Claudio Schapochnik   |   20/08/2009 12:43

Brasil deve avançar na infraestrutura, diz CEO da Iata

“Desde a última vez que visitei o Brasil, há quatro anos, vejo que a aviação daqui melhorou muito, mas o grande problema do País é a infraestrutura aeroviária. O governo brasileiro precisa melhorar muito esse setor.” A afirmação é do diretor geral e CEO da Iata, o italiano Giovanni Bisignani

“Desde a última vez que visitei o Brasil, há quatro anos, vejo que a aviação daqui melhorou muito, mas o grande problema do País é a infraestrutura aeroviária. O governo brasileiro precisa melhorar muito esse setor.” A afirmação é do diretor geral e CEO da Iata, o italiano Giovanni Bisignani. O executivo fez uma apresentação hoje pela manhã no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, para executivos de companhias aéreas associadas e não membras da organização. Bisignani disse que a Iata está “à disposição do Brasil para colaborar no que for preciso para o desenvolvimento da aviação no País”.

O CEO da Iata, que esteve ontem (quarta, dia 19) em Brasília, onde conversou o com ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, afirmou ainda que o governo brasileiro “precisa ter uma preocupação maior com a infraestrutura não apenas em relação à aviação, mas à economia como um todo”. Ele ponderou: “estamos aqui para ajudar a mostrar o caminho correto, mas a decisão é política e depende do governo”.

Bisignani disse ainda que, até o final do ano, a Iata irá entregar ao governo brasileiro um relatório abrangente e profundo com análises e sugestões sobre a aviação. Ele revelou alguns ganhos que o Brasil terá, caso adote as medidas. “Poderá ser gerado mais de 400 mil novos empregos e uma receita de R$ 24 bilhões”, exemplificou o executivo. “E o governo deve consultar as companhias aéreas para, juntos, decidirem os rumos do setor.”

Bisignani destacou a infraestrutura de Cingapura, na Ásia. “Esse pequeno país recebe 55 milhões de passageiros estrangeiros por ano. Sabem quanto o Brasil recebeu? Apenas 13 milhões por ano. Aqui há uma oportunidade enorme de crescimento, mas por que isso não ocorre? Pelas deficiências em infraestrutura. Um representante do governo de Cingapura me disse que primeiro eles investiram em aeroportos e por isso que, depois, as aéreas foram para lá.”

Ele criticou também o custo do combustível de aviação. “Aqui no Brasil, o combustível responde por 32% dos custos operacionais das empresas. A porcentagem média no Exterior é de 23%. Vejam, nove pontos percentuais de diferença faz uma brutal diferença também nas contas.”

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