Artur Luiz Andrade   |   11/06/2012 16:45

Iata quer padrões de distribuição mais modernos

A Iata anunciou hoje que prevê ter concluído este ano o trabalho de definição de novos padrões para a distribuição e comercialização dos voos, com os quais já será possível que a venda não se limite a disponibilizar classes de tarifas, mas também permita ofertas personalizadas

NOTÍCIA DO PRESSTUR

A Iata anunciou hoje que prevê ter concluído este ano o trabalho de definição de novos padrões para a distribuição e comercialização dos voos, com os quais já será possível que a venda não se limite a disponibilizar classes de tarifas, mas também permita ofertas personalizadas com base na disponibilidade e nas necessidades e preferências dos clientes. A Iata está chamando o projeto de New Distribution Capability (NDC) e já em outubro, durante o World Passenger Symposium, em Abu Dhabi, pretende apresentar os novos parâmetros propostos.
“Estou confiante que os GDS se juntarão como parceiros porque o progresso não pode esperar”, acrescentou o diretor-geral e CEO da Iata, Tony Tyler, que ao introduzir o tema dos novos standards começou por reconhecer que as agências de viagens são responsáveis em nível mundial por 60% dos bilhetes vendidos.

A questão, argumentou Tony Tyler, é que os sistemas em vigor datam de há quatro décadas. Até então com a tecnologia mais avançada, esses sistemas permitiram expandir horizontes à distribuição. Mas na atualidade a tecnologia de ponta são os standards XML e os interfaces “amigáveis” dos utilizadores e as companhias aéreas estão ficando para trás “porque os GDS, que se baseiam em sistemas operativos que datam dos [anos] 1970, não têm sido capazes de facilitar a inovação como temos visto em outras indústrias”, argumentou.

Tony Tyler defendeu ainda que com os sistemas atuais, os investimentos de vários milhões de dólares que as companhias aéreas têm feito em produto não conseguem “libertar-se das descrições limitadas a classes de reservas como F, C ou Y e seus derivados”.

Foi este o quadro traçado pelo diretor-geral e CEO da Iata para anunciar que a associação está trabalhando “em novos standards de distribuição que permitirão às companhias a diferenciação de produtos”.

CINCO HUBS PARA O BSP
Outras das novidades saídas da Assembleia Geral da Iata reunida em Pequim até amanhã diz respeito a uma reestruturação dos seus serviços de consolidação, entre os quais o BSP, que em 2011 registraram um volume de operações no valor de US$ 282 bilhões, com 99,97% de rigor em nível do BSP (transacões com bilhetes de passageiros) e de 99,99% no CASS (transações com transporte de carga)

A Iata anunciou que vai aprofundar uma estratégia de regionalização, com a consolidação de todas as suas atividades neste domínio em cinco “hubs”, em Amã, Pequim, Madri, Miami e Cingapura.

A Iata indicou que pretende reduzir até 2017 os custos por operação do BSP em 23% face a 2010, mas que o seu primeiro objetivo da estratégia de regionalização é a “modernização do controle” e não a redução de custos.
Ainda assim, outra das referências é a redução do número de escritórios, de 59 atualmente para 45, que servirão 229 países e territórios.

“O processo de regionalização fortalecerá os nossos sistemas financeiros. E como o trabalho de back-office minimizado, os nossos escritórios locais terão um papel mais ampliado”, destacou Tyler, que apontou como objetivos futuros dos escritórios o desenvolvimento local de campanhas globais e aproximar o leque de recursos da associação dos seus membros.

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