crédito. Estamos demandando é que todas as condições sejam a de competição a do mercado internacional. Nós pagamos cada centavo”, diz o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, durante a sua apresentação no Centro de

“Não estamos pedindo apoio, nem subsídio, nem crédito. Estamos demandando é que todas as condições de competição sejam iguais aos mercados internacionais. Nós pagamos cada centavo”, diz o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, durante a sua apresentação no Centro de Treinamento Sim Industries – do grupo Lockheed Martin –, em Diadema, que reúne cerca de 40 jornalistas de diversas cidades do País, a convite da companhia aérea Gol para o workshop Bastidores da Aviação.

O cenário atual da aviação, com custo alto do setor no Brasil – em especial de impostos do querosene da aviação – e projetos do mercado para 2020 foram temas da apresentação de Sanovicz. “O crescimento de viagens domésticas e internacionais no Brasil de 2002 a 2012 é de 180%. No ano passado, foram 101 milhões. A sociedade ampliou sua capacidade de consumo e, hoje, se encontra com o nosso preço descendente. No período, a tarifa caiu 40%. Em 2002, a média do tíquete era R$ 505; no ano passado foi de R$ 394. Em 2002, ninguém voou no Brasil por menos de R$ 100. Em 2012, 13% das vendas foram abaixo desse valor. O aeroporto não é uma rodoviária, a rodoviária se mudou para o aeroporto”, disse.

Ainda segundo o executivo, 40% do custo da aviação é de combustível. “Quando o Distrito Federal diminuiu o ICMS do querosene da aviação, qual foi o resultado? Mais voos no Estado”, pontuou. “Se uma empresa aérea europeia mais competitiva operasse no Brasil, seu custo seria 27% mais alto”, completa.

OFERTA

A Gol e a Tam anunciaram 7% de redução da oferta doméstica para 2013. De acordo com o vice-presidente técnico da Gol, Adalberto Bogsan, “o custo Brasil e o aumento do dólar deixam o mercado estagnado. Para manter essa sangria de dinheiro, a solução foi a redução da oferta. Adaptamos a empresa à nova realidade de mercado e de custo”, explica o executivo.

PROJEÇÃO 2020

Segundo projeções da Abear, a expectativa é de 211 milhões passageiros em 2020, 187 aeroportos e 795 rotas domésticas. Como base de comparação, hoje são 101 milhões de passageiros, 96 terminais aéreos e 470 roteiros.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados