Azul não terá funcionários em supermercados
Motivado pelos comentários dos agentes de viagens na reportagem “Azul inicia venda de bilhetes em supermercados”, o Portal PANROTAS entrevistou o diretor comercial da companhia, Paulo Nascimento, para saber qual foi a estratégia da companhia com estas vendas.
Motivado pelos comentários dos agentes de viagens na reportagem Azul inicia venda de bilhetes em supermercados, o Portal PANROTAS entrevistou o diretor comercial da companhia, Paulo Nascimento, para saber qual foi a estratégia da companhia com esta ação e como ela acontecerá. Veja abaixo:
Portal PANROTAS – Por que a Azul decidiu entrar neste segmento?
Paulo Nascimento – Desde o início do nosso modelo de negócios, pensamos em uma companhia que aumentasse o número de passageiros no Brasil e não roubasse os clientes da concorrência. Utilizamos muito o conhecimento do David Neeleman pra isso. Por exemplo, os Estados Unidos possuem quatro mil aviões em sua frota e o Brasil algo em torno dos 400 equipamentos. Os norte americanos viajam quatro vezes no ano e o brasileiro viaja uma vez a cada quatro anos. Além disso, no Brasil 70% são viagens são a negócios e somente 30% a lazer. Nos Estados Unidos é o oposto. Com a nossa chegada, apostamos nos novos consumidores e criamos duas estratégias: possuir aviões menores e com muitas frequências para ligar diferentes cidades; e estar presente onde os novos consumidores estão acostumados a comprar. Por isso, resolvemos entrar nestes 32 pontos dentro dos supermercados. Precisamos estar cada vez mais próximos do consumidor.
PP – Qual é a relação comercial da companhia com o supermercado? Paga-se comissão?
Nascimento – Não. O que nós fizemos é basicamente uma ação de marketing. Nós só estamos incentivando as compras.
PP – .... então as vendas não dependem de funcionários?
Nascimento – Exatamente. Nós vamos utilizar banners, panfletos e um ícone de fácil acesso nos computadores que existem dentro dos cyber-cafés, que hoje viraram nossos parceiros. Nossa intenção é fazer com que o cliente compre via internet. Existem estudos que comprovam que alguns dos novos consumidores só tem acesso em lan house.
PP – Os agentes de viagens têm reclamado desta postura da Azul. Como você vê essas opiniões?
Nascimento – Temos um respeito muito grande e é o nosso principal canal de vendas. Temos chamado os agentes para junto conosco acessem a nova classe média. As agências precisam se mexer. Quem soube atingir os novos consumidores muito bem foi a CVC. Hoje a operadora tem loja em shopping, rua, em todos os lugares. Meu amigo Valter [Patriani, presidente da CVC] defende esta estratégia muito bem. O mercado está se reinventando. Aquele que não enxergar vai perder. Se hoje nós concorremos com geladeira, microondas e celulares, precisam estar cada vez mais próximos para deixar o cliente na dúvida do que comprar.
PP – Quanto o agente de viagens representa hoje para a companhia?
Nascimento – Mais de 55%. E nós não operamos em Congonhas. Temos trabalhado bastante para o número de agentes crescer. Ele faz a venda consultiva e é extremamente necessário para quem busca pacotes ou viaja pela primeira vez. Gostamos muito de trabalhar com os agentes e devemos estar atentos a todos os perfis de consumidores.
PP – A ação de marketing tem validade?
Nascimento – Esperamos que ela seja um sucesso e, se tudo der certo, vamos renovar.
Portal PANROTAS – Por que a Azul decidiu entrar neste segmento?
Paulo Nascimento – Desde o início do nosso modelo de negócios, pensamos em uma companhia que aumentasse o número de passageiros no Brasil e não roubasse os clientes da concorrência. Utilizamos muito o conhecimento do David Neeleman pra isso. Por exemplo, os Estados Unidos possuem quatro mil aviões em sua frota e o Brasil algo em torno dos 400 equipamentos. Os norte americanos viajam quatro vezes no ano e o brasileiro viaja uma vez a cada quatro anos. Além disso, no Brasil 70% são viagens são a negócios e somente 30% a lazer. Nos Estados Unidos é o oposto. Com a nossa chegada, apostamos nos novos consumidores e criamos duas estratégias: possuir aviões menores e com muitas frequências para ligar diferentes cidades; e estar presente onde os novos consumidores estão acostumados a comprar. Por isso, resolvemos entrar nestes 32 pontos dentro dos supermercados. Precisamos estar cada vez mais próximos do consumidor.
PP – Qual é a relação comercial da companhia com o supermercado? Paga-se comissão?
Nascimento – Não. O que nós fizemos é basicamente uma ação de marketing. Nós só estamos incentivando as compras.
PP – .... então as vendas não dependem de funcionários?
Nascimento – Exatamente. Nós vamos utilizar banners, panfletos e um ícone de fácil acesso nos computadores que existem dentro dos cyber-cafés, que hoje viraram nossos parceiros. Nossa intenção é fazer com que o cliente compre via internet. Existem estudos que comprovam que alguns dos novos consumidores só tem acesso em lan house.
PP – Os agentes de viagens têm reclamado desta postura da Azul. Como você vê essas opiniões?
Nascimento – Temos um respeito muito grande e é o nosso principal canal de vendas. Temos chamado os agentes para junto conosco acessem a nova classe média. As agências precisam se mexer. Quem soube atingir os novos consumidores muito bem foi a CVC. Hoje a operadora tem loja em shopping, rua, em todos os lugares. Meu amigo Valter [Patriani, presidente da CVC] defende esta estratégia muito bem. O mercado está se reinventando. Aquele que não enxergar vai perder. Se hoje nós concorremos com geladeira, microondas e celulares, precisam estar cada vez mais próximos para deixar o cliente na dúvida do que comprar.
PP – Quanto o agente de viagens representa hoje para a companhia?
Nascimento – Mais de 55%. E nós não operamos em Congonhas. Temos trabalhado bastante para o número de agentes crescer. Ele faz a venda consultiva e é extremamente necessário para quem busca pacotes ou viaja pela primeira vez. Gostamos muito de trabalhar com os agentes e devemos estar atentos a todos os perfis de consumidores.
PP – A ação de marketing tem validade?
Nascimento – Esperamos que ela seja um sucesso e, se tudo der certo, vamos renovar.