Artur Luiz Andrade   |   31/07/2013 19:19

Dino diz que case de aéreas nacionais é para Harvard

O presidente da Embratur, Flávio Dino, em breve participação na 40ª Reunião do Conselho Nacional de Turismo, nesta quarta-feira, em Brasília, voltou a bater na tecla da competitividade do turismo brasileiro.

BRASÍLIA - O presidente da Embratur, Flávio Dino, em breve participação na 40ª Reunião do Conselho Nacional de Turismo, nesta quarta-feira, em Brasília, voltou a bater na tecla da competitividade do turismo brasileiro. “Todos aqui sabem que nosso principal problema não é de ação promocional e sim de competitividade, a começar pelo setor aéreo”, disse ele. “Sem essa agenda, não chegaremos aos dez milhões de turistas estrangeiros. Podem pintar o Cristo Redentor de ouro e dizer que foi Moisés que o colocou lá que o visitante vai dizer que prefere ver pela internet pois é caro (ir ao Brasil”, exemplificou ele.

Ao falar sobre a crise do setor aéreo, Dino disse ser um case para Harvard. “Como as empresas aéreas nacionais conseguiram pular de 30 milhões para 100 milhões de passageiros por ano, em uma década, com uma operação inviabilizada”, continuou, se referindo aos prejuízos nos balanços de algumas delas. “É culpa das companhias? Não sei. Mas sem avião não existe turismo”.

Para o presidente da Embratur, o modelo de regulação do setor tem de ser questionado. “Há dez anos se optou por uma regulação fraca. É preciso avaliar se funcionou. Queremos agora uma regulação fraca ou forte?”, indagou.

Ele voltou a dizer que a aviação nacional precisa de concorrência (“não há bom capitalismo sem isso”), de uma aviação regional ativa e de uma política de céus abertos com os países da América do Sul.

“Sei também que a desoneração é importante para o setor. Já decorei todos os números do setor aéreo, da taxação da querosene... Há de ter solução, vamos desvendar esse mistério. O QAV no Brasil é o mais caro do planeta? É o modo de precificação? É bom para o setor Estados cobrando ICMS diferentes?”.

Ele finalizou dizendo que sem essa agenda de competitividade, de economia do turismo, o setor não andará. “Não obstante esses entraves, a questão da mobilidade urbana, que foi um problema na JMJ, no Rio, sou otimista e o turismo já está crescendo. Vi os turistas em êxtase no Rio, querendo voltar. Mas não contemos com a mesma sorte com a Copa, pois não teremos papa”.

Flávio Dino ainda citou o problema dos turistas que iam visitar o Cristo Redentor e não tinham orientação, um dos grandes problemas em toda a cidade. “Não havia um ser humano, de qualquer órgão, para orientar sobre transporte para o Cristo. E as pessoas estavam na fila esperando um milagre. Deus proveu, ainda bem que eram todos católicos, e a van apareceu”.

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